Scielo RSS <![CDATA[Antipoda. Revista de Antropología y Arqueología]]> http://www.scielo.org.co/rss.php?pid=1900-540720180004&lang=pt vol. num. 33 lang. pt <![CDATA[SciELO Logo]]> http://www.scielo.org.co/img/en/fbpelogp.gif http://www.scielo.org.co <![CDATA[Antropologia da imagem: uma introdução]]> http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1900-54072018000400003&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Resumen: La antropología de la imagen es un campo emergente de investigación resultante de tres líneas de escape separadas, pero íntimamente interconectadas: la renovación y la expansión del diálogo entre antropología, arte y filosofía; la remoción del clásico enfoque sobre el etnos en la disciplina hacia estrategias de ensamblaje; y el reconocimiento de la necesidad de curar el quehacer mismo de la antropología. Antes que un resultado de tradiciones arraigadas en la antropología visual -marcadamente dependientes del documental etnográfico y sus derivaciones, cuando no entrampadas en cuestiones sobre representación-, la antropología de la imagen se fundamenta en la activación de varias estrategias y lógicas, más allá del método y los manuales de metodología. La reconfiguración de la figura del antropólogo como una persona conceptual, y las intrusiones mutuas entre la antropología y el arte contemporáneo, redefinen radicalmente la naturaleza del trabajo de campo y de lo empírico. De hecho, el trabajo de campo se ve transformado mediante el diseño y la práctica curatoriales, y redefinido como image-work (trabajo-con-imágenes). Así, la curaduría de las imágenes surge como un sustituto posible, entre otros, del método comparativo.<hr/>Abstract: The anthropology of the image is an emerging field of inquiry. It is the result of three separate yet closely interconnected lines of flight: the reconfiguration and expansion of the conversation between art, philosophy, and anthropology; anthropology's shift beyond the classic focus on ethnos towards strategies of assemblage; and the recognition of the need to curate the daily practices of anthropology itself. Decisively not the result of developments rooted in visual anthropology -which are noticeably dependent on the ethnographic documentary and its offshoots, trapped in issues regarding representation- the anthropology of the image is based on the activation of several strategies and logics which work against the grain of ethnographic method and manuals of methodology. The reshaping of the figure of the anthropologist as a conceptual persona and the mutual intrusions of anthropology and contemporary art -both prominent features of the anthropology of the image- ultimately amount to a radical redefinition of the nature of fieldwork and the empirical approach. In fact, fieldwork is being transformed by design and curatorial practices and redefined as image-work. The curation of images also emerges as a surrogate, among others, to the comparative method.<hr/>Resumo: A antropologia da imagem é um campo emergente de pesquisa resultante de três linhas de fuga separadas, mas intimamente interconectadas: a renovação e a expansão do diálogo entre antropologia, arte e filosofia; a remoção da clássica abordagem sobre o ethnos na disciplina a estratégias de assemblagem e o reconhecimento da necessidade de curar o fazer em si da antropologia. Antes de ser um resultado de tradições enraizadas na antropologia visual -marcadamente dependentes do documentário etnográfico e de suas derivações, quando não contidas em questões sobre representação-, a antropologia da imagem se fundamenta na ativação de várias estratégias e lógicas que vão mais além do método e dos manuais de metodologia: a reconfiguração da figura do antropólogo como uma pessoa conceitual. As fusões entre a antropologia e a arte contemporânea redefinem radicalmente a natureza do trabalho de campo e do empírico. De fato, o trabalho de campo se vê transformado por meio do desenho e da prática curatoriais, e redefinido como image-work (trabalho-em-imagem). Assim, a curadoria das imagens surge como uma possível substituição, entre outras, do método comparativo. <![CDATA[A política e a estética da não representação: reimaginando o cinema etnográfico com Apichatpong Weerasethakul]]> http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1900-54072018000400013&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Abstract: This article argues that the work of Thai filmmaker Apichatpong Weerasethakul offers conceptual and methodological tools that may contribute to the re-imagination of ethnographic cinema beyond representation. Weerasethakul’s films emerge out of a para-ethnographic engagement with people and places, rely on participatory methods and operate as hosting devices for a multiplicity of subaltern beings and stories. They enact an inventive and often animistic “performative realism” (Ingawanij 2013a) which can be understood as political in the sense that it creates new conditions of possibility and room for alter-ontologies. The article conceptualizes this orientation in relation to the production of “assemblages of collective enunciation” (Deleuze and Guattari 1986) as well as to Eduardo Viveiros de Castro’s (2010) idea of “taking seriously” the ontology of others, that is, the other worlds that they experience.