Scielo RSS <![CDATA[Palabra Clave]]> http://www.scielo.org.co/rss.php?pid=0122-828520190004&lang=pt vol. 22 num. 4 lang. pt <![CDATA[SciELO Logo]]> http://www.scielo.org.co/img/en/fbpelogp.gif http://www.scielo.org.co <![CDATA[Conversas com Clío: um campo, muitas histórias]]> http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0122-82852019000400001&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt <![CDATA[História da comunicação (e do jornalismo): pressupostos teóricos e metodológicos]]> http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0122-82852019000400002&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Resumo Este artigo faz uma reflexão epistemológica sobre a pesquisa historiográfica na área da Comunicação e mostra a importância de se inverter o olhar ao lidar com a documentação produzida pelos próprios meios de comunicação. Assim, o contexto - isto é, a historicidade dos processos comunicacionais - torna-se texto a ser analisado. Para isso, faz um inventário crítico das pesquisas que relacionam Comunicação e História no Brasil, a fim de mostrar as transformações por que passaram nas últimas décadas. Apresenta alguns postulados teóricos e metodológicos indispensáveis nas pesquisas que colocam a questão histórica como centro da problemática. Por último, propõe um caminho metodológico para produzir pesquisas que tomam como pressupostos a especificidade documental a ser analisada e o olhar que se deve lançar ao documento comunicacional para a síntese e a interpretação históricas. Parte-se da ideia central de que as premissas metodológicas devem adotar três níveis de análise - proposições historiográficas, proposições históricas e práticas metodológicas - e apresenta brevemente cenários metodológicos possíveis de serem adotados nos estudos que propõem a interconexão entre Comunicação e História.<hr/>Resumen El artículo hace una reflexión epistemológica acerca de la investigación historiográfica en el área de la Comunicación y evidencia la importancia de invertirse la mirada al tratar con documentos producidos por los propios medios de comunicación. Por lo tanto, el contexto - es decir, la historicidad de los procesos comunicacionales - se vuelve texto a analizarse. Para tal, hace un inventario crítico de las investigaciones que relacionan Comunicación e Historia en Brasil, con el fin de mostrar las transformaciones por las que han pasado en las últimas décadas. Presenta algunos postulados teóricos y metodológicos indispensables en las investigaciones que ponen la cuestión histórica como centro de la problemática. Por fin, plantea un camino metodológico para producir investigaciones que toman como postulados la especificidad documental a analizarse y la mirada que se debe lanzar al documento comunicacional para la síntesis y la interpretación históricas. Se parte de la idea central de que los postulados metodológicos deben adoptar tres niveles de análisis - proposiciones historiográficas, proposiciones históricas y prácticas metodológicas - y presenta brevemente contextos metodológicos posibles de adoptar en estudios que planteen la interconexión entre Comunicación e Historia.<hr/>Abstract This article reflects on historiographic research into communication from an epistemological standpoint and notes the importance of changing perspective when dealing with documents produced by the media. Therefore, the context -i.e., the historicity of communication processes- becomes a text to be analyzed. To this end, a critical inventory of research that relates communication with history in Brazil is compiled to show the transformations it has undergone in the last decades. Some theoretical and methodological assumptions are introduced for research that brings the historical matter into focus. To close, a methodological path is proposed to produce research that takes as postulates the documentary specificity to be discussed and the reading to be done of communication documents for historical synthesis and interpretation purposes. The paper is based on the core idea that methodological postulates should follow three levels of analysis (historiographic propositions, historical propositions, and methodological practices) and briefly presents methodological contexts that may be adopted by studies that suggest the communication-history relationship. <![CDATA[Representações de Simón Bolívar no centenário de sua morte na revista Cromos, em 1930]]> http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0122-82852019000400003&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Resumen Este artículo analiza las representaciones construidas, con ocasión del centenario de la muerte de Simón Bolívar en el número especial que a esta celebración dedicara