Scielo RSS <![CDATA[Tabula Rasa]]> http://www.scielo.org.co/rss.php?pid=1794-248920210004&lang=pt vol. num. 40 lang. pt <![CDATA[SciELO Logo]]> http://www.scielo.org.co/img/en/fbpelogp.gif http://www.scielo.org.co <![CDATA[DEVENIRES-PERRO. ABORDAJES ETNOGRÁFICOS MULTIESPECIE EN TORNO A ANIMALES DE COMPAÑÍA]]> http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1794-24892021000400011&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt <![CDATA[Amansar, familiarizar, animalizar: técnicas para fazer cachorros caçadores na amazônia]]> http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1794-24892021000400025&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Resumen: basado en datos de tres poblaciones indígenas de diferentes regiones e idiomas -palikur- arukwayene (arawak), kujubim (txapakura) y karitiana (tupi-arikêm)- este artículo busca dilucidar algunas cuestiones sobre la posición de los perros (Canis lupus familiaris) en los mundos amerindios. Centrándose en la preparación de perros cazadores, nuestro objetivo es discutir recurrencias en los tratamientos dirigidos a la creación de perros de caza: la diferencia entre perros que cazan y los que no cazan; el perro como compañero de caza que necesita ser hecho, y las técnicas de preparación de perros, que implican la conjunción de estos animales con partes del cuerpo de otros seres para comunicar afectos. Estos temas apuntan también a una cuarta recurrencia: si bien son animales domésticos y en cierto sentido, humanizados, los perros deben haber cultivado un devenir animal, para ser buenos cazadores. Existe un equilibrio constante entre domesticar y animalizar perros, en la búsqueda de un equilibrio precario entre lo animal y lo humano, similar a la constitución de la persona humana.<hr/>Abstract: based on data on three Amerindian populations from different regions and languages-Palikur-Arukwayene (Arawak), Kujubim (Txapakura) and Karitiana (Tupi-Arikêm)- this article seeks to illuminate some issues concerning the position of domestic dogs (Canis lupus familiaris) in Amerindian worlds. With a focus on the preparation of hunting dogs, our goal is to discuss the existence of recurrences in treatments aimed at making dogs good hunters: the difference between dogs that hunt and dogs that do not hunt; the dog as a hunting companion that needs to be made; and the techniques of preparing dogs through the conjunction between these animals and parts of other beings’ bodies. These themes point to a fourth recurrence: although domestic and ‘humanized’ animals, dogs must have induced an animal becoming, so that they can become efficient hunters. There is a constant balance between taming and animalizing dogs, in the search for a precarious balance between animal and human that is similar to the constitution of human persons.<hr/>Resumo: Com dados sobre três populações ameríndias de regiões e línguas distintas -Palikur- Arukwayene (Arawak), Kujubim (Txapakura) e Karitiana (Tupi-Arikêm)- este artigo busca iluminar questões concernentes à posição dos cachorros (Canis lupus familiaris) nos mundos ameríndios. Nosso objetivo é discutir algumas recorrências nos tratamentos destinados à hacer cachorros cazadores: a diferença entre cães que caçam e que não caçam; o cachorro como um companheiro de caça que precisa ser feito/preparado; e as técnicas de preparação de cães via conjunção entre esses animais domésticos e partes de corpos de outros seres de modo a comunicar afecções. Esses temas apontam, ainda, para uma quarta recorrência: embora animais familiares e, em certo sentido, humanizados, os cachorros indígenas devem ter cultivado um devir animal, para que logrem perseguir com eficiência suas presas. Verifica- se um balanço entre amansar e animalizar os cães, na busca por um equilíbrio, precário, entre o animal e o humano, similar à constituição de pessoas humanas. <![CDATA[Acostumados ao trabalho e a comida: os animais voluntariosos dos indígenas pastos no sul andino colombiano]]> http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1794-24892021000400051&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Resumen: Este artículo es producto de un trabajo de observación participante con humanos y animales domésticos del resguardo indígena de Pastás, en Nariño, Colombia. Propone, en primer lugar, que los animales humanos y no humanos comparten la vida social, a la que es necesario enseñarse y está constituida por ocupaciones y desocupaciones de comida y trabajo. De ese modo, se brindan mutuamente la posibilidad de existir. En segundo lugar, plantea que los indígenas pastos saben que sus animales no se encuentran subordinados a la voluntad humana; al contrario, las intenciones de ambos suelen aparecer en clara oposición. De modo que para llevar la vida, humanos y animales deben prestar cuidadosa atención a sus compañeros y también interrogarlos. Las respuestas no son concluyentes, pero sorprenden.