<hr/>Resumen: El artículo argumenta que el trabajo del cineasta tailandés Apichatpong Weerasethakul proporciona herramientas conceptuales y metodológicas que pueden contribuir a re-pensar el cine etnográfico más allá de la representación. Las películas de Weerasethakul emergen de una vinculación para-etnográfica con personas y lugares, dependen de métodos participativos, y operan como dispositivos de acogida para una multiplicidad de seres e historias subalternas. Estos films proponen un "realismo performativo" (Ingawanij 2013) -inventivo y a menudo animista- que puede entenderse como político en el sentido de que crea nuevas condiciones de posibilidad y espacio para múltiples ontologías. El artículo conceptualiza esta orientación en relación a la producción de "ensamblajes de enunciación colectiva" (Deleuze y Guattari 1986); así como la idea de Eduardo Viveiros de Castro (2010) de "tomar en serio" la ontología de otros, es decir, de los otros mundos que ellos experimentan.<hr/>Resumo: Este artigo sustenta que o trabalho do cineasta tailandês Apichatpong Weerasethakul oferece ferramentas conceituais e metodológicas que podem contribuir para a reimaginação do cinema etnográfico além da representação. Os filmes de Weerasethakul emergem de um envolvimento para-etnográfico com as pessoas e os lugares, dependem de métodos participativos e operam como dispositivos acolhedores para a multiplicidade de seres e histórias subalternos. Eles encenam um “realismo performativo” (Ingawanij 2013a), que é inventivo e frequentemente animista, e pode ser entendido como político, no sentido em que cria novas condições de possibilidade e espaço para ontologias alternativas. O artigo conceitua essa orientação a respeito da produção de “assemblages de enunciação coletiva” (Deleuze e Guattari 1986) bem como da ideia de Eduardo Viveiros de Castro (2010) de “levar a sério” a ontologia de outros, isto é, os outros mundos que eles experenciam. <![CDATA[Práticas artísticas e o dispositivo artístico - uma revisão crítica]]> http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1900-54072018000400037&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Abstract: This article explores several different ways that art has been integrated into and rearticulated by various disciplines over the last few decades. In the face of a new trend -a steady increase in the inclusion of art in different disciplines- critical analysis seems necessary to distinguish those artistic practices which challenge the hegemonic discourse from those that reify it and use the arts for social control. To meet this objective, the concept of the ‘artistic dispositif’ is described and applied to contemporary art, art therapy, and different research methods using the arts. Concerning the latter, a particular focus will be given to the encounters between art and ethnography. Analyzing different artistic practices in this context allows for a deeper understanding of how to utilize art to challenge hegemony and to defy institutional limits and frontiers.<hr/>Resumen: El presente artículo explora las diferentes maneras como el arte ha sido integrado y rearticulado por varias disciplinas durante las últimas décadas. Frente a la nueva tendencia -un aumento constante de las inclusiones del arte en y por diversas disciplinas- un análisis crítico parece necesario para diferenciar aquellas prácticas artísticas que sepan desafiar el discurso hegemónico de las que lo reifican, usando el arte para el control social. Para conseguir dicho objetivo se describe el concepto del “dispositivo artístico” y se lo aplica al arte contemporáneo, la arteterapia, así como diferentes métodos de investigación que emplean el arte. Respecto a los últimos se pone un especial énfasis en los umbrales entre arte y etnografía. En este contexto, el análisis de las distintas prácticas artísticas permite una comprensión más profunda sobre las posibilidades de desafiar la hegemonía con el arte y de retar los límites y fronteras institucionales.