la revista Cromos, el 13 de diciembre de 1930. A partir del análisis de quince textos que, en su mayoría provienen de autores de la Academia Colombiana de Historia, se discuten las implicaciones de la heroización de Bolívar para el proceso de construcción simbólica de la nación y, más ampliamente, del continente americano, respecto del tiempo, el espacio y la población. Haciendo particular hincapié en el papel que España y América desempeñan en la representación del héroe, se pone de manifiesto la manera como la ovación a Bolívar constituye a su vez una oda a España desde el punto de vista histórico, cultural y racial, mientras que su americanismo se resalta desde el punto de vista geográfico y político. Se demuestra que la exaltación de la capacidad épica del Libertador iba de la mano de esfuerzos genealógicos para evidenciar la pertenencia de Bolívar a la raza blanca europea y para presentar el proceso de independencia, por él liderado, como una fase más de la misión civilizadora que, desde la Conquista, España había iniciado en América. El artículo concluye que la heroización de Bolívar llevaba ínsito un desprecio por el pasado prehispánico y un desconocimiento de toda historia previa a 1492, así como una representación denigratoria de sus contemporáneos. Asimismo, concluye que, en sintonía con el republicanismo de la revista, el Bolívar de Cromos es, en general, un Bolívar republicano.<hr/>Abstract This article explores some representations of Simón Bolívar, on the occasion of the centenary of his death, contained in a special issue that Cromos magazine dedicated to this commemoration on December 13, 1930. From the analysis of fifteen writings authored mostly by members of the Colombian Academy of History, the implications of heroizing Bolívar for the symbolic building of the nation and, more broadly, the American continent are discussed regarding time, space and population. Emphasizing the role that Spain and America play in the representation of the hero, it is noted how an ovation to Bolívar becomes an ode to Spain from the historical, cultural and racial point of view, while his Americanism stands out geographically and politically. It is shown that the praise for the Liberator’s epic abilities is accompanied by genealogical efforts to prove that he belonged to the European white race and to present the process of independence led by him as another phase of the civilizing mission that, since the Conquest, Spain had started in America. In short, the heroization of Bolívar entails disregard for the pre-Hispanic past and ignorance of the history prior to 1492, as well as a denigrating representation of his contemporaries. It is also concluded that, in line with the republicanism of the magazine, Cromos’s Bolívar is generally a republican Bolívar.<hr/>Resumo Este artigo analisa as representações construídas, por ocasião do centenário da morte de Simón Bolívar, no número especial que a revista Cromos dedicou a essa celebração, no dia 13 de dezembro de 1930. A partir da análise de 15 textos que, em sua maioria, provêm de autores da Academia Colombiana de História, são discutidas as implicações da heroização de Bolívar para o processo de construção simbólica da nação e, mais amplamente, do continente americano, a respeito do tempo, do espaço e da população. Enfatiza-se, em particular, o papel que a Espanha e a América desempenham na representação do herói e torna-se evidente a maneira como a ovação a Bolívar constitui, por sua vez, uma ode à Espanha do ponto de vista histórico, cultural e racial, enquanto seu americanismo é ressaltado de uma perspectiva geográfica e política. Demonstra-se que a exaltação da capacidade épica do Libertador ia de mãos dadas com esforços genealógicos para evidenciar o pertencimento de Bolívar à raça branca europeia e para apresentar o processo de independência, por ele liderado, como mais uma fase da missão civilizadora que, desde a Conquista, a Espanha tinha iniciado na América. Este artigo conclui que a heroização de Bolívar levava ínsito um desprezo pelo passado pré-hispânico e um desconhecimento de toda a história anterior a 1492, bem como uma representação difamatória de seus contemporâneos. Além disso, conclui que, em harmonia com o republicanismo da revista, o Bolívar de Cromos é, em geral, um Bolívar republicano. <![CDATA[Criação de um jornal moderno: El Tiempo na Colômbia, 1911-1940]]> http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0122-82852019000400004&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Abstract In this article I examine the first three decades of operation of the Colombian newspaper El Tiempo as a critical moment to understand the influential position the newspaper held in the country