Scielo RSS <![CDATA[Historia Crítica]]> http://www.scielo.org.co/rss.php?pid=0121-161720210004&lang=es vol. num. 82 lang. es <![CDATA[SciELO Logo]]> http://www.scielo.org.co/img/en/fbpelogp.gif http://www.scielo.org.co <![CDATA[Fronteras nacionales, Estados coloniales. ¿Para una historia plurinacional de América Latina?]]> http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0121-16172021000400003&lng=es&nrm=iso&tlng=es Resumen. Objetivo/Contexto: este trabajo aborda la articulación entre Estados nacionales y capitales imperiales entre 1870 y 1930, para explicar los procesos de fronterización estatal, modernización económica y desarraigo social que caracterizan el ciclo. Al final se introducen las cinco contribuciones que presenta el dossier, que contribuyen a repensar historiográficamente la relación entre Estados, capitales y pueblos. Metodología: el artículo da cuenta de un cuerpo bibliográfico diverso sobre la relación entre historias nacionales, de la colonización y de fronteras con énfasis en América del Sur, puestas en el contexto colonial global. Originalidad: el texto discute la estabilidad de la historiografía nacional-liberal a la luz de situaciones de frontera, y propone avanzar en la integración analítica de las realidades coloniales latinoamericanas en su diversidad común. Conclusiones: las historias nacionales contribuyen a legitimar un estadocentrismo que niega la heterogénea experiencia colonial y las radicales desigualdades que las constituyen. Se propone profundizar la historización plurinacional, extranacional, de la enorme continuidad de las situaciones de frontera.<hr/>Abstract. Objective/Context: This work addresses the articulation between national States and imperial capitals between 1870 and 1930 to explain state bordering processes, economic modernization, and social uprooting that characterize this cycle. The five contributions included in the dossier are presented at the end, which contribute to a historiographic rethinking of the relationship between States, capitals, and peoples. Methodology: The article examines a diverse bibliographic body on the relationship between national histories, colonization, and borders, with an emphasis on South America in the global colonial context. Originality: The text discusses the stability of national-liberal historiography in the light of border situations and proposes to advance the analytical integration of Latin American colonial realities in their common diversity. Conclusions: National histories contribute to legitimizing a state-centrism that denies the heterogeneous colonial experience and radical inequalities that constitute it. The article proposes to deepen the plurinational, extranational historization of the enormous continuity of border situations.<hr/>Resumo. Objetivo/Contexto: neste trabalho, é abordada a articulação entre Estados nacionais e capitais imperiais entre 1870 e 1930, para explicar os processos de fronteirização estatal, modernização econômica e desenraizamento social que caracteriza o ciclo. No final, são apresentadas cinco contribuições que introduzem o dossiê e que levam a repensar historiograficamente a relação entre Estados, capitais e povos. Metodologia: neste artigo, é evidenciado um corpo bibliográfico diverso sobre a relação entre histórias nacionais, da colonização e de fronteiras com ênfase na América do Sul, situadas no contexto colonial global. Originalidade: neste texto, é discutida a estabilidade da historiografia nacional-liberal à luz de situações de fronteira e é proposto avançar na integração analítica das realidades coloniais latino-americanas em sua diversidade comum. Conclusões: as histórias nacionais contribuem para legitimar um estadocentrismo que nega a heterogênea experiência colonial e as radicais desigualdades que as constituem. É proposto aprofundar a historização plurinacional, extranacional, da enorme continuidade das situações de fronteira. <![CDATA[<strong><em>Para asociarse con gentes de razón</em>: alfalfa y ‘civilización’ durante la habilitación del puerto boliviano de Cobija (Atacama, 1825-1860)</strong>]]> http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0121-16172021000400029&lng=es&nrm=iso&tlng=es Resumen. Objetivo/Contexto: Atacama fue una región periférica del Imperio español, pero la independencia de Bolivia en 1825 le otorgó algún tipo de centralidad, ya que obligó la activación de un puerto y una ruta altitudinal a través del único territorio con salida soberana al mar. Estudiamos este proceso por intermedio de la reconfiguración agraria de los oasis atacameños, con especial atención a las interacciones entre las autoridades centrales y locales, los agentes privados y las poblaciones indígenas a propósito de la expansión del cultivo de forrajes. Originalidad: buscamos