<hr/>Abstract: This article is the result of a participant observation work with humans and domestic animals from the Indian reservation of Pastás, in Nariño, Colombia. It suggests firstly that human and non-human animals share social life to which they should teach themselves, and that life is made up of food and work-related action and inaction. That way, they give each other the possibility to exist. Secondly, it advances that Pasto Indigenous people are aware their animals are not subdued to human will. On the contrary, the intents of both often appear in direct opposition. Thus, in order to live together, humans and animals need to pay careful attention to their companions and to interrogate them, too. Answers are not conclusive, but they’re amazing.<hr/>Resumo: Esse texto é o resultado de um trabalho de observação participante com humanos e animais domésticos da comunidade indígena de Pastás, em Nariño-Colômbia. Em primeiro lugar, propõe-se que os animais humanos e não humanos compartilham a vida social, condição à qual devem se acostumar, ela esta constituída pelas ocupações e as desocupações da comida e do trabalho. Assim, oferecem-se reciprocamente a possibilidade de existir. Em segundo lugar, indica-se que os indígenas pastos sabem que seus animais não se encontram subordinados à vontade humana; ao contrário, as intenções de uns e de outros aparecem em clara oposição. Por conseguinte, para compartilhar a vida, humanos e animais devem levar em conta seus companheiros e também perguntar-lhes. As respostas não são conclusivas, mas surpreendem. <![CDATA[Notas sobre as relações entre cães de trenó e <em>mushers</em> na terra do fogo, Argentina]]> http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1794-24892021000400075&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Resumen: En este artículo se analiza la actividad turística de los perros de trineo en Ushuaia (capital de la provincia de Tierra del fuego, Argentina) y sus relaciones material-semióticas con los mushers, conductores humanos de estos trineos. Propongo abordar aquí dos de las principales preguntas que surgieron durante mi investigación y que, al final, culminaron en una gran contradicción: si, por un lado, el adiestramiento de perros de trineo es clasificado por los mushers como una forma de codomesticación (producida por el entrenamiento y la convivencia), por otro lado, los perros de trineo se consideran animales de trabajo genéticamente «programados», tanto por sus cualidades «ancestrales» como por su «mejoramiento genético». Así, parece haber una imagen paradójica de los perros: son trabajadores naturales, pero hay que entrenarlos y mejorar su genética. Entonces, ¿cómo pensar, en esta relación, en la convivencia particular entre lo innato y lo adquirido, entre la naturaleza y la cultura?<hr/>Abstract: This paper discusses dogs that pull sleds in tourist activities in Ushuaia (the capital of the Tierra del fuego province, in Argentina) and their material-semiotic relations with the mushers, the human drivers of these sleds. I propose to address here two of the main issues that emerged during my research, and that, after all, culminated in a large contradiction: if, on the one hand, the dogs’ training is classified by the mushers as a way of co-domestication (produced by training and cohabitation), on the other hand, sled dogs are considered genetically “programmed” work animals, both because of their “ancestral” qualities and their “genetic enhancement”. In this way, there seems to be a paradoxical image of these dogs: they are “programmed” (nature), but they must be trained (culture). So, how can we think, in this relationship, about the particular coexistence between the innate and the acquired, nature and culture?<hr/>Resumo: Este artigo discute os cães que puxam trenós na atividade turística em Ushuaia (capital da Província da Terra do fogo, Argentina) e suas relações material-semióticas com os mushers, os condutores humanos desses trenós. Proponho-me a abordar aqui duas das principais questões que afloraram ao longo de minha pesquisa, e que, ao fim e ao cabo, culminaram em uma grande contradição: se, por um lado, o treinamento dos cães de trenó é classificado pelos mushers como uma forma de codomesticação (produzida pelo treinamento e pela convivência), por outro, cães de trenó são considerados animais de trabalho geneticamente “programados”, tanto por conta de suas qualidades “ancestrais” quanto por seu “aperfeiçoamento genético”. Parece haver, desta forma, uma imagem paradoxal dos cães: são trabalhadores natos, mas devem ser treinados e ter sua genética aperfeiçoada. Assim, como podemos pensar, nessa relação, sobre a particular coexistência entre o inato e o adquirido, a natureza e a cultura? <![CDATA[Confusão canina: o cão de caça maior em Uruguai desde diferentes coletivos