Scielo RSS <![CDATA[Antipoda. Revista de Antropología y Arqueología]]> http://www.scielo.org.co/rss.php?pid=1900-540720200004&lang=es vol. num. 41 lang. es <![CDATA[SciELO Logo]]> http://www.scielo.org.co/img/en/fbpelogp.gif http://www.scielo.org.co <![CDATA[Políticas de la evidencia: entre posverdad, objetividad y etnografía]]> http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1900-54072020000400003&lng=es&nrm=iso&tlng=es RESUMEN A lo largo de las últimas décadas, diversas sensibilidades analíticas dentro de las ciencias sociales y, en particular, dentro de la antropología, han intentado descolonizar la alteridad con la creación de nuevos espacios conceptuales y empíricos que respeten y den lugar a la coexistencia sociomaterial de mundos múltiples. Abrazando este proyecto intelectual y cosmopolítico, este artículo explora conceptual y etnográficamente qué tipo de evidencias surgen en distintos modos de hacer mundo, desde la premisa de que no sabemos qué es la evidencia hasta no conocer cuáles son sus capacidades. A partir de un análisis crítico a dos perspectivas que posibilitan una peligrosa clausura frente a otros posibles horizontes, a saber, la posverdad y la ciencia objetivadora, en este texto consideramos la etnografía como una aliada fundamental en el intento colectivo de hacer espacio para otros mundos. Así, nos interesa multiplicar la noción de evidencia más allá de su comprensión como artefacto moderno. Para estos fines, sugerimos la idea de evidencia para hacer pensar como heurística que da cuenta de la hiperreflexividad relacional necesaria al momento de cuestionar la ausencia del pensar propia de la posverdad y la univocidad propia de la evidencia moderna. Luego de esta discusión, se presentan los artículos que forman parte de este dosier y la manera en que creemos promueven esta evidencia respetuosa de todos los mundos posibles.<hr/>ABSTRACT Throughout the last decades, a number of analytical sensibilities within the social sciences, and in particular within anthropology, have endeavored to decolonize alterity by creating new conceptual and empirical spaces that respect and make room for the sociomaterial coexistence of multiple worlds. Embracing this intellectual and cosmopolitical project, this article explores, conceptually and ethnographically, what kind of evidence emerges in different worldings, from the premise that we do not know what evidence is until we know what its capabilities are. Based on a critical analysis of two perspectives that afford a dangerous foreclosure to other possible horizons, namely, post-truth politics and objectivizing Science, this article considers ethnography as a fundamental ally in the collective attempt to make space for other worlds. We are thus interested in multiplying the notion of evidence beyond its understanding as a modern artifact. To this end, we suggest the idea of evidence to make think as a heuristic that accounts for the necessary relational hyperreflexivity needed to questioning the absence of thought, which is inherent to post-truth politics univocality of modern evidence. Following this discussion, we present the articles that are part of this dossier by foregrounding how they promote this respectful evidence towards many possible worlds.<hr/>RESUMO Ao longo das últimas décadas, diversas sensibilidades analíticas das ciências sociais e, em particular, da antropologia, vêm tentando descolonizar a alteridade com a criação de espaços conceituais e empíricos que respeitem a coexistência sociomaterial de mundos variados e deem lugar a ela. Abraçando esse projeto intelectual e cosmopolítico, este artigo explora conceitual e etnograficamente que tipo de evidências surge em diferentes modos de fazer mundo, a partir do princípio de que não sabemos o que é a evidência até não conhecermos quais são suas capacidades. Com base em uma análise crítica de duas perspectivas que possibilitam um perigoso encerramento ante outros possíveis horizontes, a saber, a pós-verdade e a ciência objetivadora, neste texto, consideramos a etnografia como uma aliada fundamental na tentativa coletiva de criar espaço para outros mundos. Assim, interessa-nos multiplicar a noção de evidência para mais além de sua compreensão como artefato moderno. Para isso, sugerimos a ideia de evidência para fazer pensar como heurística que demonstra a hiperreflexividade relacional necessária na hora de questionar a ausência do pensar próprio da pós-verdade e da univocidade da evidência moderna. Após a discussão, são apresentados os artigos que fazem parte deste número e a maneira na qual acreditamos que promovem essa evidência respeitosa de todos os mundos possíveis. <![CDATA[Lo que pliega la colecta: conocimientos, científicos y especímenes