ampliar la comprensión de procesos que, si bien dialogan con un marco alusivo a la configuración del comercio transoceánico e interregional bajo contexto de la naciente república, tuvieron repercusiones específicas en espacios locales por medio de la diseminación de nuevos actores escasamente atendidos por la antropología e historia regional. Metodología: analizamos fuentes primarias y secundarias, abordando el proceso mediante la articulación de discursos, expectativas, reacciones y conflictos entre los distintos agentes involucrados. Conclusiones: las transformaciones producidas durante este período son basales para comprender procesos de reconversión futura de los paisajes agromineros del territorio. Una peculiaridad del plan republicano boliviano fue la intensificación agrícola del desierto a través de la diseminación de animales y semillas de alfalfa en oasis y otros espacios contiguos a los caminos. Décadas después, acontecida la Guerra del Pacífico, el desierto atacameño será apropiado por Chile y los ciclos mineros que sobrevendrán lo harán sobre paisajes agrícolas previamente reconvertidos, con una población indígena especialmente calificada en el arreo de ganado, el conocimiento de los senderos de tráfico animal y el aprovisionamiento de forrajes al mercado minero regional.<hr/>Abstract. Objective/Context: Atacama was a peripheral region of the Spanish Empire, but the independence of Bolivia gave it a certain centrality in 1825 since it forced the activation of a port and an altitude route through the only territory with sovereign access to the sea. We study this process through the agrarian reconfiguration of the oases in Atacama, with special attention to interactions between central and local authorities, private agents, and indigenous populations regarding the expansion of forage cultivation. Originality: We seek to broaden the understanding of processes that, although dialoguing with a broader framework related to the configuration of transoceanic and interregional trade in the context of the nascent Republic, had specific repercussions in local spaces through the dissemination of new actors, scarcely studied by anthropology and regional history. Methodology: We analyze primary and secondary sources, to examine this process through the articulation of discourses, expectations, reactions, and conflicts between different agents involved. Conclusions: The transformations produced during this period are basic to the understanding of future reconversion processes of the territory’s agricultural-mining landscapes. A characteristic feature of the Bolivian republican plan was the agricultural intensification of the desert through the dissemination of animals and alfalfa seeds in oases and other spaces adjacent to roads. Decades later, after the War of the Pacific, the Atacama Desert would be appropriated by Chile and the subsequent mining cycles would occur on previously reconverted agricultural landscapes, with an indigenous population especially qualified in cattle herding, knowledge of animal trails, and forage supply to the regional mining market.<hr/>Resumo. Objetivo/Contexto: Atacama foi uma região periférica do Império espanhol, mas a independência da Bolívia em 1825 lhe outorgou algum tipo de centralidade, já que obrigou a ativação de um porto e uma rota altitudinal através do único território com saída soberana para o mar. Estudamos esse processo por meio da reconfiguração agrária dos oásis atacamenhos, com especial atenção às interações entre as autoridades centrais e locais, os agentes privados e as populações indígenas devido à expansão plantações de forragens. Originalidade: buscamos ampliar a compreensão de processos que, embora dialoguem com um referencial alusivo à configuração do comércio transoceânico e inter-regional sob contexto da nascente república, tiveram consequências específicas em espaços locais mediante a disseminação de novos atores escassamente atendidos pela antropologia e história regional. Metodologia: analisamos fontes primárias e secundárias, abordando o processo mediante a articulação de discursos, expectativas, reações e conflitos entre os diferentes agentes envolvidos. Conclusões: as transformações produzidas durante esse período são fundamentais para compreender processos de reconversão futura das paisagens agromineradoras do território. Uma peculiaridade do plano republicano boliviano foi a intensificação agrícola do deserto por meio da disseminação de animais e sementes de alfafa (Medicago sativa) em oásis e outros espaços contíguos aos caminhos. Décadas depois, acontecida a Guerra do Pacífico, o deserto de Atacama será apropriado pelo Chile, e os ciclos mineradores que ocorrerão o farão sobre paisagens agrícolas previamente reconvertidos, com uma população indígena