Scielo RSS <![CDATA[Revista de Estudios Sociales]]> http://www.scielo.org.co/rss.php?pid=0123-885X20230004&lang=en vol. num. 86 lang. en <![CDATA[SciELO Logo]]> http://www.scielo.org.co/img/en/fbpelogp.gif http://www.scielo.org.co <![CDATA[Forgiveness and Memory: Opportunities for Reconciliation. An Introduction]]> http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0123-885X2023000400003&lng=en&nrm=iso&tlng=en Abstract: In this introduction, we argue for a basic idea. Community-based spaces for promoting forgiveness and memory-making bear the promise of promoting some of the cultural transformations needed for thick, structural reconciliation. As we show by discussing some recent examples taken from the Colombian context of the past decade, these spaces do not compete, but actually complement a pragmatic, thin institutional design for reconciliation. This idea, as we discuss here, serves as the common thread connecting the articles in this special issue. The texts reflect on the practice of forgiveness and some of its specific contours in the context of the Colombian conflict.<hr/>Resumen: En esta introducción defendemos una idea central: los espacios comunitarios que promueven el perdón y la construcción de la memoria tienen el potencial de fomentar algunas de las transformaciones culturales necesarias para una reconciliación estructural y profunda. Como mostramos al discutir algunos ejemplos recientes tomados del contexto colombiano de la última década, estos espacios no compiten, sino que en realidad complementan un diseño institucional pragmático y estrecho para la reconciliación. Esta idea, como discutimos aquí, actúa como hilo conductor de los artículos de este dosier. Los textos reflexionan sobre la práctica del perdón y algunos de sus matices específicos en el contexto del conflicto colombiano.<hr/>Resumo: Nesta introdução, defendemos uma ideia central: os espaços comunitários que promovem o perdão e a construção da memória têm o potencial de promover algumas das transformações culturais necessárias para uma reconciliação profunda e estrutural. Como mostramos ao discutir alguns exemplos recentes retirados do contexto colombiano da última década, esses espaços não são concorrentes, mas, na verdade, complementam um projeto institucional pragmático e restrito para a reconciliação. Essa ideia, conforme discutimos aqui, funciona como um fio condutor dos artigos deste dossiê. Os textos refletem sobre a prática do perdão e algumas de suas nuances específicas no contexto do conflito colombiano. <![CDATA[Putting the Past into Perspective. Remembering, Reappraising, and Forgiving]]> http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0123-885X2023000400013&lng=en&nrm=iso&tlng=en Abstract: The process of forgiving seems to require that a person can remember a specific moment in their personal past in which they were harmed in some way. Forgiving, then, often requires episodic memory, which may be understood as memory of events or experiences in one’s personal past. What is it that grounds acts of forgiveness? One of the most prominent ideas is that, fundamentally, forgiveness involves a change in emotion; it requires that negative emotions associated with the event are abandoned, withdrawn or overcome. In this paper, we outline one way in which the emotion and meaning of past events may be modulated. In particular, we suggest that by thinking more abstractly about an event we can shift our emotional response to it. We outline one way in which this form of more abstract thinking, which can help us distance ourselves from the negative emotion associated with a past wrongdoing, can show up in memory. We propose that emotionally distant memories, or memories in which the emotional content has undergone some change, may often be recalled from an observer perspective, in which the individual recalls the event from an external or detached point of view. Recalling a past wrongdoing from an observer memory may help put it into perspective and afford the emotional distancing required to facilitate forgiveness.<hr/>Resumen: El proceso de perdonar aparentemente requiere que la persona pueda recordar un momento específico de su pasado durante el cual fue lastimada. Perdonar, entonces, precisa de una memoria episódica, entendida como el recuerdo de eventos o experiencias en el pasado personal de alguien. ¿Qué es lo que fundamenta los actos de perdón? Al respecto, una de las ideas que más se destaca es que, en esencia, el perdón implica un cambio en las emociones; esto es, abandonar, apartar o superar las emociones negativas relacionadas con el evento. En este artículo esbozamos una forma en la que la emoción y el significado de los eventos pasados lograrían regularse. En específico, proponemos que, al pensar de manera más abstracta sobre un evento, es posible modificar nuestra respuesta emocional hacia este. Así, explicamos la manera como una forma más abstracta de pensar, que nos ayude a establecer una distancia con la emoción negativa asociada a un daño en el pasado, puede manifestarse en la memoria. Planteamos que los recuerdos emocionalmente lejanos, o aquellos en los que el contenido emocional ha experimentado algún cambio, a menudo son rememorados desde el ángulo del observador, de modo que el individuo recuerda el evento desde un punto de vista externo e imparcial. Recordar un perjuicio del pasado a partir de la memoria del observador contribuiría a poner el evento en perspectiva y propiciar el distanciamiento emocional necesario para permitir el perdón.