para otras ciencias posibles]]> http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1900-54072020000400031&lng=es&nrm=iso&tlng=es RESUMEN Este artículo experimenta la manera en la que el trabajo etnográfico sobre la práctica científica puede abrir posibilidades de articulación novedosa para las ciencias, en particular para la taxonomía, en tiempos de crisis ambiental global. En términos concretos, se pregunta por la práctica de la colecta, en la que se producen especímenes biológicos, la evidencia central para esta ciencia. Se analiza la forma en que esta práctica pliega en el espécimen también el conocimiento de los guías locales que participan de la expedición científica. Interesa pues dar cuenta de lo que también colecta la colecta y el modo en que, a partir de esta, se produce la asimetría entre la ciencia y los conocimientos considerados como locales a partir del encuentro. Así, el trabajo material del que proviene la evidencia científica participa tanto de hacer una naturaleza común como unívoca. Esta etnografía de la evidencia científica en tensión con el conocimiento no científico se nutre de mi participación en tres expediciones realizadas durante el año 2018, así como de visitas a colecciones biológicas entre 2018 y 2019. El artículo concluye en un tono más especulativo reflexionando sobre otras prácticas científicas posibles, en las que, sin renunciar a las obligaciones y requisitos de la biología, esta puede articular la tarea taxonómica con el tipo de preguntas que interesan a las comunidades humanas y más que humanas involucradas. Considero que esta articulación es clave para ampliar los esfuerzos en pro del estudio, protección, restauración y conservación de la biodiversidad colombiana.<hr/>ABSTRACT This article experiments with the way in which ethnographic work on scientific practice can open new possibilities of articulation for the sciences, particularly for taxonomy, in times of global environmental crisis. In concrete terms, it examines the practice of collecting, in which biological specimens, the central evidence for this science, are produced. We analyze the way in which this practice folds into the specimen as well as the knowledge of the local guides who participate in the scientific expedition. It is therefore interesting to give an account of what the collection also collects and how, from this, the asymmetry between science and the knowledge considered as local is produced as a result of the encounter. Thus, the material work from which the scientific evidence comes is involved in making both a common and a univocal nature. This ethnography of scientific evidence in tension with non-scientific knowledge is nourished by my experience in three expeditions in 2018, as well as visits to biological collections between 2018 and 2019. The article concludes on a more speculative tone by reflecting on other possible scientific practices, in which, without renouncing the obligations and requirements of biology, it can articulate the taxonomic task with the kind of questions that interest the human and beyond human communities involved. I consider that this articulation is key to expanding efforts for the study, protection, restoration, and conservation of Colombian biodiversity.<hr/>RESUMO Este artigo experimenta a maneira na qual o trabalho etnográfico sobre a prática científica pode abrir novas possibilidades de articulação para as ciências, em particular para a taxonomia, em tempos de crise ambiental global. Em concreto, pergunta-se pela prática da coleta, na qual são produzidos espécimes biológicos, evidência central para essa ciência. É analisada a forma em que essa prática também molda no espécime o conhecimento dos guias locais que participam da expedição científica. Portanto, interessa evidenciar o que também coleta a coleta e o modo em que, com base nisso, é produzida a assimetria entre a ciência e os conhecimentos considerados como locais a partir do encontro. Assim, o trabalho material do qual a evidência científica provém participa tanto de fazer uma natureza comum quanto unívoca. Essa etnografia da evidência científica em tensão com o conhecimento não científico é nutrida de minha participação em três expedições realizadas em 2018, bem como de visitas a coleções biológicas entre 2018 e 2019. Este artigo conclui em um tom especulativo, com a reflexão sobre outras práticas científicas possíveis, nas quais, sem renunciar as obrigações e requisitos da biologia, a tarefa taxonômica pode articular com o tipo de perguntas que interessa às comunidades humanas e mais-que-humanas envolvidas. Considero que essa articulação é fundamental para ampliar os esforços em prol do estudo, proteção, restauração e conservação da biodiversidade