sociais]]> http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1794-24892021000400099&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Resumen: El perro es un elemento clave en la práctica de diversas modalidades de caza mayor. Es utilizado mayormente para la caza del jabalí, actividad en la cual muchas veces los perros mueren o salen heridos. En este sentido existen colectivos sociales que están en contra de la caza con perros ya que argumentan que existe una amenaza al bienestar de ese animal, o que la caza con perros genera impactos negativos en la conservación de especies nativas. Este trabajo se centra en la representación del perro de caza mayor en diferentes colectivos sociales en Uruguay. Analizamos los significados del perro en este entramado social y las tensiones entre cazadores, colectivos animalistas y el Estado. Proponemos que el perro de caza mayor es por un enredo de prácticas y representaciones en relación a la caza, el bienestar animal y la conservación de la naturaleza.<hr/>Abstract: Dogs are critical elements in the practice of various modalities of big game. They are primarily used in wild boar hunting, in which dogs often are dead or injured. In this line of thought, some social collectives are against using hounds in hunting, arguing it entails a high risk for dog welfare or its severe impact on native species conservation efforts. This work focuses on the significance of big game hounds among various social collectives in Uruguay. We analyze the meanings of dogs in this social scheme and the strains between hunters, animal rights collectives, and the State. We suggest big game hounds resulted from an entanglement of practices and representations related to game, animal rights, and nature conservation.<hr/>Resumo: O cão é um elemento chave na pratica de diversas modalidades de caça maior. Utiliza-se principalmente para caça de javali, atividade na qual muitas vezes os cães morrem ou se ferem. Nessa perspectiva existem coletivos sociais que estão contra a caça com cães, eles argumentam que existe uma ameaça do bem-estar desse animal ou que a caça com cães gera efeitos negativos na conservação das espécies nativas. Esse trabalho se focaliza na representação do cão de caça maior em diferentes coletivos sociais em Uruguai. Analisamos os significados e as tensões do cão nessa trama social e as tensões entre os caçadores, os coletivos animalistas e o Estado. Propomos que o cão de caça maior existe por uma confusão de praticas e representações da caça, do bem-estar animal e da conservação da natureza. <![CDATA[Sobre matilha, sofrimentos e resgates: violência e relações entre cachorros e humanos em duas cidades fronteiriças mexicanas]]> http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1794-24892021000400123&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Resumen: Los perros son presencias importantes en las calles de las ciudades mexicanas, sobre todo en los emplazamientos periféricos o fronterizos. El presente artículo explora estas presencias caninas en dos ciudades afectadas por la violencia, así como las relaciones que estos animales establecen entre sí, con los humanos y con los espacios, partiendo del supuesto de que los perros son entes activos que construyen alianzas, territorios, paisajes y vinculaciones afectivas. Se trata de un escrito a cuatro manos en el que ponemos en diálogo los encuentros y hallazgos de dos investigaciones hechas desde la perspectiva de la etnografía multiespecie en dos emplazamientos urbanos mexicanos: por un lado, Tecámac, ubicado al extremo sur de la Zona Metropolitana del Valle de México y por otro, Ciudad Juárez, en la frontera norte del estado de Chihuahua. Pensamos que estos dos espacios se prestan a una comparación interesante ya que representan núcleos urbanos densamente poblados pero que siguen apareciendo como fronteras entre lo rural y lo urbano. Ambas localidades, también, comparten importantes oleadas de violencia que han dado forma a las vidas cotidianas de sus habitantes humanos y no-humanos.<hr/>Abstract: Dogs have an important role in Mexican cities streets, especially in peripheral or frontier settings. This article explores these dog presences in two cities battered by violence, along with the relations those animals build among each other, with humans and with their environment, drawing from the assumption that dogs are active beings that build alliances, territories, landscapes, and affective bonds. This is a four-hand writing where we enter into dialogue with the discoveries and findings of two research works conducted under the multispecies ethnography approach at two Mexican urban settings. On the one hand, there was Tecámac, southern Mexico Valley Metropolitan Area, and in Ciudad Juárez, on the northern frontier of the state of Chihuahua. We think those two setting fill the conditions for an interesting comparison, since they represent highly populated urban centers, but they continue to appear as frontiers between rural and urban landscapes. Also, both places have a shared feature of important waves of violence that have shaped the daily lives of their human and non-human inhabitants.