especialmente qualificada na criação de gado, no conhecimento das trilhas de tráfico animal e na provisão de forragens para o mercado minerador regional. <![CDATA[Legitimar y resistir la violencia espacial en el sur de Chile (décadas de 1890 y 1910)]]> http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0121-16172021000400055&lng=es&nrm=iso&tlng=es Abstract. Objective/Context: This article analyzes how racialized understandings of geographic space underpinned the constitution of and resistance to violence in southern Chile in the late nineteenth and early twentieth centuries. Methodology: Through critical analysis of petitions, newspaper articles, police investigations, and government reports, along with legislation and census data, I examine the genealogy of violence that made possible the granting of extensive land concessions to a large cattle ranching estate, the Rupanco Company, on Coihueco Island, a fertile plain in Llanquihue Province, and the resistance it provoked. Originality: By embedding the concession made to the Rupanco Company in a longer history of violence, my analysis demonstrates how ideas about space shaped land distribution and created pathways for resistance in courts, before police officers, and through local newspapers. Thus, it shows the overlapping sovereignties between the state, Indigenous Mapuche communities, and private companies. Conclusions: The conflict on Coihueco Island in the early twentieth century illustrates a long history of violence against a geographical area interpreted as vacant by legislation, military action, and occupation. The creation of private and public property expanded the state’s ability to legitimize toponymy, land ownership, or expulsions, provoking multiple forms of resistance.<hr/>Resumen. Objetivo/Contexto: este artículo analiza cómo las comprensiones racializadas del espacio geográfico apuntalaron la constitución y la resistencia a la violencia en el sur de Chile a finales del siglo xix y principios del xx. Metodología: a través del análisis crítico de peticiones, artículos periodísticos, investigaciones policiales e informes gubernamentales, junto con la legislación y los datos censales, examino la genealogía de la violencia que hizo posible la concesión de tierras extensas a un latifundio ganadero, la Compañía Rupanco, en la isla Coihueco, una fértil llanura de la provincia de Llanquihue, y la resistencia que provocó. Originalidad: al insertar la concesión otorgada a la Compañía Rupanco en una historia más larga de violencia, mi análisis demuestra cómo las ideas sobre el espacio dieron forma a la distribución de la tierra y crearon los caminos para la resistencia en los tribunales, ante los oficiales de policía y por medio de los periódicos locales. Por lo tanto, muestra la superposición de soberanías entre el Estado, los indígenas mapuches y las empresas privadas. Conclusiones: el conflicto en la isla Coihueco a principios del siglo xx ilustra una larga historia de violencia contra un área geográfica interpretada como vacante por la legislación, la acción militar y la ocupación. La creación de la propiedad privada y pública amplió la capacidad del Estado para legitimar la toponimia, la propiedad de la tierra o las expulsiones, provocando múltiples formas de resistencia.<hr/>Resumo. Objetivo/Contexto: neste artigo, analisa-se como as compreensões racializadas do espaço geográfico apoiam a constituição e a resistência à violência no sul do Chile no final do século xix e início do xx. Metodologia: a partir de uma análise de petições, artigos jornalísticos, investigações policiais e relatórios governamentais, junto com a legislação e os dados de censos, examino a genealogia da violência que tornou possível a concessão de terras extensas a um latifúndio de criação de gado, a Compañía Rupanco, na ilha Coihueco, um fértil planalto da província de Llanquihue, e a resistência que provocou. Originalidade: ao inserir a concessão outorgada à Compañía Rupanco numa história mais longa de violência, minha análise demonstra como as ideias sobre o espaço deram forma à distribuição da terra e criaram os caminhos para a resistência nos tribunais, ante os oficiais de polícia e por meio dos jornais locais. Portanto, mostra a sobreposição de soberanias entre o Estado, os indígenas mapuches e as empresas privadas. Conclusões: o conflito na ilha Coihueco a princípio do século xx ilustra longa história contra uma área geográfica interpretada como disponível pela legislação, pela ação militar e pela ocupação. A criação da propriedade privada e pública ampliou a capacidade do Estado para legitimar a toponímia, a propriedade da terra ou as expulsões, o que provoca múltiplas formas de resistência. <![CDATA[“Hay bebidas espirituosas destiladas en todas partes”: consumo de alcohol y