colombiana. <![CDATA[Las múltiples agencias de los <em>encantados</em>: esbozo de una teoría política kiriri]]> http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1900-54072020000400057&lng=es&nrm=iso&tlng=es RESUMO Este artigo trata do povo indígena Kiriri do Rio Verde que, em março de 2017, após sair de Muquém do São Francisco, oeste do estado da Bahia, região Nordeste do Brasil, ocupou uma terra no sul do estado de Minas Gerais, Sudeste do país. A terra ocupada possui 39 hectares e tem como seu proprietário legal o estado de Minas Gerais. A permanência dos Kiriri na área foi autorizada pelo seu verdadeiro dono, um antigo ancestral tapuia que apareceu durante a ciência, momento em que há uma comunicação, como veremos, mais direta e intencional com os encantados, seres outros-que-humanos que habitam o cosmos kiriri. Diferentemente do toré, brincadeira em que ocorre o compartilhamento de comida entre os humanos e os encantados, e em que os cantos são mais fracos para que esses seres outros-que-humanos não se manifestem, na ciência kiriri, os cantos são mais fortes para fazer com que os mestres encostem em pessoas que possuem o dom. Apesar de a ocupação ser legitimada pelo velho tapuia, os Kiriri reconhecem que também precisam negociar com o estado de Minas Gerais, o proprietário legal da área, para conseguirem a regularização da terra. Nesse contexto, este artigo tem como objetivo compreender como os Kiriri criam evidências que a ocupação feita por eles, a partir da atuação conjunta aos encantados, é legitimada pelo verdadeiro dono da terra e como o comunicam ao estado de Minas Gerais. Para olhar para as negociações entre os Kiriri e o estado de Minas Gerais, deve-se reconhecer e analisar a ampla rede de atuação de agentes humanos e outros-que-humanos e, para compreendê-la melhor, propomos atentar também à ciência kiriri. Assim, este artigo esboça questões que tangem ao que podemos chamar de “teoria política kiriri”, evidenciando como as relações diplomáticas de troca e negociação podem ser constituídas no mundo.<hr/>RESUMEN El artículo se enfoca en el pueblo indígena kiriri de Río Verde que, en marzo del 2017, luego de salir de Muquém do São Francisco, occidente del departamento de Bahía, región noreste de Brasil, ocupó una tierra en el sur del departamento de Minas Gerais, al sureste del país. La tierra ocupada tiene 39 hectáreas y su propietario legal es el estado de Minas Gerais. La permanencia de los kiriri en el área fue autorizada por su verdadero dueño, una antigua figura ancestral tapuia que “apareció” durante una ciência, momento ceremonial en el que se produce una comunicación, como veremos, más directa e intencional con los encantados, seres otros-que-los-humanos -ancestrales y no ancestrales- que habitan el cosmos kiriri. A diferencia del toré brincadeira, encuentro ceremonial en el que se comparte comida entre humanos y encantados y en el que los cánticos son más suaves para que los otros-que-los-humanos no se “manifiesten”, en la ciência kiriri los cánticos son más fuertes para lograr que los mestres o encantados encosten, esto es, que posean espiritualmente a personas que tienen el don de permitirles manifestarse. Si bien la ocupación es legitimada por el viejo tapuia, los kiriri reconocen que también necesitan negociar con el estado de Minas Gerais, el propietario legal del área, para regular la tierra. Así, el artículo tiene el propósito de comprender cómo los kiriri crean evidencias de su proceso de ocupación de tierras, a partir del actuar de los encantados -acción legitimada por el verdadero dueño de la tierra- y cómo le comunican esto al estado de Minas Gerais. De este modo, para comprender las negociaciones entre los kiriri y el Estado, es necesario reconocer y analizar la actuación de la amplia red de agentes humanos y otros-que-los-humanos y, para entenderlas mejor, planteamos que debe prestarse atención también a la ciência kiriri. En este contexto, el artículo esboza interrogantes acerca de lo que podemos llamar una teoría política kiriri, al evidenciar cómo las relaciones diplomáticas de intercambio y negociación pueden constituirse de un modo “otro” en el mundo.