during a large portion of the twentieth century. In particular, I analyze the history of El Tiempo as a business, a topic usually unexplored by the history of the press and the public sphere in Colombia. In the first part, I explore the revenue and expenses of El Tiempo. I argue that facing the imported paper crisis generated by World War I, El Tiempo developed an effective commercial strategy that led the newspaper to become financially independent. In the second part, I analyze the internal organization of El Tiempo and the state of journalism as a profession in Colombia. I argue that the rationalization of tasks and the creation of a workers’ union at El Tiempo anticipated some aspects of what would characterize the professionalization of national journalism. In the third part, I explore the printing technologies and means of transportation used by El Tiempo to print and distribute newspaper issues. I argue that faster printing technologies and means of transportation enabled El Tiempo to expand its format and enlarge its circulation. In the conclusion, I suggest that the modernization of the press in Colombia led by El Tiempo had as a particularity that newspapers became modern while being the organ of a political party, in contrast to other Latin American countries where modern newspaper were independent from political parties.<hr/>Resumen En el presente artículo examino las tres primeras décadas de funcionamiento del periódico El Tiempo como momento crítico para entender la posición influyente del periódico en el país durante gran parte del siglo XX. En particular, analizo la historia de El Tiempo como negocio, un tema que, en términos generales, no ha sido explorado por la historia de la prensa y la esfera pública en Colombia. En la primera parte, exploro los ingresos y gastos de El Tiempo. Argumento que, ante la crisis de la importación de papel generada por la Primera Guerra Mundial, El Tiempo desarrolló una estrategia comercial efectiva que llevó al periódico a convertirse en financieramente independiente. En la segunda parte, analizo la organización interna de El Tiempo y el estado del periodismo como profesión en Colombia. Sostengo que la racionalización de tareas y la creación de un sindicato de trabajadores en El Tiempo anticiparon algunos aspectos de lo que caracterizaría la profesionalización del periodismo nacional. En la tercera parte, exploro las tecnologías de impresión y los medios de transporte utilizados por El Tiempo para imprimir y distribuir las ediciones del periódico. Argumento que la mayor rapidez de las tecnologías de impresión y de los medios de transporte le permitió a El Tiempo ampliar su formato y aumentar su circulación. A modo de conclusión, sugiero que la modernización de la prensa en Colombia liderada por El Tiempo tuvo como particularidad el hecho de que los periódicos se modernizaron, a la vez que siguieron siendo el órgano de un partido político, a diferencia de otros países latinoamericanos donde los periódicos modernos eran independientes de los partidos políticos.<hr/>Resumo Neste artigo, analiso as primeiras três décadas do jornal El Tiempo como um momento crítico para compreender a posição influente do jornal no país durante grande parte do século XX. Em particular, analiso a história de El Tiempo como negócio, uma questão que, em termos gerais, não tem sido explorada pela história da imprensa e a esfera pública na Colômbia. Na primeira parte, exploro as receitas e despesas do El Tiempo. Argumento que, diante da crise na importação de papel gerada pela Primeira Guerra Mundial, El Tiempo desenvolveu uma estratégia comercial eficaz que levou o jornal a se tornar financeiramente independente. Na segunda parte, analiso a organização interna de El Tiempo e o estado do jornalismo como profissão na Colômbia. Argumento que a racionalização de tarefas e a criação de um sindicato de trabalhadores em El Tiempo anteciparam alguns aspectos do que caracterizaria a profissionalização do jornalismo nacional. Na terceira parte, exploro as tecnologias de impressão e os meios de transporte utilizados por El Tiempo para imprimir e distribuir as edições do jornal. Argumento que as tecnologias de impressão e meios de transporte mais rápidos permitiram a El Tiempo expandir seu formato e acrescentar sua circulação. Para concluir, sugiro que a modernização da imprensa colombiana liderada por El Tiempo teve, como particularidade, o fato de os jornais terem sido modernizados, ao mesmo tempo em que mantiveram-se em órgão de um partido político, ao contrário de outros países latino-americanos onde os jornais modernos eram independentes dos partidos políticos. <![CDATA[A Colômbia de Pedro Sonderéguer a partir da atalaia bonaerense de La