<hr/>Resumo: Os cachorros são presenças importantes nas ruas das cidades mexicanas, principalmente, nos emprazamentos periféricos e fronteiriços. Esse artigo trata essas presenças caninas em duas cidades afetadas pela violência, igualmente, as relações que esses animais estabelecem entre si, com os humanos e com os espaços, a partir do suposto de que os cachorros são entes ativos que produzem alianças, territórios, paisagens e laços afetivos. Trata-se de um texto a quatro mãos no qual pomos em dialogo os encontros e descobertas de duas pesquisas feitas desde a perspectiva da etnografia multiespécie em dois emprazamentos urbanos mexicanos: de um lado, Tecámac, localizado ao extremo sul da Zona metropolitana do Vale de México e, por outro lado, cidade Juárez, na fronteira norte do estado de Chihuahua. Achamos que esses dois espaços possibilitam uma comparação interessante, uma vez que representam núcleos urbanos densamente povoados, mas que continuam aparecendo como fronteiras entre o rural e o urbano. As duas localidades também compartilham importantes fenômenos de violência que têm dado forma às vidas cotidianas de seus habitantes humanos e não humanos. <![CDATA[A vida de uma <em>cachorra guía</em>: entre o animal, o humano e o instrumental. Uma aproximação desde a etnografía visual digital]]> http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1794-24892021000400151&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Resumen: En este artículo se abre la puerta a una investigación antropológica en profundidad sobre una particular relación humano-perro. Desde el marco de la etnografía visual digital y los estudios críticos animales se toma como punto de partida una imagen con una perra guía en primer plano. La producción, inserción y circulación de la imagen por la red revela los diversos propósitos y significados que se otorgan, no solo a esa imagen, sino a los perros empleados para guiar a personas invidentes. Esto nos permite llegar a otros contenidos donde se explican las prácticas realizadas para obtener perros guía. Posibilita también la observación de espacios virtuales donde se construyen narrativas y representaciones en torno a sus vidas, así como el análisis de discursos y controversias sobre la legitimidad de usarlos. En este recorrido las historias de estos canes han de transitar entre lo animal, lo humano y lo instrumental.<hr/>Abstract: This article opens the door to in-depth anthropological research work about a particular human-dog relationship. Based on digital visual ethnography and critical animal studies, we draw from the picture of a female guide dog at the forefront. The picture production, inclusion, and spreading on the worldwide web highlight the varied purposes granted not only to that image, but to all dogs working as guides to blind people. This allows us to glimpse other contents, and to explain practices used to get guide dogs. Additionally, it allows us to observe virtual spaces, where narratives and representations around their lives are built, as well as discourse analysis and controversies about how legitimate is to use guide dogs. In this journey, these dogs’ histories need to navigate between the animal, the human, and the instrumental.<hr/>Resumo: Esse artigo abre uma porta a uma pesquisa antropológica em profundidade sobre uma relação humano-cachorro particular. Desde a perspectiva da etnografia visual digital e os estudos críticos animais se propõe como ponto de partida uma imagem com uma cachorra em primeiro plano. A produção, inserção e circulação da imagem pela rede revelam os diversos propósitos e significados que se geram, não apenas a essa imagem mais aos cachorros que são guias de pessoas cegas. Isso para tratar outros conteúdos, onde se explicam as praticas efetuadas para obter cachorros guia. Isso também possibilita a observação de espaços virtuais, onde se constroem narrativas e representações em torno a suas vidas, bem como a analise de discursos e polêmicas sobre a legitimidade de usá-los. Nesse percurso as historias desses cães têm que atravessar entre o animal, o humano e o instrumental. <![CDATA[Metáforas animais. O cão como representação criativa da experiência interespécie]]> http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1794-24892021000400171&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Resumen: En este texto buscamos documentar las relaciones entre dos animales compañeros (humanos y perros), gestadas no sólo desde un sentido funcional y emocional, sino en la existencia de condiciones transnaturales que afianzan los vínculos entre especies, lo cual, no sólo genera afinidades familiares, sino la necesidad creativa de su representación en diferentes lenguajes artísticos, constituyendo parte de los imaginarios sociales que se arraigan culturalmente. Con ello buscamos responder las siguientes preguntas: ¿cuál es la relevancia de los perros tanto en la metáfora artística del alebrije como en la vida cotidiana de las comunidades zapotecas de Oaxaca? ¿Qué representaciones e imaginarios alimentan las relaciones de intimidad entre estas dos especies?