<hr/>ABSTRACT The article focuses on the Kiriri indigenous people of Rio Verde who, in March 2017, after leaving Muquém do São Francisco, west of Bahia department, in Brazil's northeast, occupied a land in the south of the Minas Gerais department, in the country's southeast. The occupied land covers 39 hectares and its legal owner is the state of Minas Gerais. The Kiriri's permanence in the area was authorized by its verdadero dueño or true owner, an ancient tapuia figure who appeared during a ciência, a ceremonial moment in which a more direct and intentional communication takes place with the encantados (or enchanted), ancestral and not ancestral, other-than-humans, who inhabit the kiriri cosmos. Unlike the tore, brincadeira ceremonial meeting in which food is shared between humans and the encantados, and in which the chants are softer so that the other-than-humans do not reveal themselves, in the kiriri ciência, the chants are louder so that the mestres or encantados encosten; namely, that they spiritually possess those who have the gift of allowing them to reveal themselves. While the occupation is legitimized by the old tapuia, the Kiriri acknowledge that they also need to negotiate with the state of Minas Gerais, the legal owner of the area, to regulate the land. Thus, this article is intended to understand how the kiriri create evidence of the process of land occupation that they conducted, based on the actions of the encantados, an action legitimized by the verdadero dueño of the land and how they communicate this to the state of Minas Gerais. Thus, in order to understand the negotiations between the Kiriri and the State, they must be considered from the standpoint of the recognition and analysis of the actions of the broad network of human and other-than-human agents. To better understand this, we propose that attention should also be paid to the kiriri ciência. In this context, the article outlines questions about what we can call a “kiriri political theory,” showing how diplomatic exchange and negotiation relations can be constituted in an “other” way in the world. <![CDATA[De la predación del diablo al fin de esta humanidad: cosmopolítica en la zafra del Noroeste Argentino]]> http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1900-54072020000400079&lng=es&nrm=iso&tlng=es RESUMEN Este texto explora la dimensión cosmopolítica del capitalismo en el Noroeste Argentino. Durante la zafra azucarera, el diablo (dueño no humano de los blancos) se debe alimentar de trabajadores humanos para poner en marcha la producción agroindustrial de la empresa Ledesma. Este extractivismo más-que-humano acelerará la intervención de las entidades demoníacas (murciélagos-demonios o un jaguar azul) que, en los albores del fin de este mundo, devorarán a la especie humana. El artículo se enmarca en una investigación etnográfica de larga duración realizada con guaraníes -y pobladores locales no guaraníes- de Jujuy entre los años 2015 y 2019 y sigue el hilo de las conversaciones sostenidas con Jacinto Pïkïtü Aceri, pensador guaraní, quien me condujo del extractivismo a la rebelión de los objetos y al fin de esta humanidad. La predación del diablo contiene profundas reflexiones acerca de la alteridad y el destino de la humanidad; en los mundos indígenas, habitados por múltiples personas, la no humanidad de algunas de ellas -como el diablo, empresarios deshumanizados y demonios míticos- no las coloca por fuera de las negociaciones cosmopolíticas. Más que evocaciones metafóricas o apropiación simbólica de la explotación capitalista, la predación del diablo y las consecuencias sociocosmológicas del extractivismo son tan reales, evidentes y evidenciables en términos nativos, como la dimensión material del capitalismo. En sintonía con los lineamientos de la antropología amerindia contemporánea, tomar en serio la dimensión no humana del extractivismo apunta a la pluralización de la política.<hr/>ABSTRACT This text explores the cosmopolitical dimension of capitalism in Northwest Argentina. During the sugarcane harvest, the devil (the non-human owner of the whites) must feed on human workers to start up the agro-industrial production of the Ledesma Company. This more-than-human extractivism will accelerate the intervention of demonic entities (demon bats or a blue jaguar) that will devour the human species at the dawn of the end of this world. The article is part of a long term ethnographic study conducted with Guaranis -and local non-Guarani people- from Jujuy, between 2015 and 2019. It follows the thread of the conversations held with Jacinto Pïkïtü Aceri, a Guarani thinker, who led me from extractivism to the rebellion of objects and the end of this humanity. The predation of the devil contains profound reflections about otherness and the destiny of humanity; in the indigenous worlds, inhabited by multiple people, the non-humanity of some of them - like the devil, dehumanized businessmen, and mythical demons - does not place them outside the cosmopolitical negotiations. Beyond metaphorical evocations or symbolic appropriation of capitalist exploitation, the predation of the devil and the socio-cosmological consequences of extractivism are as real, evident and verifiable in native terms, as the material dimension of capitalism. In keeping with contemporary Amerindian anthropology, to take seriously the non-human dimension of extractivism indicates the pluralization of politics.