Nación]]> http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0122-82852019000400005&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Resumen Pedro Sondéreguer (Villanueva, Bolívar, 1884-Buenos Aires, 1964) realizó su “sueño argentino” en el prestigioso diario La Nación en la primera mitad del siglo XX. Desde allí cultivó un proyecto americanista y colombianista que no logró materializar, pero quedó recogido en su obra periodística -olvidada tanto en su país natal como en el de adopción- y en las múltiples entrevistas que le hicieron en la prensa colombiana y extranjera. ¿Por qué Sonderéguer no regresó a Colombia cuando se instauró la República Liberal y su nombre sonaba para ocupar altos cargos en el Gobierno de Enrique Olaya Herrera, si tenía todas las credenciales para ejercer la política y el periodismo? Es la pregunta que apuntala este artículo inspirado en la teoría del acontecimiento (F. Dosse) con sus enigmas y reinterpretaciones constantes en torno a la biografía de un intelectual. Tras esbozar la línea editorial del diario La Nación, fundado en 1870 por Bartolomé Mitre, se reconstruye la trayectoria del escritor y periodista a partir de las escasas notas biográficas existentes y de testimonios de sus congéneres y familiares. Por último, se interpretan sus ideas políticas, en concreto, sus proyectos de estadista que buscaban impulsar el desarrollo económico en Colombia, y se analizan sus actuaciones según el contexto de la época para tratar de responder a la pregunta planteada. Con el rescate de este autor, no solo se hace un aporte a la historia del periodismo colombiano y argentino, sino también a la historia política colombiana, en los albores de la llamada República Liberal marcados por la guerra con el Perú y los brotes de la violencia partidista.<hr/>Abstract Pedro Sondéreguer (Villanueva, Bolívar, 1884-Buenos Aires, 1964) made his “Argentine dream” come true in the prestigious newspaper La Nación in the first half of the 20th century. From there he conceived an Americanist and Colombianist project that he failed to bring to life, but was noticeable in his journalistic work -forgotten both in his home and adoptive countries- and in multiple interviews he gave to the Colombian and foreign press. Why did Sonderéguer not return to Colombia when the Liberal Republic was established and his name was mentioned for high positions in Enrique Olaya Herrera’s administration, if he had all the credentials to practice politics and journalism? It is the question underpinning this article inspired by F. Dosse’s theory of the event with its enigmas and constant reinterpretations of the biography of an intellectual. After outlining the editorial line of La Nación, founded by Bartolomé Miter in 1870, the writer and journalist’s career is reconstructed from scarce biographical notes and testimonies of his peers and relatives. Finally, his political ideas are construed, specifically his statesman projects that sought to boost economic development in Colombia, and his actions are analyzed in the context of the time to attempt to answer the question posed. In reviving this author, a contribution is made not only to the history of Colombian and Argentine journalism, but also to Colombian political history at the dawn of the so-called Liberal Republic marked by the war with Peru and the outbreaks of partisan violence.<hr/>Resumo Pedro Sondéreguer (Villanueva, Bolívar, 1884-Buenos Aires, 1964) realizou seu “sonho argentino” no prestigioso jornal La Nación, na primeira metade do século XX. A partir disso, cultivou um projeto americanista e colombianista que não conseguiu materializar, mas que ficou consagrado em sua obra jornalística - esquecida tanto em seu país natal quanto no de adoção - e nas múltiplas entrevistas que lhe foram feitas na imprensa colombiana e estrangeira. Por que Sonderéguer não voltou à Colômbia quando a República Liberal foi instaurada e seu nome era citado para ocupar altos cargos no governo de Enrique Olaya Herrera, se tinha todos os requisitos para exercer a política e o jornalismo? Essa é a pregunta feita neste artigo inspirado na teoria do acontecimento (F. Dosse) com seus enigmas e reinterpretações constantes em torno da biografia de um intelectual. Após esboçar a linha editorial do jornal La Nación, fundado em 1870 por Bartolomé Mitre, é reconstruída a trajetória do escritor e jornalista a partir das escassas anotações biográficas existentes e de depoimentos de seus congêneres e familiares. Por último, são interpretadas suas ideias políticas, em específico, seus projetos de estadista que pretendiam promover o desenvolvimento econômico na Colômbia, e são analisadas suas ações segundo o contexto da época para tentar responder à