<hr/>Resumo: O processo de perdão aparentemente exige que a pessoa seja capaz de se lembrar de um momento específico em seu passado durante o qual foi magoada. O perdão, portanto, requer memória episódica, entendida como a lembrança de eventos ou experiências do passado pessoal de alguém. O que fundamenta os atos de perdão? A esse respeito, uma das ideias mais proeminentes é que, em essência, o perdão envolve uma mudança nas emoções, ou seja, abandonar, deixar de lado ou superar as emoções negativas relacionadas ao evento. Neste artigo, esboçamos uma maneira pela qual a emoção e o significado de eventos passados poderiam ser regulados. Especificamente, propomos que, ao pensar de forma mais abstrata sobre um evento, é possível modificar nossa resposta emocional a ele. Assim, explicamos como uma forma mais abstrata de pensar, que nos ajuda a estabelecer distância da emoção negativa associada a um dano passado, pode se manifestar na memória. Argumentamos que as lembranças emocionalmente distantes ou aquelas em que o conteúdo emocional sofreu alguma mudança geralmente são lembradas do ângulo do observador, do qual o indivíduo se lembra de um ponto de vista externo e imparcial. A lembrança de uma mágoa do passado a partir da memória do observador ajudaria a colocar o evento em perspectiva e proporcionaria o distanciamento emocional necessário para permitir o perdão. <![CDATA[Forgiveness and Letting Go: Ways of Changing the Normative Landscape]]> http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0123-885X2023000400029&lng=en&nrm=iso&tlng=en Abstract: Forgiveness is often distinguished from other ways of eliminating (or reducing) blame, such as letting go. In this paper, I focus on a conception of forgiveness as normative landscape change (alteration of the rights and obligations of relevant parties), and explore the distinction between forgiveness-understood in this way-and letting go. I highlight the explanatory power of this approach for distinguishing forgiveness and letting go, and contrast it with an alternative way, in which the focus is instead primarily on a kind of attitude change. I conclude by comparing the implications of both forgiveness and letting go for other phenomena we care about, such as reconciliation.<hr/>Resumen: Con frecuencia, el perdón se distingue de otras formas de eliminar (o disminuir) la culpa, por ejemplo, el dejar ir. En este artículo me centro en una concepción del perdón como un cambio en el entorno normativo (la alteración de los derechos y de las obligaciones de las partes involucradas), y exploro la distinción entre el perdón -entendido de esta manera- y el dejar ir. Destaco el poder explicativo de este enfoque para distinguir el perdón y el dejar ir, y lo contrasto con una forma alternativa en la que el foco se centra, principalmente, en un tipo de cambio de actitud. Concluyo comparando las implicaciones que tienen el perdón y el dejar ir en otros fenómenos importantes, como la reconciliación.<hr/>Resumo: O perdão é muitas vezes diferenciado de outras formas de remoção (ou diminuição) da culpa, como, por exemplo, o deixar ir. Neste artigo, concentro-me em uma concepção do perdão como uma mudança no ambiente normativo (a alteração dos direitos e obrigações das partes envolvidas) e exploro a distinção entre o perdão - entendido dessa forma - e o deixar ir. Destaco o poder explicativo dessa abordagem para diferenciar o perdão e o deixar ir, e a contrasto com uma forma alternativa em que o foco está principalmente em um tipo de mudança de atitude. Concluo comparando as consequências do perdão e do deixar ir para outros fenômenos importantes, como a reconciliação. <![CDATA[Forgetting to Un-Forgive]]> http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0123-885X2023000400045&lng=en&nrm=iso&tlng=en Abstract: Much of the literature on forgiveness is dedicated to understanding the reasons to forgive and what changes in attitude are required to do so. But philosophers have been much less attentive to what happens after agents forgive. This is a serious oversight, since the reasons to forgive do not always retain their force and it is not always possible, or advisable, to