alcoholismo en la frontera chilena a comienzos del siglo XX]]> http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0121-16172021000400079&lng=es&nrm=iso&tlng=es Abstract. Objective/Context: The incorporation of the Araucania region into Chilean territory, after the end of the military occupation in 1883, led to an increased process of colonization, exploration by traveling scientists, and the settlement of missionaries in the area. In addition, mestizo rural laborers (rotos) and European colonists joined the fronterizos, settlers who were already living on the frontier before the occupation. This article analyses the dynamics and effects of alcohol consumption and alcoholism regarding the perception of mestizo settlers and the indigenous population on the Chilean frontier at the turn of the twentieth century. Methodology: The analysis relies on primary sources, consisting mainly of travel books, reports, and scientific publications written by Chilean and European scientists, politicians, and missionaries, that have not yet been sufficiently studied. Originality: Using the less studied example of alcohol consumption on the Chilean frontier, this work’s contribution consists of demonstrating how the intense processes of occupation and colonization-and, in particular, the perceptions of different actors about indigenous and mestizo settlers-resulted in new forms of stigmatizing the settlers called rotos and the indigenous population, and, consequently, in the consolidation of social hierarchies. Conclusions: While alcohol consumption was acceptable for certain populations, as evidenced by the wine industry’s simultaneous prosperity, it was reprehensible for indigenous people and mestizo settlers. Because of the stigmatized perception of these social groups as drunk, lazy, and poor, especially in the context of intensive colonization that provoked increasing interest in lands occupied mainly by indigenous people and fronterizos, alcoholism can be interpreted as a vehicle for specific dynamics of exclusion. Ancient conceptions of a heroic indigenous culture, in the long run, led missionaries to strive to “protect” these groups from alcoholism, while traders used the images of heroic araucanos to establish extractive economies for national and foreign markets. The analyzed documents reveal that the indigenous population, as well as the rotos, became portrayed as helpless victims in need of moral education by intellectuals and missionaries, which sought to legitimize missionary work. In this sense, perceptions, social practices, and the mobility of knowledge on alcohol consumption proved to be a highly disputed field in the context of colonization and the incorporation of Araucania into the Chilean state.<hr/>Resumen. Objetivo/Contexto: la incorporación de la región de la Araucanía al territorio chileno, después de terminar la ocupación militar en 1883, resultó en un intenso proceso de colonización, exploración por científicos viajeros y establecimiento de misioneros en la zona. Además, trabajadores rurales mestizos (‘rotos’) y colonos europeos se unieron a los fronterizos, colonos que ya estaban viviendo en la frontera antes de la ocupación. Este artículo analiza la dinámica y los efectos del consumo de alcohol y el alcoholismo en la percepción de los pobladores mestizos y la población indígena en la frontera chilena a principios del siglo XX. Metodología: el análisis se basa en fuentes primarias, que consisten principalmente en libros de viajes, informes y publicaciones científicas escritos por científicos, políticos y misioneros chilenos y europeos, que aún no han sido suficientemente estudiados. Originalidad: utilizando el ejemplo poco estudiado del consumo de alcohol en la frontera chilena, el aporte de este trabajo consiste en demostrar cómo los intensos procesos de ocupación y colonización -y, en particular, las percepciones de diferentes actores sobre los pobladores indígenas y mestizos- dieron como resultado nuevas formas de estigmatizar los pobladores denominados ‘rotos’ y la población indígena, y, en consecuencia, la consolidación de jerarquías sociales. Conclusiones: si bien el consumo de alcohol era aceptable para ciertas poblaciones, como lo demuestra la simultánea prosperidad de la industria del vino, era reprobable para los indígenas y los colonos mestizos. Debido a la percepción estigmatizada de estos grupos sociales como borrachos, holgazanes y pobres, especialmente en el contexto de la intensa colonización que provocó un creciente interés en tierras ocupadas principalmente por indígenas y fronterizos, el alcoholismo puede interpretarse como un vehículo para dinámicas específicas de exclusión. Las antiguas concepciones de una cultura indígena heroica, a la larga, llevaron a los misioneros a esforzarse por ‘proteger’ estos grupos del alcoholismo, mientras que los comerciantes usaban las imágenes de araucanos heroicos para establecer economías extractivas para los mercados nacionales y extranjeros. Los documentos analizados revelan que tanto la población indígena como los ‘rotos’ fueron retratados por intelectuales y misioneros como víctimas indefensas y necesitadas de educación moral, lo cual buscaba legitimar la labor misionera. En este sentido, las percepciones, las prácticas sociales y la movilidad del conocimiento sobre el consumo de alcohol resultaron ser un campo muy controvertido en el contexto de la colonización y la incorporación de la Araucanía al Estado chileno.