pergunta proposta. Com o resgate desse autor, não somente se contribui para a história do jornalismo colombiano e argentino, mas também para a história política colombiana, no início da chamada “República Liberal”, marcado pela guerra com o Peru e pelos surtos de violência partidária. <![CDATA[A fotografia documental em tempos de crise: história pictorial e humanismo dramático]]> http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0122-82852019000400006&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Resumen Este artículo analiza el uso de la fotografía documental, para el caso del proyecto fotográfico de la Historical Section de la Farm Security Administration (FSA), desarrollado entre 1935 y 1943, dentro del programa propagandístico del Gobierno de Franklin D. Roosevelt durante el New Deal, como respuesta a la crisis social y económica generada por la Gran Depresión. El objetivo principal es profundizar en la discusión sobre un tipo de modo de ver, estético, cristalizado en un humanismo dramático y soportado en una estructura de archivo histórico de tipo pictorial, que, contradictoriamente, se convirtió, a lo largo del siglo XX, en el parámetro para la definición dominante de lo documental, a pesar de su origen político e ideológico nacionalista y populista. La metodología, soportada en un análisis relacional, parte del estudio de la fotografía documental como una categoría, como una práctica social y como un dispositivo de conocimiento que permitió movilizar, desde su uso, una visión y representación social específica, como parte de una configuración compleja entre elementos económicos, políticos y culturales particulares. Se articula un método cualitativo documental, basado en fuentes primarias, con un análisis estético y discursivo, relacional, de las fotografías del programa. El artículo revela, lo que constituye su novedad, la trama de definiciones de lo documental que tuvieron que construirse y articularse, que combinaron elementos de lo fáctico, lo dramático y lo artístico, en torno a la idea de una historia pictorial cuya promesa humanista permitiera reestablecer los lazos sociales de la unión americana.<hr/>Abstract This article analyzes the use of documentary photography in the photographic project of the Farm Security Administration (FSA) Historical Section carried out between 1935 and 1943. It was part of the propaganda program of Franklin D. Roosevelt’s administration during the New Deal and responded to the social and economic crisis caused by the Great Depression. The main objective is to delve into the discussion about a kind of aesthetic point of view that is crystallized in a dramatic humanism and supported by a pictorial historical archive structure. Contradictorily, throughout the 20th century, this became the parameter for the prevailing definition of documentary, despite its nationalist-populist political and ideological origin. Building on a relational analysis, documentary photography is studied as a category, social practice and knowledge device that conveys a specific vision and social representation within a complex arrangement of particular economic, political and cultural components. A qualitative documentary method is employed based on primary sources, including an aesthetic and discursive relational analysis of the program’s photographs. The article reveals -and this revelation is what makes it novel- the weave of definitions of documentary that had to be developed and brought together, combining factual, dramatic and artistic elements, around the idea of a pictorial history whose humanistic promise would restore the social ties of American unity.<hr/>Resumo Este artigo analisa o uso da fotografia documental para o caso do projeto fotográfico da Historical Section de la Farm Security Administration (FSA), desenvolvido entre 1935 e 1943, no âmbito do programa propagandístico do governo de Franklin D. Roosevelt durante o New Deal, como resposta à crise social e econômica gerada pela Grande Depressão. O objetivo principal é aprofundar na discussão sobre um tipo de modo de ver, estético, cristalizado em um humanismo dramático e apoiado em uma estrutura de arquivo histórico de tipo pictorial, que, de forma contraditória, tornou-se, ao longo do século XX, o parâmetro para a definição dominante do documentário, apesar de sua origem política e ideológica nacionalista e populista. A metodologia, com base em uma análise relacional, parte do estudo da fotografia documental como una categoria, como uma prática social e como um dispositivo de conhecimento que permite mobilizar, com seu uso, uma visão e representação social específica, como parte de uma configuração complexa entre elementos econômicos, políticos e culturais