<hr/>Resumo: Este artigo explora diversas maneiras diferentes em que a arte tem sido integrada e rearticulada por várias disciplinas ao longo das últimas décadas. Face a uma nova tendência -um aumento contínuo na inclusão da arte em diferentes disciplinas-, uma análise crítica parece necessária para distinguir as práticas artísticas que desafiam o discurso hegemônico daquelas que o reificam e usam a arte para o controle social. Para alcançar esse objetivo, o conceito de “dispositivo artístico” é descrito e aplicado à arte contemporânea, à arteterapia e a diferentes métodos de pesquisa que utilizam artes. Com relação ao último, um enfoque particular será dado aos encontros da arte com a etnografia. Analisar diferentes práticas artísticas nesse contexto permite um entendimento aprofundado de como utilizar a arte para contestar a hegemonia e desafiar limites e fronteiras institucionais. <![CDATA[A poética do ascenso e do descenso. Uma montagem de duas variações em torno a imagens de caminhantes na Colômbia]]> http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1900-54072018000400061&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Resumen: Tanto las crónicas de la conquista, pasando por los relatos de los exploradores de la colonia y temprana república, como los desplazamientos de las violencias contemporáneas, muestran una relación importante entre violencia y territorio, cuya encarnación plástica está testimoniada en una serie de imágenes que también hacen parte de la memoria sobre los hechos oprobiosos del pasado de los colombianos. En el presente artículo quiere mostrarse la posibilidad de acceder a una suerte de dimensión topográfica o espacial de la memoria a través de algunas imágenes en las que se muestra de modo patético esta relación entre territorio y violencia. Para acometer el objetivo del artículo se tratará de mostrar en qué sentido una forma compositiva como el montaje, caracterizada a partir de la práctica historiográfica de Aby Warburg, puede dar cuenta de la poética del territorio expresada en algunas imágenes de caminantes del siglo XIX y del siglo XX.<hr/>Abstract: The chronicles of the conquest, the stories of the explorers of the colony and the early republic, and forced displacement due to contemporary violence, have revealed an important relationship between violence and territory whose plastic incarnation is witnessed in a series of images that also represent the memory of the opprobrious facts pertaining to the Colombians' past history. In this article, we outline the possibility of accessing a sort of topographical or spatial dimension of memory through various images in which this relationship between territory and violence is patently revealed. In order to fulfill the purpose of the article, we will try to demonstrate how the way in which a compositional form such as the montage, characterized by the historiographic practice of Aby Warburg, can render account of the poetics of space that is expressed in some travelers’ images of the nineteenth and twentieth centuries.<hr/>Resumo: As crônicas da conquista, passando pelos relatos dos exploradores da colônia e do início da república, até os deslocamentos das violências contemporâneas mostram uma relação importante entre violência e território, cuja encarnação plástica está retratada em uma série de imagens que também fazem parte da memória sobre os acontecimentos desonrosos do passado dos colombianos. No presente artigo, deseja-se mostrar a possibilidade de entrar em um tipo de dimensão topográfica ou espacial da memória por meio de algumas imagens nas quais essa relação entre território e violência se revela de modo patético. Para alcançar o objetivo do artigo, trata-se de mostrar em que sentido uma forma compositiva como a montagem -caracterizada a partir da prática historiográfica de Aby Warbung- pode evidenciar a do território expressa em algumas imagens de caminhantes do século XIX e do século XX. <![CDATA[Usos do documentário interativo e das tecnologias transmídia na recriação dos centros clandestinos de detenção da ditadura argentina]]> http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1900-54072018000400079&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Resumen: Este artículo trata sobre la producción de dispositivos interactivos digitales en la representación de experiencias masivas de violencia. Para ello se analizan los procesos de transposición a tales formatos de los centros clandestinos de detención que funcionaron durante la última dictadura en Argentina (1976-1983). Se describirán las propiedades de estos dispositivos, los usos dados a estos y el tipo de imaginación histórica y técnica que promueven. Se propone una reflexión de las distintas dimensiones que permiten configurar estos dispositivos como “documentos” de la catástrofe y estar habilitados para ingresar a la escena judicial como pruebas materiales de la violencia. Para efectuar este trabajo se realizaron entrevistas en profundidad, observación y participación en la elaboración de uno de estos documentales interactivos.<hr/>Abstract: This article deals with the production of interactive digital devices in the representation of mass experiences of violence. To this end, I describe the transposition of the clandestine detention centers that operated during the last dictatorship in Argentina (1976-1983) to such formats. I will describe the properties of these devices, the uses given to them and the type of historical and technical imagination they promote. I proposed a reflection of the different dimensions that allow these devices to be configured as "documents" of the catastrophe and considered as enabled to enter the judicial scene as evidence of the violence. The methodology for this work consists of in-depth interviews, observation and participation in the production of one of these interactive documentaries.