<hr/>RESUMO Este texto explora a dimensão cosmopolítica do capitalismo no Nordeste argentino. Durante a colheita do açúcar, o diabo (dono não humano dos brancos) deve se alimentar de trabalhadores humanos para começar a produção agroindustrial da empresa Ledesma. Esse extrativismo mais-que-humano acelerará a intervenção das entidades demoníacas (morcegos-demônios ou um jaguar azul) que, no início do fim deste mundo, devorarão a espécie humana. Este artigo se encontra no âmbito de uma pesquisa etnográfica de longa duração, realizada com guaranis - e povos locais não guaranis - de Jujuy, entre 2015 e 2019, e continua o diálogo estabelecido com Jacinto Pïkïtü Aceri, pensador guarani, que me conduziu do extrativismo à rebelião dos objetos e ao fim desta humanidade. A predação do diabo contém profundas reflexões sobre a alteridade e o destino da humanidade; nos mundos indígenas, habitados por múltiplas pessoas, a não humanidade de algumas delas - como o diabo, empresários desumanizados e demônios míticos - não as exclui das negociações cosmopolíticas. Mais do que evocações metafóricas ou apropriação simbólica da exploração capitalista, a predação do diabo e as consequências sociocosmológicas do extrativismo são tão reais, evidentes e evidenciáveis em termos nativos, quanto a dimensão material do capitalismo. Em consonância com os lineamentos da antropologia ameríndia contemporânea, levar a sério a dimensão não humana do extrativismo indica a pluralização da política. <![CDATA[Distancia representacional entre la narración experta y los relatos locales: una reflexión sobre las políticas de la evidencia en el campo de la memoria en Colombia]]> http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1900-54072020000400103&lng=es&nrm=iso&tlng=es RESUMEN El artículo analiza los límites epistemológicos de la narración producto de los trabajos especializados sobre memoria. Está fundamentado en un trabajo de campo realizado en los pueblos palafitos de la Ciénaga Grande de Santa Marta (Colombia) entre los años 2017 y 2018, donde indagamos por el recibimiento local del informe del Centro Nacional de Memoria Histórica (CNMH), publicado en el año 2014, sobre las masacres paramilitares que tuvieron lugar en esa zona. También se basa en la participación en el equipo de investigación del informe del CNMH sobre minas antipersonal del año 2017. La potencia del texto, un ejercicio dialéctico entre la antropología de la violencia y la fenomenología hermenéutica, descansa en ser un trabajo autocrítico desde adentro del sistema experto. Planteamos la existencia de una distancia representacional necesaria (no contingente) entre el relato como forma de expresión local y su traducción en una narración que se proyecta fuera del contexto en el que se han producido los relatos locales. El artículo concluye que, más que la propia experiencia de la violencia representada en tales relatos, es la lógica del sistema experto la que dibuja los contornos de las políticas de la evidencia en el campo de la memoria.<hr/>ABSTRACT The paper analyzes the epistemological limits of the narration resulting from the specialized work on memory. It is based, on the one hand, on fieldwork carried out in the stilt villages of Ciénaga Grande de Santa Marta (Colombia) between 2017 and 2018. The focus of the fieldwork was the local reception of the National Centre for Historical Memory (CNMH) report, published in 2014, on the paramilitary massacres that had occurred in that area. And, on the other, on the research team’s participation in the writing of the CNMH report on anti-personnel mines in 2017. The strength of the text, a dialectical exercise between the anthropology of violence and the hermeneutical phenomenology, rests on it being a self-critical piece of work written from within the expert system. We propose the existence of a necessary representational distance (not contingent) between the account as a form of local expression and its translation into a narration that is projected outside the context in which local stories are produced. The article concludes that, beyond the very experience of violence represented in such accounts, it is the logic of the expert system that draws the contours of the politics of evidence in the field of memory.