particulares. Emprega-se um método qualitativo documental, baseado em fontes primárias, com uma análise estética e discursiva, relacional, das fotografias do programa. Este artigo revela, o que constitui sua novidade, a trama de definições do documentário que tiveram que ser construídas e articuladas, que combinaram elementos do fático, do dramático e do artístico, em torno da ideia de uma história pictorial cuja promessa humanista permitisse reestabelecer os vínculos sociais da união americana. <![CDATA[Conectados em publicação: Seleções do Reader’s Digest, relações culturais dos Estados Unidos e a construção de uma classe média global]]> http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0122-82852019000400007&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Abstract This article traces the early history of the Reader’s Digest’s global editions, and in particular its Latin American magazine, Selecciones del Reader’s Digest, viewing this popularly consumed text as a window into transnational government and media initiatives to forge a “global middle class.” It contends that the magazine, rather than merely idealizing life in the United States, asserted that readers could use media to join an imagined community of likeminded “professionals” and “free peoples” around the world. Using documents from the U.S. National Archives, the magazine, as well as a variety of other press sources, the paper untangles the connections between the first truly-global U.S. consumer magazine and the U.S. geopolitical project. First, it describes the relationship between the launch of Reader’s Digest’s Latin American edition and the U.S. cultural campaign’s wartime initiatives; second, it examines the magazine’s content, illustrating how the notion of a global connection was depicted in its pages. Taken together, these sections illustrate how the transnational mass media not only normalized the notion of a righteous middle class but also narrated that group’s globality, seeking to implicate the reader in its scope.<hr/>Resumen Este artículo hace un recorrido por los orígenes de las ediciones globales de Reader’s Digest y, de manera particular, de su popular versión latinoamericana, Selecciones del Reader’s Digest, que se considera como una ventana hacia el gobierno transnacional y las iniciativas de los medios para forjar una “clase media global”. Se sostiene que la revista, en vez de simplemente idealizar la vida en Estados Unidos, afirma que los lectores podrían usar los medios para unirse a una comunidad imaginada de “profesionales” y “personas libres” con ideas similares en todo el mundo. Por medio de documentos de los Archivos Nacionales de Estados Unidos, la revista y una variedad de otras fuentes de prensa, se desenmarañan las conexiones existentes entre la primera revista estadounidense de consumo verdaderamente global y el proyecto geopolítico de Estados Unidos. En primer lugar, se describe la relación entre el lanzamiento de la edición latinoamericana de Reader’s Digest y las iniciativas de la campaña cultural de Estados Unidos durante la Segunda Guerra Mundial; en segundo lugar, se examina el contenido de la revista, ilustrando la manera en que se representaba la noción de una conexión global en sus páginas. En conjunto, estas secciones muestran cómo los medios de comunicación transnacionales no solo normalizaron la noción de una clase media justa, sino que también narraron la globalidad de ese grupo, buscando involucrar al lector en el alcance del mismo.<hr/>Resumo Este artigo traça as origens das edições globais de Reader’s Digest e, em particular, sua popular versão latino-americana, Seleções do Reader’s Digest, considerada uma janela para o governo transnacional e as iniciativas da mídia para criar uma “classe média global”. Argumenta-se que a revista, em vez de simplesmente idealizar a vida nos Estados Unidos, afirma que os leitores poderiam usar a mídia para ingressar em uma comunidade imaginada de “profissionais” e “pessoas livres” com ideias semelhantes a nível mundial. Por meio de documentos dos Arquivos Nacionais dos Estados Unidos, da revista e de várias outras fontes de imprensa, são reveladas as conexões entre a primeira revista americana de consumo verdadeiramente global e o projeto geopolítico dos Estados Unidos. Em primeiro lugar, descrevem-se a relação entre o lançamento da edição latino-americana do Reader’s Digest e as iniciativas da campanha cultural dos EUA durante a segunda guerra mundial; em segundo lugar, examina-se o conteúdo da revista, ilustrando como a noção de conexão global foi representada em suas páginas. Juntas, essas seções mostram como a mídia transnacional não apenas normalizou a noção de uma classe média justa, mas também