maintain the changes in attitudes that forgiveness requires. Fortunately, Monique Wonderly has begun to fill this lacuna in the literature with her recent work on un-forgiveness. According to the author, un-forgiveness involves altering our attitudes, by either reinhabiting an adversarial stance towards an agent for their wrongdoing and/or returning one’s relationship with them to the state it was in prior to forgiveness taking place. While Wonderly’s account of un-forgiveness is both novel and illuminating, it is incomplete. In this paper, we argue that one can also un-forgive by forgetting that the wrong in question occurred and/or that the previously forgiven agent was the perpetrator of the wrong. We contend that not only is it possible to un-forgive by forgetting, but doing so can be both justified and morally important. We defend our view by considering the objection that un-forgiveness by forgetting can negatively impact victims’ relationships with wrongdoers as well as addressing the concern that agents cannot exercise their agency over their memories in order to un-forgive by forgetting.<hr/>Resumen: Gran parte de la literatura académica sobre el perdón se ha enfocado en comprender las razones para perdonar y los cambios de actitud necesarios para lograrlo. No obstante, los filósofos han prestado menos atención a lo que sucede después de que se perdona. Esta es una grave omisión, pues las razones para perdonar pueden debilitarse y no siempre es posible, ni recomendable, mantener los cambios de actitud que el perdón requiere. Por fortuna, Monique Wonderly ha comenzado a llenar este vacío en la literatura con su reciente investigación sobre el desperdón. Según la autora, este implica alterar nuestras actitudes, ya sea adoptando de nuevo una postura opuesta a la de un agente en razón de su ofensa o en el retorno de la relación con ese agente al estado en el que se encontraba antes de que ocurriera el perdón. Si bien la explicación que Wonderly ofrece del desperdón es novedosa y esclarecedora, aún está incompleta. En este artículo argumentamos que también se puede desperdonar si se olvida que el perjuicio en cuestión sucedió o que el agente anteriormente perdonado es el responsable. Así, sostenemos que desperdonar a partir del olvido no solo es posible, sino que hacerlo está justificado y es moralmente significativo. Para defender esta perspectiva, discutimos la postura que asevera que el desperdón a partir del olvido puede impactar de manera negativa la relación entre víctimas y victimarios, así como la que afirma que las personas no tienen agencia sobre sus recuerdos para desperdonar a partir del olvido.<hr/>Resumo: Grande parte da literatura acadêmica sobre o perdão tem se concentrado em entender as razões para perdoar e as mudanças de atitude necessárias para alcançar isso. Entretanto, os filósofos têm dado menos atenção ao que acontece depois que o perdão ocorre. Essa é uma omissão grave, pois os motivos para o perdão podem se enfraquecer e nem sempre é possível ou aconselhável manter as mudanças de atitude que o perdão exige. Felizmente, Monique Wonderly começou a preencher essa lacuna na literatura com sua recente pesquisa sobre o desperdão. De acordo com a autora, isso envolve a alteração de nossas atitudes, seja adotando uma nova postura oposta à de um agente por causa de sua ofensa, seja no retorno do relacionamento com esse agente ao estado em que se encontrava antes do perdão. Embora a explicação de Wonderly sobre o desperdão seja nova e esclarecedora, ela ainda está incompleta. Neste artigo, argumentamos que também é possível desperdoar se a pessoa esquecer que o dano em questão aconteceu ou que o agente anteriormente perdoado é o responsável. Assim, argumentamos que o desperdão por meio do esquecimento não só é possível, mas também que fazê-lo é justificável e moralmente significativo. Para defender essa perspectiva, discutimos a posição que afirma que o desperdão pelo esquecimento pode afetar negativamente o relacionamento entre vítimas e perpetradores, bem como a posição que afirma que as pessoas não têm autonomia sobre suas memórias para desperdoar pelo esquecimento. <![CDATA[Everyday Citizens and Peacebuilding. Social Beliefs on Forgiveness, Justice, and Reconciliation in Colombia]]> http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0123-885X2023000400063&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumen: Este artículo indaga por procesos que, desde una perspectiva psicosocial, se vinculan significativamente: el perdón, la justicia, la reconciliación y la paz. Se presentan así parte de los resultados de la investigación “Barreras psicosociales para la construcción de la paz y la reconciliación en Colombia”, que se realizó durante 2019 y el primer semestre de 2020. El objetivo de este trabajo fue comprender creencias sobre el perdón, la