<hr/>Resumo. Objetivo/Contexto: a incorporação da região da Araucanía ao território chileno após terminar a ocupação militar em 1883 resultou num intenso processo de colonização, exploração por cientistas viajantes e establecimiento de missionários na região. Além disso, trabalhadores rurais mestiços (‘rotos’) e colonos europeus se uniram aos fronteiriços, colonos que já estavam vivendo na fronteira antes da ocupação. Neste artigo, são analisados a dinâmica e os efeitos do consumo de álcool e do alcoolismo na percepção da população mestiça e da indígena na fronteira chilena no início do século XX. Metodologia: a análise está baseada em fontes primárias que ainda não foram suficientemente estudadas e que consistem principalmente em diários de viagens, relatórios e publicações científicas escritos por cientistas, políticos e missionários chilenos e europeus. Originalidade: utilizando o exemplo pouco estudado do consumo de álcool na fronteira chilena, a contribuição deste trabalho consiste em demonstrar como os intensos processos de ocupação e colonização -e, em particular, as percepções de diferentes atores sobre as populações indígenas e mestiças- deram como resultado novas formas de estigmatizar as populações denominadas ‘rotos’ e a população indígena, e, em consequência, a consolidação de hierarquias sociais. Conclusões: embora o consumo de álcool fosse aceitável para certos povos, como é demonstrado pela simultânea prosperidade da indústria do vinho, era reprovável para os indígenas e para os colonos mestiços. Devido à percepção estigmatizada desses grupos sociais como bêbados, vagabundos e pobres, especialmente no contexto da intensa colonização que provocou um crescimento interesse em terras ocupadas principalmente por indígenas e fronteiriços, o alcoolismo pode ser interpretado como um veículo para dinâmicas específicas de exclusão. As antigas concepções de uma cultura indígena heroica, em longo prazo, levaram os missionários a se esforçar para ‘proteger’ esses grupos do alcoolismo, enquanto os comerciantes usavam as imagens de araucanos heroicos para estabelecer economias extrativas para os mercados nacionais e internacionais. Os documentos analisados revelam que tanto a população indígena quanto os ‘rotos’ foram retratados por intelectuais e missionários como vítimas indefensas e necessitadas de educação moral, o que buscava legitimar o trabalho missionário. Nesse sentido, as percepções, as práticas sociais e a mobilidade do conhecimento sobre o consumo de álcool resultaram ser um campo muito controverso no contexto da colonização e da incorporação da Araucanía ao Estado chileno. <![CDATA[Diplomacia, comercio y poder en una zona de frontera: el asesinato de un rey indígena en Talamanca, actual Costa Rica, 1870-1872]]> http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0121-16172021000400107&lng=es&nrm=iso&tlng=es Resumen. Objetivo/Contexto: en 1872 fue asesinado el líder indígena Santiago Mayas. Los eventos que llevaron a este desenlace, junto con la carrera política de Mayas en general, visibilizan los desafíos que enfrentaban las comunidades indígenas en Talamanca, una zona de frontera localizada en el sureste de Costa Rica. En la época de Mayas, los talamanqueños estaban siendo impactados por el avance paralelo, aunque a veces discordante, de la economía capitalista y el sistema de Estados nacionales. Metodología: el uso de fuentes primarias creadas por variedad de actores permite hacer una lectura crítica de los relatos, pocos y unilaterales, usados previamente para interpretar este período. Originalidad: este trabajo demuestra que el mundo talamanqueño de la época, al igual que las actividades políticas del cacique Mayas, fueron sustancialmente diferentes de lo que hasta ahora se ha aceptado. Lejos de mantenerse aislada del mundo o congelada en el tiempo, Talamanca fue una zona donde convergieron y chocaron intereses políticos y económicos externos. Mayas no era un tiranuelo de pocas luces, sino un actor social que se esforzó por navegar un entorno complejo e inestable. Conclusiones: a mediados del siglo xix Talamanca se vio inundada por una multitud de presiones externas. Agentes del incipiente capitalismo global, junto con funcionarios de Colombia y Costa Rica, rivalizaban por controlar su territorio, recursos y habitantes. A la vez, las nociones y estructuras políticas de los indígenas bribris y cabécares estaban transformándose para sobrevivir en el nuevo ambiente. El éxito inicial de Mayas para encontrar un camino propio en medio de este agitado contexto lo transformó en una figura poderosa. A la larga, las crecientes contradicciones dentro de las comunidades indígenas, así como las persistentes maquinaciones de las fuerzas externas, lo colocaron en una posición insostenible, que allanó el camino para su caída.