narraram a globalidade desse grupo, buscando envolver o leitor em seu escopo. <![CDATA[Carmen Miranda em Hollywood (1939-1945): no centro da tela, à margen da história]]> http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0122-82852019000400008&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Resumen En este artículo, hago un análisis del personaje que Carmen Miranda -famosa actriz y cantante aún hoy recordada como la bombshell brasileña- interpretó entre 1939 y 1945. Me propongo explorar cómo su presencia en pantalla da cuenta de los deseos y miedos estadounidenses, asociados en parte a la Segunda Guerra Mundial, pero sobre todo en diálogo con imaginarios sobre raza y género. Para ello, hago un análisis de las comedias musicales en que apareció la actriz y me concen traré en su rol en las narrativas. Evidencio que, si bien los personajes representados por Miranda son centrales en los números musicales, aparecen poco en escena durante el resto de las películas y no llevan a cabo acciones que permitan el desarrollo de las historias. Asimismo, demuestro que Miranda no satisfizo los estándares de integración hemisférica propuestos por la Oficina de Asuntos Interamericanos -organismo gubernamental estadounidense creado para afianzar la cooperación interamericana durante la guerra- en tanto perpetuaba estereotipos negativos sobre América Latina. De lo anterior, sostengo que la función de la actriz estuvo relacionada con atraer y complacer al público estadounidense. Ella hizo uso de su capacidad para ser cómica y sexi al mismo tiempo, que, sostengo, se derivaba del lugar que ocupaba en la jerarquía racial de la época. Mi trabajo es novedoso en tanto da por sentado algunos aspectos sobre los que se ha llamado la atención, tales como el vestuario y el acento de Carmen Miranda, y se concentra en la narrativa de sus películas, punto hasta ahora inexplorado.<hr/>Abstract In this article, I analyze the character that Carmen Miranda -a famous actress and singer still remembered today as the Brazilian bombshell- performed between 1939 and 1945. I intend to explore how her presence on the screen accounts for American desires and fears, associated in part with World War II, but especially in relation to race and gender imaginaries. For this, I examine the musical comedies in which the actress appeared and focus on her role in narratives. I note that, while the characters performed by Miranda are central in musicals acts, they appear little on the scene for the rest of the films and do not carry out actions that contribute to the plot. I also show that Miranda did not meet the hemispheric integration standards proposed by the Office of Inter-American Affairs -US government agency created to strengthen inter-American cooperation during the war- as she perpetuated negative stereotypes of Latin America. Accordingly, I maintain that her role was to attract and please the American public. She made use of her ability to be funny and sexy at the same time, which, I contend, derived from her place in the racial hierarchy of the time. My paper is novel as it takes for granted some aspects to which attention has already been drawn, such as Carmen Miranda’s costumes and accent, and centers on the narrative of her films, unexplored so far.<hr/>Resumo Neste artigo, faço uma análise da personagem que Carmen Miranda - famosa atriz e cantora ainda hoje lembrada como a bombshell brasileira - interpretou entre 1939 e 1945. Proponho explorar como sua presença na tela grande evidencia os desejos e os medos estadunidenses, associados, em parte, à Segunda Guerra Mundial, mas, principalmente, em diálogo com imaginários sobre raça e gênero. Para isso, analiso as comédias musicais em que a atriz apareceu e concentro-me em seu papel nas narrativas. Evidencio que, embora as personagens representadas por Carmen Miranda sejam centrais nos números musicais, aparecem pouco em cena durante os filmes e não realizam ações que permitam o desenvolvimento das histórias. Além disso, demonstro que a atriz não satisfez os padrões de integração hemisférica propostos pelo Escritório de Assuntos Interamericanos - organismo governamental estadunidense criado para consolidar a cooperação interamericana durante a Guerra -, pois perpetuava estereótipos negativos sobre a América Latina. Com base nisso, defendo que a função da atriz esteve relacionada com atrair e agradar o público estadunidense. Ela fez uso de sua capacidade cômica e sexy que, argumento, era derivada do lugar que ocupava na hierarquia racial da época. Meu trabalho é novo, visto que aborda alguns aspectos sobre os quais se chama a atenção, como o figurino e o sotaque de Carmen Miranda, e concentra-se na narrativa de seus filmes, ponto até agora