justicia y la reconciliación de 256 personas de nueve ciudades de Colombia. Se usaron un diseño cualitativo y un método fenomenológico-hermenéutico, a través de entrevistas semiestructuradas y en profundidad. Se realizaron un análisis intratextual e intertextual de contenido, y una codificación teórica de primer nivel (descriptivo) y segundo nivel (hermenéutico), de donde emergieron cinco categorías: 1) perdón condicionado y justicia retributiva; 2) ni perdón ni olvido: pena de muerte y retaliación punitiva; 3) perdones compensatorios y justicia transicional; 4) deslegitimación de la justicia transicional: los ofendidos; y 5) oportunidades para la reconciliación. Los principales resultados permiten observar que entre los participantes prima una perspectiva retributiva de la justicia, que limita las posibilidades de perdón y reconciliación en el marco del acuerdo de paz entre el Estado colombiano y la guerrilla de las FARC-EP. Un grupo significativo, pero menor que el anterior, de entrevistados encuentra caminos para el perdón a través de los mecanismos de justicia transicional desarrollados por el acuerdo. La discusión se centra en cómo la esperanza de construir espacios para la paz y la reconciliación parece estar enfocada en la posibilidad de humanizar al agresor, especialmente al excombatiente raso (en este punto coinciden las posturas), aspecto que podría aprovecharse para el trabajo psicosocial.<hr/>Abstract: This article explores processes that are significantly interconnected from a psychosocial perspective: forgiveness, justice, reconciliation, and peace. It encompasses part of the findings from the research project “Psychosocial Barriers to Peacebuilding and Reconciliation in Colombia,” conducted during 2019 and the first half of 2020. The study was intended to understand beliefs about forgiveness, justice, and reconciliation among 256 individuals from 9 cities in Colombia. A qualitative design and a phenomenological-hermeneutic method were used, employing semi-structured and in-depth interviews. An intratextual and intertextual content analysis and theoretical coding at two levels (descriptive and hermeneutic) were performed, leading to the emergence of five categories: 1) conditional forgiveness and retributive justice; 2) neither forgiveness nor forgetting: death penalty and punitive retaliation: 3) compensatory forgiveness and transitional justice; 4) delegitimization of transitional justice: the offended; and 5) opportunities for reconciliation. The main results reveal that a retributive perspective of justice prevails among the participants, limiting the possibilities of forgiveness and reconciliation within the framework of the peace agreement between the Colombian State and the FARC-EP guerrilla. A significant but smaller group of interviewees find paths to forgiveness through the transitional justice mechanisms established by the agreement. The discussion revolves around how the prospect of creating spaces for peace and reconciliation appears to hinge on the potential to humanize the aggressor, particularly the low-ranking ex-combatant (a point of convergence in perspectives), presenting an opportunity for leveraging psychosocial interventions.<hr/>Resumo: Neste artigo, são explorados processos que, de uma perspectiva psicossocial, estão significativamente ligados: perdão, justiça, reconciliação e paz. Ele apresenta parte dos resultados da pesquisa “Barreiras psicossociais para construir a paz e a reconciliação na Colômbia”, realizada em 2019 e no primeiro semestre de 2020. O objetivo deste trabalho foi entender as crenças sobre perdão, justiça e reconciliação de 256 pessoas de 9 cidades da Colômbia. Foram utilizados um projeto qualitativo e um método fenomenológico-hermenêutico, por meio de entrevistas semiestruturadas e em profundidade. Foram realizadas uma análise de conteúdo intratextual e intertextual e uma codificação teórica de primeiro nível (descritiva) e de segundo nível (hermenêutica), da qual surgiram cinco categorias: 1) perdão condicional e justiça retributiva; 2) nem perdoar, nem esquecer pena de morte e retaliação punitiva; 3) perdões compensatórios e justiça de transição; 4) deslegitimação da justiça transicional: o ofendido; e 5) oportunidades de reconciliação. Os principais resultados mostram que uma perspectiva retributiva da justiça prevalece entre os participantes, o que limita as possibilidades de perdão e reconciliação no âmbito do acordo de paz entre o Estado colombiano e os guerrilheiros das FARC-EP. Um grupo significativo, porém menor, de entrevistados encontra formas de perdão por meio dos mecanismos de justiça de transição desenvolvidos pelo acordo. A discussão se concentra em como a esperança de construir espaços para a paz e a reconciliação parece estar centrada na possibilidade de humanizar o agressor, especialmente o ex-combatente (nesse ponto, as posições coincidem), um aspecto que poderia ser usado para o trabalho psicossocial. <![CDATA[Psychosocial Processes Linked to Memory and Forgiveness in Mobilized Victims in Colombia]]> http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0123-885X2023000400083&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumen: En un contexto permeado por varios procesos de justicia transicional y aún afectado por dinámicas de violencia, este artículo analiza dimensiones psicosociales vinculadas al perdón y a la memoria en experiencias de integrantes de organizaciones sociales víctimas del conflicto armado colombiano, para conocer y explorar procesos cognitivos, emocionales y actitudinales que limitan y que facilitan el perdón. Se desarrolló una metodología mixta con dos estudios en los departamentos del Atlántico y Caldas. En el primero se aplicó un diseño fenomenológico para descubrir ideas y emociones sobre memoria y perdón en líderes de colectivos de víctimas; en el segundo se implementó un diseño no experimental para analizar la interacción entre tres factores que explican la disposición al perdón (DP): resentimiento duradero (RD), sensibilidad a las circunstancias (SC) y perdón incondicional (PI). El estudio cualitativo evidenció sentidos alrededor de la memoria que limitan el perdón (RD, creencias de víctimas exclusivas y obstáculos percibidos para la eficacia de medidas de justicia transicional) y resignificaciones de la memoria que lo favorecen (comprensión del conflicto, creencias de víctimas inclusivas, memoria vinculada a la justicia transicional y PI). El estudio cuantitativo indicó que la SC explica el PI, mientras que el RD constituye un obstáculo. Se avanza hacia la comprensión de la relación entre memoria y perdón en escenarios de transición, que devela desafíos para la gestión constructiva de la memoria en clave de perdón, la intervención del RD, y el desarrollo de la SC a favor del perdón en la escala local y regional, no solo nacional.<hr/>Abstract: In a context marked by various transitional justice processes and still affected by dynamics of violence, in this article, we analyze psychosocial dimensions related to forgiveness and memory in experiences of members of social organizations who are victims of the Colombian armed conflict. The aim is to explore cognitive, emotional, and attitudinal processes that hinder or enable forgiveness. A mixed-methodology was used, with two studies conducted in the departments of Atlántico and Caldas. In the first study, a phenomenological design was applied to uncover ideas and emotions regarding memory and forgiveness among leaders of victim collectives. In the second study, a non-experimental design was implemented to analyze the interaction between three factors explaining the disposition to forgive (DP): enduring resentment (RD), sensitivity to circumstances (SC), and unconditional forgiveness (PI). The qualitative study revealed meanings surrounding memory that constrain forgiveness (RD, exclusive victim beliefs, and perceived obstacles to the effectiveness of transitional justice measures), as well as memory resignifications that promote forgiveness (understanding of the conflict, inclusive victim beliefs, memory linked to transitional justice, and PI). The quantitative study indicated that SC explains PI, while RD poses an obstacle. The research progresses towards a deeper comprehension of the connection between memory and forgiveness in transitional settings, unveiling challenges in effectively managing memory with forgiveness in mind. It highlights the significance of addressing RD and fostering SC to facilitate forgiveness, not only at the national level but also at the local and regional scales.<hr/>Resumo: Em um contexto permeado por vários processos de justiça de transição e ainda afetado por dinâmicas de violência, neste artigo, são analisadas as dimensões psicossociais ligadas ao perdão e à memória nas experiências de membros de organizações sociais vítimas do conflito armado colombiano, a fim de compreender e explorar os processos cognitivos, emocionais e atitudinais que limitam e facilitam o perdão. Foi desenvolvida uma metodologia mista com dois estudos nos estados de Atlántico e Caldas. No primeiro, foi aplicado um projeto fenomenológico para descobrir ideias e emoções sobre memória e perdão em líderes de coletivos de vítimas; no segundo, foi implementado um projeto não experimental para analisar a interação entre três fatores que explicam a disposição para o perdão (DP): ressentimento duradouro (RD), sensibilidade às circunstâncias (SC) e perdão incondicional (PI). O estudo qualitativo evidenciou sentidos em torno da memória que limitam o perdão (RD, crenças exclusivas da vítima e obstáculos percebidos à eficácia das medidas de justiça transicional) e ressignificações da memória que o