<hr/>RESUMO Este artigo analisa os limites epistemológicos da narrativa produto dos trabalhos especializados sobre a memória. Está fundamentado em um trabalho de campo realizado nos povoados de estrutura palafítica da Ciénaga Grande de Santa Marta (Colômbia) entre 2017 e 2018, em que indagamos pelo recebimento local do relatório do Centro Nacional de Memória Histórica (CNMH), publicado em 2014, sobre os massacres paramilitares que aconteceram na região. Também está baseado na participação da equipe de pesquisa no relatório CNMH de 2017 sobre minas antipessoal. O potencial deste texto, um exercício dialético entre a antropologia da violência e a fenomenologia hermenêutica, está em ser um trabalho autocrítico de dentro do sistema especializado. Propomos a existência de uma distância representacional necessária (não contingente) entre o relato como forma de expressão local e sua tradição em uma narrativa que é projetada fora do contexto no qual os relatos locais são produzidos. Este artigo conclui que, mais do que a própria experiência da violência representada nesses relatos, é a lógica do sistema especializado a que desenha os contornos das políticas da evidência no campo da memória. <![CDATA[Lo posible y lo imposible: reflexiones sobre evidencia en la ufología chilena]]> http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1900-54072020000400125&lng=es&nrm=iso&tlng=es ABSTRACT This article is based on a year of fieldwork with ufologists, contactees, abductees, and skeptics in Chile, using methods including ethnography, media and website analysis, and in-depth interviews. Our argument is that the “UFO” serves as, what Galison would call, a theory machine, a multiplicity generating not simply heterogeneous interpretive frameworks through which to understand anomalous flying phenomena, in different ideological spheres, but thresholds of evidence as well. We take evidence here, not as given but as an ethnographic category. In particular, the UFO as a theory machine in the Chilean context, and the different stakes of evidence found within it, yields a theory of possibility and impossibility, which we have called evidence-as-possibility. This is not confined to matters of the existence of UFOs, but also spatial differences in which one conceives of such manifestations. We pit materialist understandings of evidence against ones that regard alien contact as something interior and embodied. But we also forego this division and explore how different, apparently contradictory facets of the evidence-as-possibility theory actually work together, such that each condition or event creates its own spatial configurations for UFOs. Finally, we explore “absurd” moments in which this theory machine collapses or goes into overdrive, escaping this spectrum of possibility altogether.<hr/>RESUMEN Este artículo fue escrito a partir de un año de trabajo de campo con ufólogos, contactados, abducidos y escépticos en Chile. Los métodos empleados incluyen etnografía, análisis de sitios web y medios, así como entrevistas en profundidad. Nuestro argumento es que el “OVNI” funciona como lo que Galison llamaría una máquina de teoría, una multiplicidad que no simplemente genera marcos interpretativos heterogéneos para comprender fenómenos voladores anómalos en diferentes esferas ideológicas, sino también umbrales de evidencia. Aquí no tomamos la evidencia como dada, sino como una categoría etnográfica. En particular, el OVNI como máquina de teoría en el contexto chileno y las diferentes cosmologías de evidencia que allí se encuentran producen una teoría de la posibilidad y la imposibilidad que hemos llamado evidencia-como-posibilidad. Esto no se limita a cuestiones sobre la existencia de los ovnis, sino que se extiende también a las diferentes concepciones espaciales sobre dónde pueden encontrarse estas manifestaciones. Primero, contrastamos las concepciones materialistas de la evidencia con aquellas que consideran el contacto extraterrestre como algo interior y encarnado. Pero luego, renunciamos a esta división y exploramos cómo las diferentes facetas, aparentemente contradictorias, de la teoría de la evidencia-como-posibilidad realmente funcionan juntas, de modo que cada condición o evento crea sus propias configuraciones espaciales para los ovnis. Finalmente, exploramos momentos “absurdos” en los que esta máquina de teoría colapsa o se acelera y se escapa por completo de este espectro de posibilidades.