<hr/>Resumo: Este artigo trata da produção de dispositivos digitais interativos na representação de experiências massivas de violência. Para isso, analisam-se os processos de transposição a tais formatos dos centros clandestinos de detenção que funcionaram durante a última ditadura na Argentina (1976-1983). Descrevem-se as propriedades desses dispositivos, os usos dados a eles e o tipo de imaginação histórica e técnica que promovem. Propõe-se uma reflexão das diferentes dimensões que permitem configurar esses dispositivos como “documentos” da catástrofe e habilitá-los para ingressar à cena judicial como provas materiais da violência. Para efetuar esse trabalho, foram realizadas entrevistas aprofundadas, observação e participação na elaboração de um desses documentários interativos. <![CDATA[Entre o público e o íntimo. O lugar do projeto <em>AppRecuerdos</em> nas propostas de memória coletiva - Chile]]> http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1900-54072018000400105&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Resumen: El siguiente artículo tiene por objetivo describir y analizar el lugar que ocupa la obra AppRecuerdos en la memoria colectiva accionada en Chile a partir de 1990, enfatizando en los principios artísticos-estéticos, conceptuales y metodológicos que dan origen y forma al proyecto. Por una parte, interesa proponer lecturas reflexivas respecto al impacto despertado por la intencionada inclusión artística de relatos personales de acontecimientos de violencia política y de vida cotidiana ocurridos entre 1973-1990, y, por otra, pensar nuevas posibilidades de establecer una interacción entre los sujetos, la memoria y la ciudad a partir de una obra que se piensa desde el presente. Desde el problema del escuchar, habitar la ciudad y estar allí se realiza un análisis antropológico y estético que da cuenta de las condiciones contemporáneas que permiten repensar las experiencias del caminar y del sonido como zonas experienciales performativas para la transmisión e inscripción de las memorias individuales y colectivas en el espacio urbano. Para ello, el texto traza, en primer lugar, algunos elementos centrales de la gestión de la memoria colectiva desarrollada desde 1990 hasta el presente, proponiendo claves para comprender la emergencia de la obra. Segundo, se describen el proyecto AppRecuerdos y las condiciones de su puesta en marcha e implementación. Por último, se propone un análisis de la obra atendiendo a la insolvencia de la noción memoria colectiva, a la relación entre memoria, lugar y ciudad, y a la revelación de la aplicación como espacio activo y sensorial.<hr/>Abstract: The purpose of this article is to describe and analyze the place occupied by the work AppRecuerdos in the collective memory that was implemented in Chile in 1990, emphasizing the artistic-esthetic, conceptual and methodological principles from which the project emerged and based on which it is shaped. On the one hand, it is interesting to propose reflexive readings regarding the impact caused by the intentional artistic inclusion of personal accounts from political events, violence, and daily life which occurred between 1973-1990 and, on the other, to think about new possibilities to establish an interaction between the subjects, memory, and the city from a work whose conception is based in the present. From the problem of listen, live in the city and being there, an anthropological and esthetic analysis is undertaken that accounts for the contemporary conditions that allow us to rethink the experiences of walking and sound as performative experiential areas for the transmission and inscription of individual and collective memories in the urban space. To do so, the text traces, in the first place, some central elements of collective memory management, which have been developed since 1990, proposing keys to understand the emergence of the work. Second, I describe the AppRecuerdos project and the conditions of its implementation. Finally, I propose an analysis of the work, taking into account the insolvency of the notion from collective memory; the relationship between memory, place, and city; and the revelation of the application as an active and sensory space.