favorecem (compreensão do conflito, crenças inclusivas da vítima, memória vinculada à justiça transicional e PI). O estudo quantitativo indicou que a SC explica o PI, enquanto o RD constitui um obstáculo. Há progresso na compreensão da relação entre memória e perdão em cenários de transição, o que revela os desafios para a gestão construtiva da memória em termos de perdão, a intervenção do RD e o desenvolvimento da SC a favor do perdão em nível local e regional, não apenas nacional. <![CDATA[Forgiveness and Resilience: Reflections from the Experiences of Victims of the Colombian Armed Conflict in San Juan Nepomuceno, Montes de María, Colombia]]> http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0123-885X2023000400103&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumen: Este artículo tiene como objetivo explorar las concepciones de perdón y resiliencia, y la relación que puede existir entre ellas, desde la perspectiva de las víctimas del conflicto armado colombiano del municipio de San Juan Nepomuceno en Montes de María. Se siguió una metodología cualitativa de carácter exploratorio, con un alcance descriptivo e interpretativo. El análisis de resultados fue hecho con base en la teoría fundada en datos y se realizó un muestreo no probabilístico tipo bola de nieve. Se llevaron a cabo seis entrevistas semiestructuradas con preguntas sobre el perdón y la resiliencia, si consideraban que las víctimas podían perdonar, cómo percibían la resiliencia en su comunidad y cuáles eran sus opiniones sobre las manifestaciones de arrepentimiento por parte de los exmiembros de los grupos armados. De las dos categorías objeto de estudio surgió una definición de perdón y otra de resiliencia a partir de cómo las entienden las víctimas: se concibió el perdón como una decisión que depende de cada persona y su forma de pensar, y como un medio para subsanar las heridas y librarse de los sentimientos negativos sin olvidar los hechos del pasado. Por su parte, la resiliencia fue entendida como la capacidad que tienen las personas para superar las dificultades y situaciones traumáticas, para ver otras posibilidades partiendo de lo poco o lo mucho con lo que se cuenta, y fortalecerse con el fin de mejorar el estilo de vida. Así mismo, emergieron estrategias de afrontamiento individuales y colectivas, entre las que resaltan el arte, el diálogo y los procesos de memoria colectiva.<hr/>Abstract: This article aims to explore the conceptions of forgiveness and resilience, and the relationship that may exist between them, from the perspective of victims of the Colombian armed conflict in the municipality of San Juan Nepomuceno in Montes de María. We followed an exploratory qualitative methodology with a descriptive and interpretative focus. The data was analyzed based on grounded theory, and a non-probabilistic snowball sampling approach was employed. Six semi-structured interviews were conducted including questions about forgiveness and resilience, whether victims believed forgiveness was possible, how they perceived resilience in their community, and their opinions on expressions of remorse by former members of armed groups. Within the framework of these two study categories, victims’ perspectives provided definitions of forgiveness and resilience. Forgiveness was described as a personal decision influenced by individual thinking, serving as a means to heal wounds and free oneself from negative emotions while not erasing the memory of past events. Resilience, on the other hand, was perceived as the individuals’ ability to navigate through challenges and traumatic situations, to explore alternative possibilities regardless of their available resources, and to empower themselves in order to enhance their own quality of life. Individual and collective coping strategies also came to light, encompassing practices such as art, dialogue, and communal memory processes.<hr/>Resumo: Este artigo tem como objetivo explorar as concepções de perdão e resiliência, e a relação que pode existir entre elas a partir da perspectiva das vítimas do conflito armado colombiano no município de San Juan Nepomuceno, em Montes de María. Foi seguida uma metodologia qualitativa de natureza exploratória, com escopo descritivo e interpretativo. A análise dos resultados baseou-se na teoria fundamentada e na amostragem não probabilística do tipo bola de neve. Foram realizadas seis entrevistas semiestruturadas com perguntas sobre perdão e resiliência, a fim de saber se os participantes consideravam que as vítimas eram capazes de perdoar, como eles percebiam a resiliência em sua comunidade e quais eram suas opiniões sobre as manifestações de arrependimento de ex-membros de grupos armados. Das duas categorias em estudo, uma definição de perdão e uma definição de resiliência emergiram do entendimento das vítimas sobre o perdão: o perdão foi