<hr/>Abstract. Objective/Context: In 1872, the indigenous leader Santiago Mayas was murdered. The events leading up to this outcome and Mayas’ overall political career shed light on the challenges indigenous communities faced in Talamanca, a borderland located in southeastern Costa Rica. During Mayas’ lifetime, Talamancans were impacted by the simultaneous and sometimes contradictory advances of the capitalist economy and the nation-state system. Methodology: Primary sources created by different actors allowed a critical reading of the few and highly biased accounts previously used to interpret this era. Originality: This work demonstrates that the Talamancan world of the period and cacique Mayas’ political actions were substantially different from what had been previously accepted. Far from being isolated from the world or frozen in time, Talamanca was an area where external political and economic interests converged and collided. Mayas was not a dim-witted tyrant, but a social actor who struggled to navigate a complex and unstable environment. Conclusions: In the middle of the 19th century, Talamanca was under multiple external pressures. Agents of an emerging global capitalism, along with officials from Colombia and Costa Rica, vied to control its territories, resources, and inhabitants. At the same time, the political notions and structures of the Bribri and Cabecar Indians were transforming, seeking to survive in the new environment. Mayas’ initial success in finding his own path in this tumultuous context turned him into a powerful figure. Ultimately, growing contradictions within the indigenous communities and the persistent machinations of external forces put him in an untenable position, which paved the way for his downfall.<hr/>Resumo. Objetivo/Contexto: em 1872, o líder indígena Santiago Mayas foi assassinado. Os eventos que levaram a esse desfecho, junto com a disputa política de Mayas em geral, visibilizam os desafios que as comunidades indígenas enfrentavam em Talamanca, uma área de fronteira localizada no sudeste da Costa Rica. Na época de Mayas, os talamanquenhos estavam sendo impactados pelo avanço paralelo, embora às vezes discordante, da economia capitalista e do sistema de Estados nacionais. Metodologia: o uso de fontes primárias criadas por variedade de atores permite fazer uma leitura crítica dos relatos, poucos e unilaterais, usados previamente para interpretar esse período. Originalidade: este trabalho demonstra que o mundo talamanquenho da época, assim como as atividades políticas do cacique Mayas, foram substancialmente diferentes do que até agora foi aceito. Longe de se manter isolada do mundo ou congelada no tempo, Talamanca foi uma área onde convergiram e chocaram interesses políticos e econômicos externos. Mayas não era um tirano qualquer, mas sim um ator social que se esforçou por navegar um contexto complexo e instável. Conclusões: a meados do século xix, Talamanca foi invadida por uma multidão de pressões externas. Agentes do incipiente capitalismo global, junto com funcionários da Colômbia e da Costa Rica, rivalizavam por controlar seu território, recursos e habitantes. Por sua vez, as noções e as estruturas políticas dos indígenas bribris e cabécares estavam se transformando para sobreviver no novo ambiente. O sucesso inicial de Mayas para encontrar um caminho próprio em meio do agitado contexto o transformou numa figura poderosa. Em longo prazo, as crescentes contradições dentro das comunidades indígenas bem como as persistentes maquinações das forças externas o colocaram numa posição insustentável, que abriu caminho para sua queda. <![CDATA[Más allá de los límites del Estado. Fronteras, extractivismo y formación del espacio nacional en la Orinoquia colombiana, 1913-1941]]> http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0121-16172021000400129&lng=es&nrm=iso&tlng=es Resumen. Objetivo/Contexto: partiendo de la idea de que, en el caso colombiano, la configuración del espacio nacional está marcada por el predominio de una retórica que excede con creces las acciones emprendidas en pos de la