<hr/>Abstract: In this article, we aim to provide documentary evidence of relations between two companion animals (humans and dogs), which were forged not only in a functional and emotional sphere, but also in the existence of trans-natural conditions strengthening the links between species. This not only leads to family similarities, but only the creative need to be rendered in various art languages, so that they are part of culturally rooted social imaginaries. This is intended to help us answer the following questions: What is the significance of dogs both in the Alebrije art metaphor and the daily lives of Zapoteco communities in Oaxaca? What representations and imaginaries feed the close relations between these two species?<hr/>Resumo: Nesse texto tentamos documentar as relações entre dois animais parceiros (humanos e cães), originadas não apenas com um sentido funcional e emocional, mas na existência de condições transnaturais que fortalecem os laços entre as espécies. Isto não apenas gera afinidades familiares, mas a necessidade criativa de sua representação em diferentes linguagens artísticas, produzindo parte dos imaginários sociais que se enraízam culturalmente. Desse modo, procuramos responder as seguintes perguntas: qual é a relevância dos cães tanto na metáfora artística do alebrije quanto na vida cotidiana das comunidades zapotecas de Oaxaca? Que representações e imaginários alimentam as relações de intimidade entre essas duas espécies? <![CDATA[Devir dingo: os limites difusos entre selvagem, feroz e doméstico. Uma abordagem teórica desde a etnografia interespécie]]> http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1794-24892021000400199&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Resumen: Se hace un abordaje teórico desde la etnografía interespecie, la que se complementa con la noción de especies fenomenológicas. Las relaciones interespecie se ilustran con el caso de cómo el dingo ha llegado a constituirse en una especie particular, pero que requiere de la interacción con otras. Dado que hay una amplia discusión acerca de si el dingo es un animal salvaje o doméstico (y si deviene de perros ferales), en la primera sección se expone, someramente, qué se entiende por domesticidad y feralidad en los perros. En la segunda se tratan aspectos generales del dingo, mientras que en la tercera se enfatiza en los vínculos entre humanos y dingos en clave cultural. En el cuarto y último apartado se plantean las consideraciones finales, en donde se extrapola lo sostenido acerca de la relación dingo-humano a un espectro más amplio y se puntualiza que devenir dingo implica, asimismo, devenir humano.<hr/>Abstract: We address a theoretical analysis within the framework of interspecies ethnography and complete it with the notion of phenomenological species. Interspecies relationships are illustrated in the case of how dingo dogs have become a particular species but a species needing interaction with others. As there is a big debate about dingoes being a wild or a tame animal (and if it comes from feral dogs), the first section briefly defines domesticity and ferality in dogs. The second deals with general aspects of dingoes, while the third one focuses on the cultural links between humans and dingoes. The fourth and last section presents the final considerations, extrapolating dingo-human relations to a broader spectrum and pointing out that becoming dingo implies becoming human.<hr/>Resumo: Propõe-se uma abordagem teórica desde a etnografia interespécie, que se complementa com a noção de espécies fenomenológicas. As relações interespécies se ilustram com o caso de como o dingo se transformou em uma espécie particular, mas que precisa das interações com outras. Visto que existe uma ampla discussão sobre se o dingo é um animal selvagem ou doméstico (e se devém de cães ferozes), na primeira parte apresenta-se, brevemente, o que se entende por domesticidade e ferocidade nos cães. Na segunda parte, tratam-se os aspetos gerais do dingo, enquanto na terceira parte salientam-se os laços entre humanos e dingos em perspectiva cultural. Na quarta parte, propõem-se as considerações finais, onde se extrapola o argumento sobre a relação dingo-humano em um horizonte mais amplo e se afirma que devir-dingo implica, do mesmo modo, devir-humano. <![CDATA[Vontade de uma conexão com outros. Aprendizado desde e com os