<hr/>Resumo: O presente artigo tem por objetivo descrever e analisar o lugar que a obra AppRecuerdos ocupa na memória coletiva acionada no Chile a partir de 1990, com ênfase nos princípios artísticos-estéticos, conceituais e metodológicos que dão origem e forma ao projeto. Por um lado, deseja-se propor leituras reflexivas com respeito ao impacto despertado pela intencionada inclusão artística de relatos pessoais de acontecimentos de violência política e de vida cotidiana ocorridos entre 1973-1990 e, por outro, pensar novas possibilidades para estabelecer uma interação entre os sujeitos, a memória e a cidade por meio de uma obra que é pensada a partir do presente. Com base no problema do escutar, habitar a cidade e estar aí, realiza-se uma análise antropológica e estética que trata das condições contemporâneas que permitem repensar as experiências do caminhar e do som como zonas experienciais performativas para a transmissão e inscrição das memórias individuais e coletivas no espaço urbano. Para isso, o texto traça, primeiramente, alguns elementos centrais da gestão da memória coletiva desenvolvida desde 1990 até o presente e propõe chaves para compreender a emergência da obra. Em segundo lugar, o projeto AppRecuerdos e suas condições de funcionamento e implementação são descritos. Por último, propõe-se uma análise da obra que atende à insolvência da noção de memória coletiva, à relação entre memória, lugar e cidade e à revelação da aplicação como espaço ativo e sensorial. <![CDATA[O resplendor da selva invisível: para uma fenomenologia das significações não vistas]]> http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1900-54072018000400125&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Resumen: Los autores que analizan el grafismo amerindio han señalado en múltiples ocasiones el papel primordial que ocupa en estos la categoría invisible. Sin embargo, paradójicamente, este invisible no se da como falta o carencia de visibilidad, puesto que no se presenta como la negación de la visibilidad sino, al contrario, como exceso de esta. Es por nuestra incapacidad de recibir la totalidad de lo que se da, que ciertas cosas permanecen invisibles. Mostramos en este trabajo que la fenomenología de la donación de Jean-Luc Marion nos permite pensar la invisibilidad por exceso de visibilidad, gracias a la categoría “fenómenos saturados”, aplicada al análisis del ídolo y del ícono. Utilizando el modelo fenomenológico de la anamorfosis, mostramos que la invisibilidad por exceso nos impone repensar tanto la relación entre el Sujeto y lo que aparece como la modalidad de lo invisible, que deja de ser representado para ser significado. El Sujeto debe abandonar su primacía trascendental y hacerse secundario frente al fenómeno, con el fin de poder recibir la significación invisible que se da detrás de la pobreza representativa del arte amazónico. Así, partiendo de diferentes perspectivas, tanto los estudios amazónicos como la fenomenología nos permiten superar las aporías del fin de la metafísica.<hr/>Abstract: Authors analyzing Amerindian graphism have noted, on several occasions, the important role played by the category of the invisible. Nonetheless, and paradoxically, this invisible is not given as a lack of visibility since it is not introduced as a denial of visibility but rather, on the contrary, as its excess. It is due to our incapacity to receive the wholeness of what is given, that certain things remain invisible. This work shows that Jean-Luc Marion’s phenomenology of givenness allows us to consider invisibility due to the excess of visibility, through the category of “saturated phenomena” applied to the analysis of the idol and the icon. Using the phenomenological model of anamorphosis, it is demonstrated that invisibility due to excess, makes us rethink the relationship between the Subject and what appears, and the modality of the invisible, which is not represented but signified. The Subject must abandon its transcendental primacy and make itself secondary with regards the phenomenon, in order to receive the invisible significance that is given behind the representative poorness of the Amazonian art. As such, from different perspectives, both Amazon studies and phenomenology allow us to overcome the end of metaphysics.<hr/>Resumo: Os autores que analisam o grafismo ameríndio assinalaram em múltiplas ocasiões o papel primordial que a categoria invisível ocupa nele. No entanto, paradoxalmente, esse invisível não se dá como falta ou carência de visibilidade, já que não se apresenta como a negação da visibilidade, mas, ao contrário, como excesso. É devido à nossa incapacidade de receber a totalidade do que se dá que certas coisas permanecem invisíveis. Mostramos neste trabalho que a fenomenologia da doação de Jean-Luc Marion nos permite pensar a invisibilidade como excesso de visibilidade, graças à categoria “fenômenos saturados”, aplicada à análise do ídolo e do ícone. Ao utilizar o modelo fenomenológico da anamorfose, mostramos que a invisibilidade por excesso nos obriga a repensar tanto a relação entre o Sujeito e o que aparece quanto a modalidade do invisível, que deixa de ser representado para ser significado. O Sujeito deve abandonar sua primazia transcendental e tornar-se secundário diante do fenômeno, com o fim de poder receber a significação invisível que ocorre