Scielo RSS <![CDATA[Colombia Internacional]]> http://www.scielo.org.co/rss.php?pid=0121-561220250002&lang=en vol. num. 122 lang. en <![CDATA[SciELO Logo]]> http://www.scielo.org.co/img/en/fbpelogp.gif http://www.scielo.org.co <![CDATA[Political Parties and Linkage Mechanisms in Latin America: Trends, Challenges, and Responses]]> http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0121-56122025000200003&lng=en&nrm=iso&tlng=en RESUMEN: Objetivo/contexto: Se identifican y caracterizan algunas tendencias recientes en las formas de vinculación entre políticos y ciudadanos en América Latina. Metodología: Primero, se identifican algunos desafíos que enfrentan las democracias latinoamericanas y que generan cuestionamientos en cuanto a su capacidad para mantener e incrementar los niveles de vinculación política. Segundo, se sostiene que, como respuesta a esos desafíos, han aparecido formas novedosas para conectar a la política con la ciudadanía. Conclusiones: Por un lado, el declive partidista ha dado lugar a conexiones de carácter personalista que se sostienen en una retórica antipartidista que impugna las formas tradicionales de intermediación política. Por otro lado, nuevos segmentos sociales han dado lugar a formas de vinculación no tradicionales, que no siguen los patrones típicos de movilización y adhesión, sino que se sostienen en reivindicaciones parciales, no necesariamente de carácter material. Originalidad: Estos procesos ponen de manifiesto una complejización de los mecanismos de vinculación política en América Latina. La actualidad ofrece un paisaje más heterogéneo, volátil y potencialmente conflictivo que el que emergió de las democracias de la tercera ola en la región.<hr/>ABSTRACT. Objective/context: Recent trends in the linkages between politicians and citizens in Latin America are identified and characterized. Methodology: Several challenges facing Latin American democracies are identified, which have called into question their ability to maintain and strengthen political linkages. Second, it is argued that new ways of connecting politics with citizens have emerged in response to these challenges. Conclusions: On the one hand, the decline in partisanship has led to personalist connections fueled by anti-party rhetoric that undermines traditional forms of political mediation. On the other hand, new social segments have given rise to non-traditional forms of linkage that do not follow the typical patterns of mobilization and adherence, but are supported by partial claims, not necessarily material in nature. Originality: These processes reveal an increasing complexity of linkage mechanisms across Latin America. Today’s landscape is more heterogeneous, volatile, and potentially conflictive than that which emerged from the region’s third wave of democratization.<hr/>RESUMO: Objetivo/contexto: Identificam-se e caracterizam-se as tendências recentes nos vínculos entre políticos e cidadãos na América Latina. Metodologia: São identificados diversos desafios enfrentados pelas democracias latino-americanas, os quais colocaram em xeque sua capacidade de manter e ampliar os níveis de vinculação política. Em segundo lugar, argumenta-se que novas formas de conexão entre a política e os cidadãos surgiram como resposta a esses desafios. Conclusões: Por um lado, o declínio da identificação partidária deu origem a conexões personalistas sustentadas por uma retórica antipartidária que desafia as formas tradicionais de mediação política. Por outro lado, novos segmentos sociais têm gerado formas não tradicionais de vinculação, que não seguem os padrões típicos de mobilização e adesão, sendo sustentadas por reivindicações parciais, nem sempre de natureza material. Originalidade: Esses processos revelam uma complexidade crescente nos mecanismos de vinculação na América Latina. Hoje, o cenário é mais heterogêneo, volátil e potencialmente conflituoso do que aquele que emergiu da terceira onda de democratização na região. <![CDATA[Negative Partisan Identities as Political Linkages in Latin America]]> http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0121-56122025000200031&lng=en&nrm=iso&tlng=en RESUMEN: Objetivo/contexto: En un contexto de creciente debilitamiento de la adhesión partidaria en América Latina, en este artículo se exploran las identidades partidarias negativas como una forma de vínculo político. A diferencia de estudios previos centrados en identidades partidarias positivas, este trabajo se enfoca en las orientaciones ideológicas de quienes portan animadversiones hacia los partidos políticos y carecen de simpatías partidarias. Metodología: Por medio de encuestas representativas a nivel nacional y medidas originales de las identidades partidarias negativas, desarrollamos modelos