cachorros através da pesquisa artística]]> http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1794-24892021000400227&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Resumen: El animal, y las cuestiones que le atañen con respecto a su muchas veces compleja relación con la humanidad, cobran relevancia cuando se considera la agencia, la igualdad y las co- dependencias efectivas. Cómo responden los animales humanos también y tratan a los no humanos, en especial los invitados a nuestros hogares como compañía, es pertinente en el conjunto de los constructos interespecie. Es preciso reconsiderar, revisitar y rebalancear el supuesto de que los animales no humanos son siempre los observados (berger, 1980), pues esto influye en la manera como los humanos consideran otras especies como cuerpos de valor inferior. Este artículo explora los entresijos, las complejidades y las abundancias productivas en mi proyecto de investigación artística, Be Your Dog (Sea su perro), que se propone justo eso. Discute las perspectivas y especificidades de género, la formación de la manada canina y sus componentes individuales, y la influencia de la galería en la relevancia artística de este proyecto, que explora cómo establecer igualdad por medio de la sincronicidad y la empatía entre especies dentro de un acto creativo.<hr/>Abstract: The animal, and the questions that pertain to it in respect of its often-complex relationship with humanity, are of significance when considering agency, equality and effective co- dependencies. How human animals respond too, and treat non-humans, particularly those invited into our homes to be companions, has pertinency within the assembly of interspecies constructs. That non-human animals are always the observed (berger, 1980) must be re- examined, re-addressed and re-balanced for it influences how humans consider other species as bodies of lesser value. This article explores the intricacies, complexities and productive abundancies in my artistic research project, Be Your Dog, which aims to do just. It discusses gender perspectives and specificities, the formation of the dog pack and its individual components, and the sway of the gallery on artistic relevance in this project that explores how to establish equality through interspecies synchronicity and empathy within a creative act.<hr/>Resumo: O animal e as questões que pertencem a ele - geralmente com referência à sua complexa relação com os humanos- são significativas ao considerar a agência, a equidade e as co- dependências eficazes. Como os animais humanos reagem e tratam aos não humanos, particularmente aqueles invitados a nossas casas para serem companheiros, também tem pertinência dentro do conjunto de construtos interespécies. Que os não humanos sejam sempre os observados (berger, 1980) tem que ser reexaminado, reconsiderado e ponderado de novo, almejando que isso influencie como os humanos consideram as outras espécies enquanto corpos de menos valor. Esse artigo trata as complexidades e as profusões criativas do meu projeto de pesquisa artística: Seja seu cachorro (Be Your Dog), que visa provar isso a seguir. Discutem-se perspectivas de gênero e especificidades, a formação do inst into gregário do cachorro, seus componentes individuais e a influência da galeria sobre a relevância artística nesse projeto, que pesquisa como estabelecer equidade através da sincronicidade interespécie e a empatia no ato criativo. <![CDATA[Cachorro aquele que lê. Dimensões da relação cachorro-humano emergentes no imaginário literário]]> http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1794-24892021000400253&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Resumen: El artículo toma como objeto de análisis la literatura con narrador perro, en tanto que fuente de la imaginación colectiva sobre su relación con los humanos. Realiza análisis de contenido de cuentos y novelas en español e inglés desde el siglo XVII al presente. La tensión genética-ambiente, las desigualdades por raza, la comunicación interespecie, la moral en el comportamiento y los sueños son las dimensiones de la estructura social y del autoconocimiento de las personas que emergen de ese análisis.<hr/>Abstract: This article focuses in the analysis of literature with dogs as narrators, as a source of collective imagination on their relationship with humans. It analyses the content of tales and novels in Spanish and English languages from the 17th century up to the present day. Some takeaways emerging from this analysis are a genetics-environment strain, race-based inequalities, interspecies communication, moral behavior, and dreams as dimensions of social structure and people self-knowledge.