concebido como uma decisão que depende de cada pessoa e de sua maneira de pensar, e como um meio de curar feridas e se livrar de sentimentos negativos sem esquecer os eventos do passado. Por sua vez, a resiliência foi entendida como a capacidade das pessoas de superar dificuldades e situações traumáticas, de ver outras possibilidades com base no pouco ou no muito que se tem e de se fortalecer para melhorar seu estilo de vida. Além disso, surgiram estratégias de enfrentamento individuais e coletivas, incluindo arte, diálogo e processos de memória coletiva. <![CDATA[“It’s That Everything Is Alive Simultaneously.” Memory and Forgiveness as Reharmonization of the Territory Among the Peoples That Make up the Regional Indigenous Council of Cauca, Colombia]]> http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0123-885X2023000400137&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumen: El artículo expone la relación entre las narrativas de memoria y perdón del movimiento indígena del departamento del Cauca (Colombia) y la construcción de su identidad como sujeto afectado por la violencia. Es el resultado de un trabajo de campo multilocal realizado con miembros del Consejo Regional Indígena del Cauca (CRIC), autoridades y mayores indígenas nasas y coconucos, y con colaboradores del movimiento indígena del departamento. El texto concluye que la memoria indígena es tributaria de estructuras recursivas del tiempo y del espacio en las que lo acontecido aún está ocurriendo en el presente, pues los sujetos vulnerados, especialmente los ancestros y el territorio, siguen estando en el aquí y el ahora. Esto configura un enfoque ecológico de la ontología política que conduce a redefiniciones del conjunto de relaciones sociales que han estado involucradas con el desarrollo de la violencia armada, así como de los tipos de rituales tendientes a perdonar los daños y las violencias ocasionados por el conflicto armado. La novedad del artículo es su valoración de las nociones de memoria y perdón en la comunidad indígena del Cauca representada en el CRIC, como portadora de una propuesta ética no antropocéntrica para tratar los efectos de la violencia bajo la perspectiva normativa de la rearmonización.<hr/>Abstract: This article exposes the relationship between the narratives of memory and forgiveness within the indigenous movement in the department of Cauca (Colombia) along with the construction of their identity as subjects affected by violence. The article stems from multilocal fieldwork conducted with members of the Regional Indigenous Council of Cauca (CRIC), indigenous Nasa and Coconuco authorities and elders, and collaborators from the department’s indigenous movement. The text concludes that indigenous memory is influenced by recursive structures of time and space, where past events are still occurring in the present, as the violated subjects, especially the ancestors and the territory, remain in the here and now. This configures an ecological approach to political ontology, prompting a redefinition of the web of social interactions entangled in the genesis of armed violence, and the kinds of rituals geared towards forgiveness for the harms and violence inflicted by the armed conflict. The novelty of the article lies in its assessment of the notions of memory and forgiveness within the indigenous community of Cauca, represented by the CRIC, as a bearer of a non-anthropocentric ethical proposition to address the effects of violence from the normative perspective of reharmonization.<hr/>Resumo: Neste artigo, é explorada a relação entre as narrativas de memória e perdão do movimento indígena em Cauca (Colômbia) e a construção de sua identidade como um sujeito afetado pela violência. É o resultado de um trabalho de campo multilocal realizado com membros do Conselho Regional Indígena de Cauca (CRIC), autoridades e anciãos indígenas Nasas e Coconucos, e com colaboradores do movimento indígena da região. No texto, conclui-se que a memória indígena é tributária de estruturas recursivas de tempo e espaço, nas quais o que aconteceu ainda está acontecendo no presente, pois os sujeitos violados, especialmente os ancestrais e o território, continuam no aqui e agora. Isso configura uma abordagem ecológica da ontologia política que leva a redefinições do conjunto de relações sociais que estiveram envolvidas no desenvolvimento da violência armada, bem como dos tipos de rituais que tendem a perdoar os danos e a violência causados pelo conflito armado. A novidade do artigo é sua avaliação das noções de memória e perdão na comunidade indígena do Cauca representada no CRIC, como portadora de uma proposta ética não antropocêntrica para lidar com os efeitos da violência sob a perspectiva normativa da rearmonização. <![CDATA[Living Global Injustice as Personal Injustice: Young