por trás da pobreza representativa da arte amazônica. Assim, ao partir de diferentes perspectivas, tanto os estudos amazônicos quanto a fenomenologia nos permitem superar as aporias do fim da metafísica. <![CDATA[“Parassítios” fotográficos e etnográficos dos sistemas religiosos de inspiração afro]]> http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1900-54072018000400149&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Resumen: A partir del trabajo etnográfico y fotográfico realizado entre 2007 y 2018 en Colombia y Cuba, el artículo discute las tensiones existentes entre la imagen fotográfica y la producción de archivos como formas de memoria en relación con los sistemas religiosos de inspiración afro presentes en el país; fundamentalmente, el acercamiento atañe a los espacios de religiones diaspóricas provenientes de Cuba. Por esta vía se cuestionan las relaciones y comprensiones sobre la imagen dentro de los escenarios religiosos etnografiados a lo largo de estos años. Al mismo tiempo se ponen en evidencia la insuficiencia y la necesidad de repensar nociones como ser y representar, derivadas de las prácticas, los espacios y las experiencias cotidianas y colaborativas de los practicantes con el investigador. Así, el artículo y las fotografías que aquí se presentan buscan otorgar un lugar diferente al que estas tienen en la producción de conocimiento, que va más allá de considerarlas como formas de archivar la memoria y la realidad o simples acompañantes accesorios del lenguaje escrito. Finalmente, lo anterior emerge como un intento de hacer una “otra” antropología de la imagen -a partir de la imagen fotográfica-, en la que se comprende que la fotografía tiene un carácter dinámico y de multiplicidad que la hace conectar con distintas dimensiones económicas, estéticas, históricas, políticas y socioculturales, entre otras. Esto deviene en narrativas del mundo asimismo múltiples, atravesadas por la contradicción y que no pretenden emular ni calcar la realidad.<hr/>Abstract: Based on ethnographic and photographic work conducted between 2007 and 2018 in Colombia and Cuba, this article discusses the tensions between the photographic image and the production of archives as forms of memory of the country's Afro-inspired religious systems. Fundamentally, the approach relates to diaspora religions from Cuba, and, in such manner, the article questions the relations and understandings of the image within religious scenarios in ethnographic research conducted throughout these years. At the same time, it reveals the shortfall and need to rethink notions such as being and representing, derived from the practices, spaces, and daily and collaborative experiences of the practitioners with the researcher. Thus, the article and the photographs presented here seek to grant a different space to that which these currently hold in the production of knowledge, that goes beyond considering them as ways to archive memory or as simple accessories to the written word. Finally, the above emerges as an attempt to conduct an-“other” anthropology of image -based on the photographic image-, in which it is understood that photography has a dynamic nature of multiplicity, which connects it to different dimensions including the economic, aesthetic, historical, political and sociocultural. This gives way to narratives of the world that are equally multiple, traversed by contradiction, and which do not intend to emulate or mirror reality.<hr/>Resumo: A partir do trabalho etnográfico e fotográfico realizado entre 2005 e 2018 na Colômbia e em Cuba, este artigo discute as tensões existentes entre a imagem fotográfica e a produção de arquivos como formas de memória em relação com os sistemas religiosos de inspiração afro presentes no país; fundamentalmente, a aproximação refere-se aos espaços de religiões diaspóricas provenientes de Cuba. Nesse sentido, questionam-se as relações e compreensões sobre a imagem dentro dos cenários religiosos etnografados ao longo desses anos. Ao mesmo tempo, evidenciam-se a insuficiência e a necessidade de repensar noções como ser e representar, derivadas das práticas, dos espaços e das experiências cotidianas e colaborativas dos estagiários com o pesquisador. Assim, este artigo e as fotografias que aqui são apresentadas pretendem outorgar um lugar diferente ao que estas têm na produção de conhecimento, que vai mais além de considerá-las como formas de arquivar a memória e a realidade ou simples acessórios da linguagem escrita. Finalmente, isso emerge como tentativa de fazer uma “outra” antropologia da imagem -a partir da imagem fotográfica-, na qual se compreende que a fotografia tem um caráter dinâmico e de multiplicidade que faz conectar com diferentes dimensões econômicas, estéticas, históricas, políticas e socioculturais, entre outras. Isso deriva em narrativas do mundo igualmente múltiplas, atravessadas pela contradição e que não pretendem emular nem calcar a realidade.