logísticos para identificar los factores asociados a tales identidades y su posible capitalización electoral. Específicamente, analizamos y comparamos cinco países latinoamericanos: México, Honduras, Brasil, Chile y Argentina. Conclusiones: Encontramos que en Brasil, Argentina y Honduras, las identidades partidarias negativas están asociadas a preferencias ideológicas, lo que antecede la emergencia de nuevas fuerzas políticas radicales. En contraste, en México y Chile, estas identidades son más heterogéneas, limitando su capacidad para impulsar nuevas formaciones políticas. En este sentido, la articulación entre identidades partidarias negativas y el autoposicionamiento ideológico resulta clave para comprender su potencial electoral. Originalidad: Mediante una medición original de la identificación partidaria negativa en cinco países latinoamericanos, este artículo presenta un marco teórico inicial para comprender cómo estas identidades funcionan como recursos políticos para la formación de fuerzas políticas emergentes.<hr/>ABSTRACT: Objective/Context: In a context of increasing weakening of party affiliation in Latin America, this article explores negative partisanship as a form of political attachment. Unlike previous studies that focus on positive partisan identities, this study examines the ideological orientations of individuals who express animosity toward political parties and lack partisan sympathies. Methodology: Using nationally representative surveys and original measures of negative partisanship, we develop logistic models to identify the factors associated with these identities and their potential for electoral mobilization. Specifically, we analyze and compare five Latin American countries: Mexico, Honduras, Brazil, Chile, and Argentina. Conclusions: We find that in Brazil, Argentina, and Honduras, negative partisan identities are linked to ideological preferences, preceding the rise of new radical political forces. In contrast, in Mexico and Chile, these identities are more heterogeneous, which limits their ability to drive new political formations. In this sense, the interplay between negative partisanship and ideological self-placement is key to understanding their electoral potential. Originality: Through an original measurement of negative partisanship in five Latin American countries, this article offers an initial theoretical framework for understanding how these identities can function as political resources for the emergence of new political forces.<hr/>RESUMO: Objetivo/contexto: Em um contexto de enfraquecimento crescente da adesão partidária na América Latina, este artigo explora as identidades partidárias negativas como uma forma de vínculo político. Diferentemente de estudos anteriores, que se concentram em identidades partidárias positivas, este trabalho analisa as orientações ideológicas de indivíduos que demonstram animosidade em relação aos partidos políticos e não têm simpatias partidárias. Metodologia: A partir de pesquisas nacionais representativas e de medidas originais de identidades partidárias negativas, desenvolvemos modelos logísticos para identificar os fatores associados a essas identidades e seu possível aproveitamento eleitoral. Especificamente, analisamos e comparamos cinco países latino-americanos: México, Honduras, Brasil, Chile e Argentina. Conclusões: Constatamos que no Brasil, Argentina e Honduras, as identidades partidárias negativas estão associadas a preferências ideológicas, o que antecede o surgimento de novas forças políticas radicais. Em contraste, no México e no Chile, essas identidades são mais heterogêneas, o que limita sua capacidade de impulsionar novas formações políticas. Nesse sentido, a articulação entre identidades partidárias negativas e o autoposicionamento ideológico é fundamental para compreender seu potencial eleitoral. Originalidade: Por meio de uma medição original da identificação partidária negativa em cinco países latino-americanos, este artigo apresenta um marco teórico inicial para entender como essas identidades funcionam como recursos políticos para a formação de novas forças emergentes. <![CDATA[From the Far Right to the Center: Party Adaptation in Regime Transition Contexts. The Cases of Chile and Spain]]> http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0121-56122025000200061&lng=en&nrm=iso&tlng=en RESUMEN: Objetivo/contexto: Este artículo analiza las transformaciones de partidos políticos de derecha vinculados a regímenes autoritarios que atravesaron procesos de transición hacia regímenes democráticos y se consolidaron como actores relevantes de sus sistemas políticos. Metodología: Se utiliza la dependencia de la trayectoria como herramienta analítica para identificar las cadenas de eventos históricos