<hr/>RESUMO Este artigo foi escrito a partir de um ano de trabalho de campo com ufologistas, contactados, abduzidos e céticos, no Chile. Os métodos utilizados incluem etnografia, análise de sites e da mídia, bem como entrevistas em profundidade. Nosso argumento é que o óvni funciona como o que Galison chamaria de máquina de teoria, uma multiplicidade que gera não simplesmente referenciais interpretativos heterogêneos para compreender fenômenos voadores anômalos em diferentes esferas ideológicas, mas também princípios de evidência. No entanto, aqui tomamos a evidência não como dada, mas sim como uma categoria etnográfica. Em particular, o óvni como máquina de teoria no contexto chileno e as diferentes cosmologias de evidência encontradas nele produz uma teoria da possibilidade e da impossibilidade, o que chamamos de evidência-como-possibilidade. Isso não está limitado a questões sobre a existência de óvnis, mas se estende também aos diferentes conceitos espaciais sobre onde essas manifestações podem ser encontradas. Primeiro contrastamos os entendimentos materialistas da evidência com aqueles que consideram o contato extraterrestre como algo interior e encarnado. Logo, renunciamos essa divisão e exploramos como as diferentes facetas, aparentemente contraditórias, da teoria da evidência-como-possibilidade realmente funcionam juntas, de modo que cada condição ou evento cria suas configurações espaciais para os óvnis. Por último, exploramos momentos “absurdos” nos quais a máquina de teoria colapsa ou é acelerada, fugindo por completo dessa gama de possibilidades. <![CDATA[El habla de las sombras: domesticación de la diferencia entre jóvenes guaraní-mbya del sur de Brasil]]> http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1900-54072020000400151&lng=es&nrm=iso&tlng=es RESUMEN La presunción de identidad prescribe a la cultura un modo de identificación naturalista, como si todo grupo social se definiera a sí mismo exclusivamente por oposición a otro. A partir de un caso de jóvenes guaraní-mbya (Nação Guarani do Rap) que hacen música rap, analizaré, por un lado, el lugar que los juruá (personas no indígenas) ocupan en los relatos mbya y, por otro, la afinidad potencial entre el rap y la cuestión guaraní. La música constituye aquí un saber que sintetiza los conflictos socioterritoriales que enfrentan actualmente diversas comunidades indígenas en Brasil y en otras partes del mundo. Desde la literatura etnológica sobre grupos tupí-guaraní, la música (cantos o danzas) configura un medio para lidiar con los otros y sus potenciales amenazas. La noción de persona mbya emplea la diferencia como enclave de su identificación: el otro (enemigo, muertos, deidades, animales) puede ser constitutivo de sí a través de un proceso de domesticación. Mediante las observaciones del tránsito entre la aldea y las presentaciones musicales, así como a través del trabajo colaborativo que desempeñé como facilitador audiovisual del grupo entre 2017 y 2019, evidenciaré el papel de la música como forma de predar al otro. Concluyo que la presencia del rap entre los mbya se basa en un encuentro lírico-expresivo legible, por ejemplo, en el lugar que ambos esquemas culturales le conceden a la palabra hablada o a la fluidez con la que se pronuncia. Todo ello comprende un intento por problematizar el contacto, no desde el plano de la identidad, sino como un continuum entre formas expresivas.<hr/>ABSTRACT The presumption of identity prescribes a naturalistic mode of identification to culture as if every social group defines itself solely by opposition to another. Based on a case of young Mbyá Guaraní (Nação Guarani do Rap) who perform rap music, I will analyze, on the one hand, the place occupied by the Juruá (non-indigenous people) in Mbyá stories and, on the other, the potential affinity between rap and the Guaraní issue. Here, music constitutes a knowledge that synthesizes the socio-territorial conflicts currently faced by various indigenous communities in Brazil and elsewhere in the world. From the ethnological literature on Tupi-Guarani groups, music (songs or dances) is a means by which to deal with others and their potential threats. The Mbyá notion of personhood employs difference as an enclave of its identification: the other (enemy, dead, deities, animals) can be constitutive of itself through a process of domestication. Based on the observations made during my transit between the village and the musical presentations, as well as through the collaborative work I conducted as the audiovisual facilitator of the group between 2017 and 2019, I will highlight the role of music as a way of prey on the other. I conclude that the presence of rap music among the Mbyá is based on a lyrical-expressive encounter, that is legible in the place that each of the cultural schemes grants to the spoken word or to the fluency with which it is pronounced. All this comprises an attempt to problematize contact, not from the plane of identity, but as a continuum between expressive forms.