não explorado. <![CDATA[O Estado reproduz a fantasia infantil: Soñemos, de Luis César Amadori, Argentina, 1951]]> http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0122-82852019000400009&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Resumen Durante las primeras presidencias de Juan Domingo Perón (1946-1952) la Secretaría de Prensa y Difusión realizó filmes con el fin de exaltar proyectos impulsados por el Gobierno. Como parte de esta política de comunicación, Luis César Amadori dirigió Soñemos (1951), un mediometraje destinado a mostrar las instalaciones de la Ciudad Infantil, un hogar para niños inaugurado por la Fundación Eva Perón en 1948. Este trabajo tiene como objetivo describir y analizar las elecciones estéticas de este filme, a partir de la hipótesis de que los principales rasgos de la comunicación de Estado del periodo se encuentran condensados en esta pieza audiovisual, por efecto de la reducción de escala utilizada para la demostración de esta sociedad en miniatura. Desde el punto de vista metodológico, focalizamos en dos rasgos retóricos, entendidos como correlato formal de rasgos ideológicos: la miniaturización y la imitación. El artículo concluye que la reducción de escala permitió concretar una utopía urbana pero también mostró sus límites: uno temporal para la contención de los niños y otro espacial para la ciudad cuyas fuentes productivas quedaban excluidas. La imitación, por otra parte, se enuncia como una predilección estética de los pobres que el peronismo venía a representar. Se trataba de darles el mismo lujo del que gozaban los ricos y no un nuevo estilo de vida, tal como proponían las vanguardias. Tanto la autonomía respecto de bloques geopolíticos enunciada por el peronismo como la capacidad de reproducción en el futuro de este modelo quedan irresueltos.<hr/>Abstract During the early administrations of Juan Domingo Perón (1946-1952), the Press and Dissemination Secretariat made films to praise projects promoted by the Government. As part of this communication policy, Luis César Amadori directed the medium-length film Soñemos (1951) that shows the facilities of Ciudad Infantil, a children’s home inaugurated by the Eva Perón Foundation in 1948. This paper intends to describe and analyze the aesthetic choices of this film, based on the hypothesis that the main features of state communication in the period are condensed in this audiovisual piece, due to the scale-down used for presenting this miniature society. From the methodological point of view, we focused on two rhetorical features, understood as a formal correlative of ideological features: miniaturization and imitation. The article concludes that scale-down made it possible to materialize an urban utopia but also showed its limits: a temporary boundary for the containment of children and a spatial one for the city whose production sources were excluded. Furthermore, imitation is outlined as an aesthetic preference of the poor represented by Peronism. It was about giving them the same luxury that the rich enjoyed and not a new lifestyle, as the avant-garde proposed. Both the autonomy of geopolitical blocs proposed by Peronism and the ability to reproduce this model in the future remain unresolved.<hr/>Resumo Durante as primeiras presidências de Juan Domingo Perón (1946-1952), a Secretaria de Imprensa e Difusão realizou filmes com o objetivo de exaltar projetos impulsionados pelo governo. Como parte dessa política de comunicação, Luis César Amadori dirigiu Soñemos (1951), um média-metragem destinado a mostrar as instalações da Cidade Infantil, um abrigo para crianças inaugurado pela Fundação Eva Perón em 1948. Este trabalho tem como objetivo descrever e analisar as escolhas estéticas desse filme, a partir da hipótese de que os principais traços da comunicação de Estado do período se encontram condensados nesse projeto audiovisual, por efeito da redução de escala utilizada para demonstrar essa sociedade em miniatura. Do ponto de vista metodológico, focamos em dois traços retóricos, entendidos como correlato formal de traços ideológicos: a miniaturização e a imitação. Este artigo conclui que a redução de escala permitiu concretizar uma utopia urbana e mostrou seus limites: um temporal para a contenção das crianças e outro espacial para a cidade cujas fontes produtivas estavam excluídas. A imitação, por sua vez, é enunciada como uma predileção estética dos pobres que o peronismo vinha representar. Tratava-se de dar-lhes o mesmo luxo do qual os ricos gozavam, e não um novo estilo de vida, como propunham as vanguardas. Tanto a autonomia a respeito dos blocos geopolíticos enunciada pelo peronismo quanto a capacidade de reprodução no futuro desse modelo ficam sem resolver.