causalmente conectados que fueron cruciales en el establecimiento de los patrones de comportamiento adoptados por el Partido Popular (PP) español y la Unión Demócrata Independiente (UDI) chilena. Conclusiones: Se evidencia que ambos partidos atravesaron dilemas organizacionales y políticos similares, lo que los llevó a adaptarse a las nuevas reglas de juego del régimen democrático. Originalidad: Desde la perspectiva de la narrativa histórica y la identificación de eventos cruciales, se analiza cómo partidos asociados a regímenes autoritarios se adaptaron organizacionalmente para mantener, y en muchos casos mejorar, los vínculos existentes con la ciudadanía hasta llegar a convertirse en partidos altamente competitivos en democracia.<hr/>ABSTRACT: Objective/context: This article analyzes the transformations of right-wing political parties linked to authoritarian regimes that underwent transitions to democratic regimes and consolidated themselves as key actors in their political systems. Methodology: Path dependence is used as an analytical tool to identify the chains of causally connected historical events that are crucial in establishing the behavioral patterns adopted by Spain’s Popular Party (PP) and Chile’s Independent Democratic Union (UDI). Conclusions: This study shows that both parties faced similar organizational and political dilemmas, which led them to adapt to the new rules of the democratic regime. Originality: From the standpoint of historical narrative and the identification of critical events, it examines how parties associated with authoritarian regimes adapt organizationally to preserve-and often strengthen-their existing ties with citizens, ultimately evolving into highly competitive parties under democracy.<hr/>RESUMO: Objetivo/contexto: Este artigo analisa as transformações de partidos políticos de direita vinculados a regimes autoritários que passaram por processos de transição para regimes democráticos e se consolidaram como atores relevantes em seus sistemas políticos. Metodologia: A dependência de trajetória é utilizada como ferramenta analítica para identificar as cadeias de eventos históricos causalmente conectados que foram cruciais no estabelecimento dos padrões de comportamento adotados pelo Partido Popular (PP) espanhol e pela União Democrata Independente (UDI) chilena. Conclusões: Verifica-se que ambos os partidos enfrentaram dilemas organizacionais e políticos semelhantes, o que os levou a se adaptar às novas regras do jogo democrático. Originalidade: A partir da perspectiva da narrativa histórica e da identificação de eventos cruciais, analisa-se como partidos associados a regimes autoritários se adaptaram organizacionalmente para manter - e em muitos casos aprimorar - os vínculos existentes com a cidadania, tornando-se, assim, partidos altamente competitivos em democracia. <![CDATA[Clientelism and Vote Buying in Latin America: Lessons from Comparing Paraguay and Guatemala]]> http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0121-56122025000200093&lng=en&nrm=iso&tlng=en RESUMEN: Objetivo/contexto: Cuatro décadas después de la democratización en América Latina, los vínculos particularistas, como el clientelismo y la compra de votos, persisten entre los políticos y la ciudadanía en la región. El artículo busca entender su transformación a lo largo de las últimas décadas. Metodología: El artículo utiliza primero una base de datos original que abarca todos los artículos empíricos de veintidós revistas de ciencia política de América Latina y seis revistas latinoamericanistas del periodo 2010 a 2022, y, segundo, ilustraciones de dos estudios de casos prototípicos a partir de literatura secundaria y revisión de prensa. Conclusiones: El artículo ofrece dos principales argumentos. Por un lado, el clientelismo y la compra de votos son relativamente poco estudiados en las principales revistas de la región y existen mesas separadas entre la producción en español y en inglés en términos conceptuales, metodológicos y empíricos. Por otro lado, el artículo argumenta que, con el debilitamiento de los partidos latinoamericanos, la lógica general de los vínculos particularistas en la región se está moviendo de un clientelismo anclado en partidos políticos (Paraguay) hacia una compra de votos mediante líderes locales independientes (Guatemala). Originalidad: El artículo contribuye a la literatura sobre la transformación de los vínculos particularistas y su estudio en América Latina. Por un lado, ofrece un análisis de contenido original de las revistas latinoamericanas y latinoamericanistas entre 2010 y 2022. Por otro lado, sintetiza las principales características del clientelismo y la compra de votos en Paraguay y Guatemala, dos casos comparativamente poco estudiados, aunque con altos niveles de exposición a prácticas particularistas, utilizándolos como ejemplos prototípicos de los dos fenómenos.