<hr/>RESUMO O pressuposto de “identidade” prescreve à cultura um modo “naturalista” de identificação, como se todo grupo social se definisse exclusivamente em oposição a outro. Partindo de um caso de jovens guaraní-mbya (Nação Guarani do Rap) que fazem rap, analisarei, por um lado, o lugar que os juruá (pessoas não indígenas) ocupam nos relatos mbya e, por outro, a afinidade potencial entre o rap e a questão guarani. A música constitui um conhecimento que sintetiza os conflitos socioterritoriais que atualmente enfrentam várias comunidades indígenas no Brasil e em outras partes do mundo. A partir da literatura etnológica sobre os grupos tupi-guarani, a música (cantos ou danças) configura um meio para lidar com os outros e suas ameaças potenciais. A noção de pessoa mbya usa a diferença como enclave de sua identificação: o outro (inimigo, morto, divindades, animais) pode ser constitutivo de si (self) através de um processo de “domesticação”. Mediante observações no trânsito pela aldeia e as apresentações, bem como do trabalho colaborativo que realizei como facilitador audiovisual do grupo entre 2017 e 2019, evidenciarei o papel da música como forma de “predar” o outro. Concluo que a presença do rap entre os Mbya se baseia em um encontro “lírico-expressivo” legível, por exemplo, no lugar que ambos os esquemas culturais concedem à palavra falada ou à fluência com a qual é proferida. Tudo isso compreende uma tentativa de problematizar o contato, não a partir do nível da identidade, mas como um continuum entre as formas expressivas. <![CDATA[Secretos de luz: apuntes para una antropología expuesta]]> http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1900-54072020000400175&lng=es&nrm=iso&tlng=es RESUMEN Fuertemente inspirado por el misterioso ejercicio que supone registrar, proteger y revelar las imágenes del archivo fotográfico de Luis Poirot, este trabajo experimenta con un modo de escribir etnográficamente que, más que intentar convencer al lector sobre lo adecuado de sus proposiciones conceptuales, simplemente sugiere secretos de luz, imágenes que aparecen en temporalidades múltiples como evidencia viva de la presencia de la ausencia. Intentando evitar la esterilización de la experiencia vivida y sus múltiples temporalidades, muchas veces producida por la misma disciplina antropológica, este trabajo imagina una antropología expuesta que, más que interesarse en el análisis y creación de conceptos, se aboca a abrir espacios sugestivos de coexistencia con la presencia de la ausencia y ofrecer una evidencia singular del encuentro entre mundos que, al tocarse, van más allá de lo conceptual. En particular, este trabajo da cuenta de cómo el archivo fotográfico de Poirot y las ausencias presentes que habitan sus imágenes, afectan, resuenan y hasta incorporan la propia escritura etnográfica dentro del mismo archivo vivo.<hr/>ABSTRACT Strongly inspired by the mysterious exercise of recording, protecting, and revealing the images in Luis Poirot's photographic archive, this article experiments with a mode of ethnographic writing that, rather than trying to convince the reader about the correctness of its conceptual propositions, it simply suggests certain secrets of light. These are images appearing in multiple temporalities as vivid evidence of the presence of absences. Attempting to avoid the sterilization of ‘lived experience’ and its multiple temporalities, often produced by the anthropological discipline itself, this article imagines an exposed anthropology. Rather than being interested in the creation and analysis of concepts, this exposed anthropology focuses on opening up suggestive spaces of coexistence with the presence of absence. Thus, it offers singular evidence of the encounter of worlds occurring beyond concepts. In particular, this work gives an account of how Poirot's photographic archive, and the present absences that inhabit his images affect, resonate and even incorporate the ethnographic writing itself within the same living archive.<hr/>RESUMO Fortemente inspirado pelo misterioso exercício que supõe registrar, proteger e revelar as imagens do arquivo fotográfico de Luis Poirot, este trabalho experimenta com um modo de escrever etnograficamente que, mais que tentar convencer o leitor sobre o adequado de suas proposições conceituais, simplesmente sugere “segredos de luz”, imagens que aparecem em temporalidades diversas como evidência viva da presença da ausência. Pretendendo evitar a esterilização da experiência vivida e suas múltiplas temporalidades, muitas vezes produzida pela mesma disciplina antropológica, este trabalho imagina uma “antropologia exposta” que se interessa na análise e criação de conceitos além de conduzir à abertura de espaços sugestivos de coexistência com a presença da ausência e oferecer uma evidência singular do encontro entre mundos que, ao se tocarem, vão mais além do conceitual. Em particular, este trabalho evidencia como o arquivo fotográfico de Poirot e as ausências presentes que habitam suas imagens afetam, ressoam e até incorporam a própria escrita etnográfica do arquivo vivo em si.