incorporación efectiva de todo el espacio y sus habitantes a los marcos de la soberanía nacional, este artículo aporta algunos elementos para la comprensión de los procesos de fronterización del área orinoquense colombo-venezolana. Metodología: para ello se articulan varias miradas sobre la frontera: como línea que separa distintos Estados nacionales y define su soberanía, como intersticio entre ellos y como elemento clave de la geografía del capitalismo. Originalidad: este artículo abre la mirada a la comprensión de un tema poco explorado hasta ahora: el lugar ocupado por el Alto Orinoco-Río Negro colombo-venezolano en el capitalismo mundial durante el ciclo extractivista del caucho en la primera mitad del siglo xx y las implicaciones que ello tuvo en la configuración del espacio nacional de ambos países. Conclusiones: la documentación consultada permite mostrar que en el área intersticial aquí estudiada los Estados nacionales se encontraban constreñidos en su frágil relación con el espacio, cuyo valor no encontraban más que en una concepción huera de su dominio, por lo que soberanías múltiples, aunque suspendidas, se afianzaban en una urdimbre en la que lo público y lo privado se confundían constantemente, lo que ayudaba a producir y reforzar la frontera que ampliaba la geografía del capitalismo, basada en una economía extractiva que ocluía el espacio nacional a favor del capitalismo mundial y, a la vez, perpetuaba la condición irredenta de las zonas periféricas.<hr/>Abstract. Objective/Context: Starting from the idea that, in the Colombian case, the formation of the national space is marked by a predominant rhetoric that far exceeds the actions undertaken to effectively incorporate the whole space and its inhabitants into the framework of national sovereignty, this article provides some elements for a better understanding of border processes in the Colombian-Venezuelan Orinoco basin. Methodology: For this purpose, different views are presented on the concept of border: as a line that separates different national states and defines their sovereignty, an interstice between them, and a key element of the geography of capitalism. Originality: This article contributes to better understanding a little-explored subject: the place occupied by the Colombian-Venezuelan Alto Orinoco-Río Negro in world capitalism during the cycle of rubber extractivism in the first half of the twentieth century and its effects on the formation of the national space in both countries. Conclusions: The documentation consulted shows that in the interstitial area studied here, both national states were constrained in their fragile relationship with space, only finding its value in a hollow conception of their domain, where multiple sovereignties-although suspended-were entrenched in a scheme in which the public and the private got constantly confused; this helped produce and reinforce the frontier that expanded the geography of capitalism based on an extractive economy that occluded the national space in favor of global capitalism, while, at the same time, perpetuated the unredeemed condition of peripheral zones.<hr/>Resumo. Objetivo/Contexto: Este artigo parte da ideia de que, no caso colombiano, a configuração do espaço nacional está marcada pelo predomínio de uma retórica que excede com vantagem as ações empreendidas em prol da incorporação efetiva de todo o espaço e seus habitantes aos marcos da soberania nacional. Nesse sentido, contribui com alguns elementos para compreender os processos de fronteirzação da área orinoquense colombo-venezuelana. Metodologia: para isso, são articuladas várias visões sobre a fronteira: como linha que separa diferentes Estados nacionais e define sua soberania, como interstício entre eles e como elemento-chave da geografia do capitalismo. Originalidade: este artigo abre o olhar para compreender um tema pouco explorado até agora: o lugar ocupado pelo Alto Orinoco-Río Negro colombo-venezuelano no capitalismo mundial durante o ciclo extrativista da borracha na primeira metade do século XX e as implicações que isso teve na configuração do espaço nacional de ambos os países. Conclusões: a documentação consultada permite mostrar que, na área intersticial aqui estudada, os Estados nacionais se encontravam oprimidos em sua frágil relação com o espaço, cujo valor não encontravam mais do que numa concepção vazia de seu domínio, razão pela qual múltiplas soberanias, embora suspensas, eram estabelecidas numa trama na qual o público e o privado eram confundidos constantemente, o que ajudava a produzir e reforçar a fronteira que ampliava a geografia do capitalismo, baseada numa economia extrativa que obstruía o espaço nacional a favor do capitalismo mundial e, por sua vez, perpetuava a condição não redimida das zonas periféricas.