<hr/>ABSTRACT: Objective/context: Four decades after democratization in Latin America, particularistic ties-such as clientelism and vote buying-continue to exist between politicians and citizens in the region. This article seeks to understand how these practices have evolved over recent decades. Methodology: This study first draws on an original database encompassing all empirical articles from twenty-two Latin American political science journals and six Latin Americanist journals published between 2010 and 2022. It then examines two prototypical case studies based on secondary literature and press reviews. Conclusions: This article puts forward two main arguments. On one hand, clientelism and vote buying are relatively understudied in the region’s leading journals, and there are distinct conceptual, methodological, and empirical approaches in Spanish- and English-language scholarship. On the other hand, the article argues that, with the weakening of Latin American political parties, the overall logic of particularistic ties in the region is shifting from party-based clientelism (as seen in Paraguay) toward vote buying through independent local leaders (as seen in Guatemala). Originality: This article contributes to the literature on the transformation of particularistic ties and how they are studied in Latin America. First, it provides an original content analysis of Latin American and Latin Americanist journals from 2010 to 2022. Second, it synthesizes the main features of clientelism and vote buying in Paraguay and Guatemala-two relatively understudied cases that, despite showing high levels of particularistic practices, serve as prototypical examples of these two phenomena.<hr/>RESUMO. Objetivo/contexto: Quatro décadas após a democratização na América Latina, vínculos particularistas - como o clientelismo e a compra de votos - ainda persistem entre políticos e cidadãos na região. Este artigo busca compreender como essas práticas se transformaram ao longo das últimas décadas. Metodologia: O estudo utiliza, em primeiro lugar, um banco de dados original que reúne todos os artigos empíricos de vinte e duas revistas de ciência política da América Latina e seis revistas latino-americanistas, publicados entre 2010 e 2022. Em seguida, examina dois estudos de caso prototípicos com base em literatura secundária e em revisão de imprensa. Conclusões: O artigo apresenta dois argumentos principais. Por um lado, o clientelismo e a compra de votos são relativamente pouco estudados nas principais revistas da região, e existem abordagens conceituais, metodológicas e empíricas distintas entre a produção em espanhol e em inglês. Por outro lado, o artigo sustenta que, com o enfraquecimento dos partidos na América Latina, a lógica geral dos vínculos particularistas na região está se deslocando de um clientelismo ancorado em partidos políticos (como no Paraguai) para a compra de votos realizada por líderes locais independentes (como na Guatemala). Originalidade: O artigo contribui para a literatura sobre a transformação de vínculos particularistas e o modo como são estudados na América Latina. Em primeiro lugar, oferece uma análise de conteúdo original das revistas latino-americanas e latino-americanistas entre 2010 e 2022. Em segundo lugar, sintetiza as principais características do clientelismo e da compra de votos no Paraguai e na Guatemala - dois casos relativamente pouco explorados, embora apresentem altos níveis de práticas particularistas - utilizando-os como exemplos prototípicos desses dois fenômenos. <![CDATA[Links between Political Parties and Feminist Movements in Latin America: The Case of the Struggle for Legal Abortion in Bolivia]]> http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0121-56122025000200121&lng=en&nrm=iso&tlng=en RESUMEN: Objetivo/contexto: En América Latina, el acceso al aborto representa una de las expresiones más significativas de las desigualdades de género o clase. Debido a su carácter contencioso, estas políticas son difíciles de adoptar. La literatura ha señalado que la aprobación de leyes a favor del aborto requiere contextos seculares y, en particular, movimientos feministas fuertes, aliados con partidos de izquierda en el gobierno. Sin embargo, los mecanismos por los cuales estos factores se dinamizan han sido poco estudiados. Este trabajo estudia el caso de Bolivia; según la teoría, no se esperaría que en ese país la despenalización ocurriese debido a su fuerte conservadurismo y a la debilidad del movimiento feminista. Pese a esto, en 2017 el Parlamento boliviano aprobó una reforma que despenalizó el aborto en varias causales. Metodología: El artículo se basa en trabajo de campo original que incluyó entrevistas en profundidad a activistas feministas y legisladoras, así como la revisión sistemática de documentos y de prensa. Conclusiones: En el artículo se muestra que, dentro de una estructura partidaria en la que la toma de decisiones se rige por la deliberación, como la del Movimiento al Socialismo (MAS), las legisladoras del partido que ocupaban puestos clave y tenían nexos con el movimiento feminista desempeñaron un papel fundamental en la reforma, pues persuadieron a los líderes y otros miembros del partido para que la apoyaran. Originalidad: El artículo contribuye a llenar una laguna en la literatura al entender mejor el tipo de vínculos entre movimientos feministas y partidos de izquierda que permiten avanzar agendas conflictivas como la del aborto legal.<hr/>ABSTRAC: Objective/context: In Latin America, access to abortion is one of the most significant expressions of gender or class inequalities. Because of its contentious nature, it is challenging to enact such policies. The literature suggests that passing pro-abortion legislation requires secular contexts and, in particular, strong feminist movements allied with left-wing parties in government. However, the mechanisms by which these factors interact have been understudied. This article examines the case of Bolivia; theoretically, one would not expect decriminalization to occur there due to the country’s strong conservatism and the relative weakness of its feminist movement. Nevertheless, in 2017, the Bolivian Parliament approved a reform that decriminalized abortion under various grounds. Methodology: This article draws on original fieldwork that included in-depth interviews with feminist activists and legislators, as well as a systematic review of documents and press coverage. Conclusions: This study shows that, within a party structure where decision-making is guided by deliberation-such as in the Movimiento al Socialismo (MAS)-party legislators occupying key positions and maintaining ties with the feminist movement played a critical role in the reform, persuading leaders and other members of the party to support it. Originality: This article fills a gap in the literature by offering a deeper understanding of the kinds of links between feminist movements and left-wing parties that make it possible to advance contentious agendas such as legal abortion.<hr/>RESUMO: Objetivo/contexto: Na América Latina, o acesso ao aborto representa uma das expressões mais significativas das desigualdades de gênero ou classe. Devido ao seu caráter controverso, a adoção dessas políticas é difícil. A literatura aponta que a aprovação de leis a favor do aborto requer contextos seculares e, em particular, movimentos feministas fortes, aliados a partidos de esquerda no governo. No entanto, os mecanismos por meio dos quais esses fatores se articulam ainda são pouco estudados. Este artigo analisa o caso da Bolívia; teoricamente, não se esperaria que a descriminalização ocorresse nesse país em razão de seu forte conservadorismo e da fraqueza do movimento feminista. Apesar disso, em 2017, o Parlamento boliviano aprovou uma reforma que descriminalizou o aborto em várias circunstâncias. Metodología: O artigo baseia-se em trabalho de campo original, que incluiu entrevistas em profundidade com ativistas feministas e parlamentares, além de uma revisão sistemática de documentos e da imprensa. Conclusões: O estudo mostra que, dentro de uma estrutura partidária em que a tomada de decisões é regida pela deliberação -como no Movimiento al Socialismo (MAS)-, as parlamentares do partido que ocupavam posições-chave e mantinham vínculos com o movimento feminista desempenharam um papel fundamental na reforma, persuadindo os líderes e outros membros do partido a apoiá-la. Originalidade: O artigo contribui para suprir uma lacuna na literatura ao oferecer uma compreensão mais aprofundada do tipo de laços entre movimentos feministas e partidos de esquerda que permite o avanço de pautas polêmicas, como o aborto legal. <![CDATA[Youth Engagement with Politics: Generational and Gender Gaps, and Neo-Authoritarianism in Argentina, Brazil, Colombia, and Mexico]]> http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0121-56122025000200147&lng=en&nrm=iso&tlng=en RESUMEN: Objetivo/contexto: Este artículo analiza el vínculo de los jóvenes con la política y con la democracia en América Latina, específicamente en Argentina, Brasil, Colombia y México, países que en conjunto agrupan al 70 % de la población de la región, y que tienen historias políticas y trayectorias económico-sociales diferentes. Metodología: Los datos provienen de cuatro encuestas representativas, con 2.500 entrevistas cada una, realizadas en