<hr/>Resumo O artigo tem como objeto de análise a literatura com narrador cachorro, enquanto fonte da imaginação coletiva sobre sua relação com os humanos. Realiza-se uma análise do conteúdo de contos e romances em espanhol e inglês desde o século XVII até o presente. A tensão genética- ambiente, as desigualdades pela raça, a comunicação interespécie, a moral no comportamento e os sonos são as dimensões da estrutura social e do autoconhecimento das pessoas que emergem dessa análise. <![CDATA[Proximidade no vínculo humano-cachorro: O papel do antropomorfismo e do antropocentrismo]]> http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1794-24892021000400279&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Resumen: El vínculo humano-animal ha fluctuado históricamente, condicionado por nuestra tradición sociocultural. En esta evolución, las mascotas ocuparon un rol destacado, en tanto su proximidad hacia los humanos resultó en una ambivalencia que cuestiona la separación humano-animal. Su análisis identifica dos procesos complementarios que favorecen la proximidad interespecies: el antropomorfismo y el posicionamiento antiantropocéntrico. Estos se manifiestan más intensamente en el vínculo con los perros y tienden a desafiar dicotomías occidentales como persona/no-persona, humano/animal y sujeto/objeto. Estas tendencias, combatidas tradicionalmente por subversivas, en la actualidad continúan siendo indiscriminadamente cuestionadas a partir de su presunto impacto negativo en el bienestar animal, el cual no se ha manifestado consistentemente en estudios. En paralelo, la selección antropomórfica, claramente en detrimento de los animales, parece gozar de mayor aceptación en tanto no cuestionaría la distinción humano-animal instituida. Se destaca la necesidad de repensar a los perros en su especificidad, evaluando su bienestar con parámetros intrínsecos.<hr/>Abstract: The human-animal bond has historically fluctuated, conditioned by our sociocultural tradition. In this evolution, pets played a prominent role, as their proximity to humans resulted in an ambivalence that brings into question the human-animal separation. His analysis identifies two complementary processes that favor interspecies proximity: anthropomorphism and anti-anthropocentric positioning. These reveal themselves most intensely in the bond with dogs and tend to challenge Western dichotomies such as person / non-person, human / animal, and subject / object. These trends, traditionally challenged as subversive, continue to be indiscriminately challenged on the grounds of their alleged negative impact on animal welfare, even though that claim has not been consistently stated in studies. Meanwhile, anthropomorphic selection -which goes clearly against animals- seems to find greater acceptance, as it does not bring into question the established human-animal distinction. The need to rethink dogs in their own specificity is highlighted, evaluating their well-being with intrinsic parameters.<hr/>Resumo: O vínculo humano-animal tem mudado historicamente, devido a nossa tradição sociocultural. Nessa evolução, as mascotes tiveram um papel importante, dado que sua proximidade aos humanos ocasionou uma ambivalência que questiona a separação humano-animal. Sua análise identifica dois processos complementares que favorecem a proximidade interespécie: o antropomorfismo e o posicionamento anti-antropocêntrico. Esses se manifestam mais intensamente no vínculo com os cachorros e tendem a desafiar as dicotomias ocidentais, tais como pessoa- não pessoa, humano-animal e sujeito- objeto. Essas tendências, combatidas geralmente por subversivas, na atualidade ainda são indiscriminadamente questionadas a partir de seu suposto efeito negativo no bem-estar animal, o que não se tem evidenciado de modo plausível nos estudos. Paralelamente, a seleção antropomórfica, evidentemente em detrimento dos animais, parece ter maior aceitação, já que não questiona a distinção humano-animal estabelecida. Salienta-se a necessidade de repensar os cachorros na sua especificidade, avaliando seu bem-estar com parâmetros intrínsecos. <![CDATA[Qimmeq, o cachorro sem alma entre os inuit]]> http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1794-24892021000400301&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Resumen: Sin duda, la relación entre los perros y los seres humanos en el Ártico ha evolucionado o se ha adaptado a medida que las poblaciones han pasado de un nomadismo estacionario a un sedentarismo parcial, de una economía de subsistencia tradicional a una economía dependiente del mundo industrial. En este documento analizamos esos cambios evolutivos entre los inuit, una sociedad de cazadores y pescadores, centrándonos sobre todo en el caso de Kalaallit Nunaat (Groenlandia), donde los cánidos siguen siendo genuinos y pertenecientes a una de las razas más antiguas del mundo y reconocida como tal desde 1990. Igualmente, explicamos la especial relación simbiótica entre los perros y los cazadores inuit, haciendo hincapié en su conceptualización desde una comunidad tradicional a una sociedad moderna que se resiste a perder su identidad cultural, pese a verse afectada por el proceso de globalización, la contaminación medioambiental y el calentamiento global del planeta.