Alter-Activists]]> http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0123-885X2023000400157&lng=en&nrm=iso&tlng=en Resumen: El artículo se enfoca en las dimensiones subjetivas e individuales del compromiso desarrollado por jóvenes activistas en diferentes movimientos sociales contemporáneos. Se recurre a dos fuentes para su elaboración: estudios de caso en Bélgica, Francia y Chile; y análisis del discurso de una joven de Texas y de estudiantes tunecinos movilizados para distintas causas (la ecología, el derecho al aborto, la democracia y la justicia social). A partir de ellos se analiza cómo, en esta manera de ser activista, las fuentes de compromiso y la forma de “vivir” los movimientos sociales ya no se encuentran en las organizaciones o en los manifiestos, sino en la combinación de procesos de subjetivación personal -entendida como el trabajo que hace el sujeto para construirse a sí mismo como persona y autor de su vida- y en el deseo de volverse un actor frente a los problemas de su sociedad. En la segunda parte, el artículo apunta tres sesgos analíticos que llevaron a una visión individualista de esta forma de activismo: (i) la confusión entre los procesos de subjetivación y procesos de (auto)afirmación de un “yo auténtico”; (ii) la reducción del activismo a procesos de subjetivación cuando una voluntad combina estos procesos con otra que busca tener un impacto en la sociedad; y (iii) la consideración de que las dimensiones personales sustituyen las dimensiones colectivas del activismo. Lejos de un individualismo egoísta o centrado en la autorrealización, esta cultura alteractivista fomenta la combinación de procesos de subjetivación, la voluntad de convertirse en actor de su sociedad y el encuentro personal con los demás.<hr/>Abstract: The article focuses on the subjective and individual dimensions of the commitment made by young activists in different contemporary social movements. Two sources are used for its elaboration: case studies in Belgium, France, and Chile; and the analysis of discourses by a young woman from Texas and of Tunisian students mobilized for different causes (ecology, abortion rights, democracy, and social justice). On this basis, we examine how, in this activist way of life, the roots of commitment and the way of “living” social movements are no longer located within organizations or manifestos. Instead, they emerge from the interplay of personal subjectification, seen as the individual’s effort to shape themselves as a person and author of their own life, and the desire to become an active participant in addressing their society’s challenges. In the second section, we highlight three analytical biases that have contributed to an individualistic perspective on this form of activism: (i) the blurring of lines between the processes of subjectification and the (self-) affirmation of an “authentic self,” (ii) the reduction of activism to mere processes of subjectification, when one will combines these processes with another that stives to have an impact on society, and (iii) the consideration that personal dimensions replace the collective dimensions of activism. Far from a selfish individualism or a focus on self-fulfillment, this alter-activist culture encourages the combination of subjectification processes, the desire to become an actor in one’s society, and the personal encounter with others.<hr/>Resumo: Este artigo enfoca as dimensões subjetivas e individuais do engajamento desenvolvido por jovens ativistas em diferentes movimentos sociais contemporâneos. Ele se baseia em duas fontes: estudos de caso na Bélgica, na França e no Chile; e análise de discurso de uma jovem do Texas e de estudantes tunisianos mobilizados por diferentes causas (ecologia, direito ao aborto, democracia e justiça social). Com base nisso, o artigo analisa como, nessa forma de ser ativista, as fontes de compromisso e a maneira de “viver” os movimentos sociais não se encontram mais em organizações ou manifestos, mas na combinação de processos de subjetivação pessoal - entendida como o trabalho que o sujeito faz para se construir como pessoa e autor de sua vida - e no desejo de se tornar um ator diante dos problemas de sua sociedade. Na segunda parte, o artigo aponta três vieses analíticos que levaram a uma visão individualista dessa forma de ativismo: (i) a confusão entre processos de subjetivação e processos de (auto)afirmação de um “eu autêntico”; (ii) a redução do ativismo a processos de subjetivação quando se combinam esses processos com outro que busca ter um impacto na sociedade; e (iii) a consideração de que as dimensões pessoais substituem as dimensões coletivas do ativismo. Longe de um individualismo egoísta ou focado na autorrealização, essa cultura alterativa incentiva a combinação de processos de subjetivação, a vontade de se tornar um ator em sua sociedade e o encontro pessoal com os outros.