línea entre diciembre de 2023 y julio de 2024. En dichas encuestas se formularon preguntas sobre las diferentes temáticas estudiadas en este artículo. Definimos la franja joven entre los 18 y los 35 años, en función de su ingreso al mercado de trabajo luego del fin del auge de las materias primas en América Latina (2011-2012). Conclusiones: Mostramos que en este grupo etario, comparado con otras generaciones, hay mayor prevalencia de valores y opiniones que caracterizamos como neoautoritarias. De acuerdo con Altemeyer, en la ideología conservadora-autoritaria clásica se conjugan posiciones conservadoras en la esfera cultural (tales como el machismo y la homofobia), la xenofobia, el punitivismo y un menor apego a la democracia. En contraste, en nuestra investigación detectamos una configuración ideológica de mayor punitivismo, mayor desapego democrático, pero, al mismo tiempo, mayor secularización y menos sentimientos antimigración. Originalidad: Se trata del primer estudio comparado, a partir de encuestas representativas, sobre la relación de los jóvenes con la política y la democracia en América Latina en el periodo posterior al auge de las materias primas. Identificamos una nueva configuración ideológica que llamamos neoautoritaria y planteamos una interpretación basada en las particularidades de la experiencia común de la generación que ingresa a la adultez luego del auge de las materias primas, en el contexto de una situación económica peor en comparación con la vivida por la cohorte precedente.<hr/>ABSTRACT: Objective/context: This article analyzes the relationship between young people and politics, as well as their views on democracy in Latin America, focusing specifically on Argentina, Brazil, Colombia, and Mexico-countries that together account for 70 % of the region’s population and exhibit diverse political histories and socioeconomic trajectories. Methodology: Data were obtained from four representative surveys, each consisting of 2,500 online interviews, conducted between December 2023 and July 2024. These surveys included questions related to the topics discussed in this article. We define the youth age range as 18 to 35 years, based on their entry into the labor market following the end of Latin America’s commodity boom (2011-2012). Conclusions: Within this age group, compared to older generations, there is a higher prevalence of values and opinions that we characterize as neo-authoritarian. According to Altemeyer, classic conservative-authoritarian ideology combines cultural conservatism (such as machismo and homophobia), xenophobia, punitivism, and a weaker democratic commitment. By contrast, our research reveals an ideological configuration marked by stronger punitivism and democratic detachment, yet greater secularization and fewer anti-immigrant sentiments. Originality: This is the first comparative study based on representative surveys that examined the relationship between youth, politics, and democracy in Latin America during the post-commodity boom period. We identify a new ideological configuration that we call neo-authoritarian, and propose an interpretation based on the shared experiences of a generation coming of age in the aftermath of the boom, amid a comparatively worse economic context than that of the previous cohort.<hr/>RESUMO: Objetivo/contexto: Este artigo analisa o vínculo dos jovens com a política e com a democracia na América Latina, com foco específico na Argentina, Brasil, Colômbia e México - países que, juntos, concentram 70 % da população da região e apresentam histórias políticas e trajetórias socioeconômicas distintas. Metodologia: Os dados provêm de quatro pesquisas representativas, com 2.500 entrevistas cada uma, realizadas online entre dezembro de 2023 e julho de 2024. Nessas pesquisas, foram incluídas perguntas relacionadas aos diversos temas abordados no artigo. Definimos a faixa etária jovem como aquela entre 18 e 35 anos, com base em sua entrada no mercado de trabalho após o fim do boom das commodities na América Latina (2011-2012). Conclusões: Mostramos que, nesse grupo etário, em comparação com outras gerações, há uma maior prevalência de valores e opiniões que caracterizamos como neoautoritaristas. Segundo Altemeyer, a ideologia conservadora-autoritarista clássica combina posições conservadoras na esfera cultural (como machismo e homofobia), xenofobia, punitivismo e menor apego à democracia. Em contraste, nossa pesquisa identifica uma configuração ideológica marcada por maior punitivismo e distanciamento democrático, mas também por maior secularização e menor presença de sentimentos antimigração. Originalidade: Este é o primeiro estudo comparativo, baseado em pesquisas representativas, sobre a relação dos jovens com a política e a