<hr/>Abstract: Undoubtedly the relations between dogs and human beings in the Artc has evolved or adapted as populations went from a seasonal nomadism to a partial sedentarism, from a traditional subsistence economy to have their economy depend on the industrialized world. In this article, we analyze those evolutionary changes among Inuit people, a hunting and fishing society, by focusing on the case of the Kalaallit Nunaat people (Greenland), where dogs continue to be genuine, descended from one of the world’s oldest races, and acknowledged as that from 1990. Similarly, we explain the special symbiotic relation between dogs and Inuit hunters, underlining this concept from a traditional community embedded in a modern society that opposes the loss of their cultural identity, despite suffering the consequences of the globalization process, environmental pollution, and global warming.<hr/>Resumo: Sem dúvida, a relação entre os cachorros e os seres humanos no Ártico tem evolucionado ou se tem adaptado conforme as populações têm passado de um nomadismo estacionário a um sedentarismo parcial, de uma economia de subsistência tradicional a uma economia dependente do mundo industrial. Nesse artigo analisamos esses câmbios evolutivos entre os inuit, uma sociedade de caçadores e pescadores, focalizando principalmente o caso de Kalaallit Nunaat (Groenlândia), onde os caninos continuam sendo genuínos e pertencem a uma das raças mais antigas do mundo, assim reconhecida desde 1990. Igualmente, explicamos a relação simbiótica especial entre os cachorros e os caçadores inuit, salientando na sua conceptualização desde uma comunidade tradicional a uma sociedade moderna, que se resiste a perder sua identidade cultural, embora seja afetada pelo processo de globalização, a contaminação meio ambiental e o aquecimento global do planeta. <![CDATA[Laicidade, islamofobia e contrarrevolução colonial em França no século XXI]]> http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1794-24892021000400335&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Resumen: Este artículo es un análisis en clave decolonial de los usos islamófobos de la laicidad en la Francia del siglo XXI, cuyos alcances sociopolíticos y teóricos rebasan las fronteras francesas para abrir puentes con el pensamiento decolonial latinoamericano. Primero, observamos cómo, en contradicción con sus propios principios, la laicidad francesa ha dado un giro identitario vinculado con la gestión poscolonial del islam para convertirse en la bandera de la islamofobia. Examinamos entonces las controversias generadas en torno al término «islamofobia» y la planteamos como una expresión de la lucha de razas. Finalmente, vemos cómo la islamofobia está en el centro de la contrarrevolución colonial, así como el islam en las luchas de la inmigración poscolonial y de sus descendientes en Francia.<hr/>Abstract: This article is a decolonial analysis of the islamophobic uses of laicism in 21st century France. The sociopolitical and theoretical scope of that phenomenon goes beyond the French frontiers and lay bridges with the Latin American decolonial thinking. First of all, we observe how, challenging their very own principles, French laicism has made an identity turn linked to islam post-colonial management to become the flag of islamophobia. Then we examine the controversies generated around the term “islamophobia” and pose it as an embodiment of race war. Finally, we show how islamophobia, islam and the “Muslim” are at the center of the colonial counter-revolution, but also of post-colonial immigration fights, and those of their descendants in France. As a conclusion, we outline a reflection upon coloniality inherent to laicity and to eh process of laicization and secularization.<hr/>Resumo: Esse artigo é uma análise na perspectiva decolonial dos usos islamófobos da laicidade em França no século XXI, cujos alcances sociopolíticos e teóricos superam as fronteiras francesas para abrir pontes com o pensamento decolonial latino-americano. Primeiro, observamos como, em contradição com seus próprios princípios, a laicidade francesa tem dado uma virada identitária, ligada à gestão pós-colonial do islamismo, para converter-se em bandeira da islamofobia. Abordamos então as controvérsias geradas ao redor do termo “islamofobia” e o propomos como uma expressão da luta de raças. Finalmente, vemos como a islamofobia, o islamismo e o “muçulmano” estão no centro da contrarrevolução colonial, mas também das lutas da imigração pós-colonial e de seus descendentes em França. Finamente, esboçamos uma reflexão sobre a colonialidade inerente à laicidade e ao processo de laicização e secularização.