democracia na América Latina no período posterior ao boom das commodities. Identificamos uma nova configuração ideológica que denominamos neoautoritarista, e propomos uma interpretação baseada nas particularidades da experiência comum de uma geração que entrou na vida adulta após o boom, em um contexto econômico mais difícil do que o enfrentado pela geração anterior. <![CDATA[The Land Is Yours, but the People Are Ours”: Family and Emotional Bonds in the War for the Sierra Nevada de Santa Marta]]> http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0121-56122025000200187&lng=en&nrm=iso&tlng=en RESUMEN: Objetivo/contexto: ¿Qué explica que algunos grupos criminales logren sobrevivir a la arremetida de grupos armados más poderosos? En este artículo, nuestro objetivo es entender cómo ciertos grupos armados locales, cohesionados a través de figuras familiares, logran perdurar en el tiempo a pesar de enfrentarse a enemigos más fuertes. Metodología: Realizamos un rastreo de los procesos de un grupo armado local y altamente cohesionado: las Autodefensas Conquistadores de la Sierra Nevada (ACSN) en Santa Marta, Colombia. Utilizamos entrevistas con miembros del grupo armado y civiles, así como documentos secundarios, para analizar tres momentos en los que sobrevivieron a un competidor armado más poderoso. Conclusiones: Argumentamos que estos grupos criminales pueden aprovechar sus vínculos emocionales para desarrollar una gobernanza criminal arraigada en la comunidad. Esto significa implementar un sistema de gobierno en el que sean percibidos, al mismo tiempo, como autoridad y miembros legítimos de la comunidad. Para sobrevivir en contextos de disputa en los que son inferiores militarmente, estos grupos armados pueden ceder estratégicamente el control territorial, mientras mantienen de forma continuada el control social. Originalidad: Mostramos empíricamente cómo los lazos personales, familiares y emocionales son fundamentales en la construcción de gobernanzas armadas y en la supervivencia de los grupos criminales.<hr/>ABSTRACT: Objective/context: What explains why some criminal groups manage to survive attacks by more powerful armed actors? In this article, our goal is to understand how certain local armed groups held together by family ties manage to endure over time despite facing stronger enemies. Methodology: We trace the development of a local and highly cohesive armed group, the Autodefensas Conquistadores de la Sierra Nevada (ACSN) in Santa Marta, Colombia. Drawing on interviews with members of the armed group and civilians, as well as secondary sources, we analyzed three episodes in which the group survived confrontations with more powerful competitors. Conclusions: We argue that such criminal groups can leverage emotional bonds to establish a form of criminal governance that is deeply rooted in the community. This involves implementing a system of rule in which they are perceived simultaneously as both authority figures and legitimate members of the community. In conflict contexts where they are militarily weaker, these groups may strategically concede territorial control while maintaining continuous social control. Originality: We empirically demonstrate how personal, family, and emotional ties are fundamental to the construction of armed governance and survival of criminal groups.<hr/>RESUMO: Objetivo/contexto: O que explica o fato de que alguns grupos criminosos conseguem sobreviver ao ataque de atores armados mais poderosos? Neste artigo, nosso objetivo é entender como certos grupos armados locais, coesos por meio de laços familiares, conseguem perdurar ao longo do tempo, mesmo enfrentando inimigos mais fortes. Metodologia: Realizamos um rastreamento do desenvolvimento de um grupo armado local e altamente coeso: as Autodefensas Conquistadores de la Sierra Nevada (ACSN), em Santa Marta, Colômbia. Utilizamos entrevistas com membros do grupo armado e civis, bem como fontes secundárias, para analisar três momentos nos quais o grupo sobreviveu a confrontos com concorrentes armados mais poderosos. Conclusões: Argumentamos que esses grupos criminosos podem se apoiar em vínculos emocionais para desenvolver uma governança criminal enraizada na comunidade. Isso significa implementar um sistema de governo em que sejam percebidos, ao mesmo tempo, como autoridade e como membros legítimos da comunidade. Para sobreviver em contextos de disputa nos quais são militarmente inferiores, esses grupos armados podem ceder estrategicamente o controle territorial, mantendo, no entanto, o controle social de forma contínua. Originalidade: Demonstramos empiricamente como os laços pessoais, familiares e emocionais são fundamentais na construção de formas de governança armada e na sobrevivência de grupos criminosos.