Objetivo/Contexto:

El artículo se basa en el análisis de fotografías tomadas en la Misión Laishí (Orden de los Franciscanos Menores, 1901-1950), en el Territorio Nacional de Formosa (Argentina). Dicha Misión estaba destinada a la población qom y fue un proyecto educativo en el que se produciría la regeneración de los grupos por medio de una educación sistemática. El objetivo es identificar de qué manera fueron utilizadas estas fotografías como representación del éxito del proyecto, en especial, en el campo de la producción generizada de los cuerpos en forma diferenciada, junto con la cimentación de una subjetividad construida vinculada a la conversión al catolicismo.

Metodología:

Se estudiarán las fotografías desde una perspectiva interseccional (es decir que reconoce las relaciones entre múltiples identidades) y se usarán los aportes de la perspectiva de género para leer las jerarquías y los roles que estaban siendo construidos entre las y los indígenas en el contexto del trabajo misional.

Originalidad:

Se interpreta un corpus de imágenes poco estudiadas, las cuales son analizadas desde una perspectiva de género y entendidas como el espacio donde confluye un entramado nunca neutral de intereses y sujeciones.

Conclusiones:

Las fotografías analizadas comprueban que las performatividades instauradas en los cuerpos de niños, niñas, varones y mujeres, a través del trabajo y la educación, como tecnologías blandas, reforzaron la pretendida civilización de las y los indígenas, junto con la conversión a las normas de los géneros, lo cual condujo a reforzar las representaciones propias de la modernidad europea.

Objective/Context:

This article is based on the analysis of photographs taken at the Laishí Mission (Order of Franciscan Friars Minor, 1901-1950), in the National Territory of Formosa (Argentina). This Mission was intended for the Qom people, as an educational project, in which the regeneration of indigenous groups would be achieved through systematic education. The objective is to identify how these photographs were used to represent the success of the project, especially in the field of gendered production of bodies in a differentiated form, together with the foundation of a constructed subjectivity linked to the conversion to Catholicism.

Methodology:

The photographs will be studied from an intersectional perspective (that is, recognizing the relationships between multiple identities) informed by a gender perspective, to interpret the hierarchies and the roles that were being constructed between indigenous people in the context of missionary work.

Originality:

A corpus of little-studied images is read through a gender perspective and understood as the space where a -never neutral- network of interests and restraints converges.

Conclusions:

The photographs prove that the performativities established in the bodies of boys, girls, men and women, through work and education, as soft technologies, reinforced the alleged civilization of the indigenous people, along with conversion to gender norms, which led to reinforcing the representations of European modernity.

Objetivo/Contexto:

este artigo está baseado na análise de fotografias tomadas na Missão Laishí (Ordem dos Franciscanos Menores, 1901-1950), no Território Nacional de Formosa (Argentina). Essa missão estava destinada à população qom e foi um projeto educativo no qual seria produzida a regeneração dos grupos por meio de uma educação sistemática. O objetivo é identificar de que maneira foram utilizadas essas fotografias como representação do sucesso do projeto, em especial, no campo da produção generizada dos corpos em forma diferenciada, junto com a consolidação de uma subjetividade construída vinculada à conversão ao catolicismo.

Metodologia:

as fotografias foram estudadas a partir de uma perspectiva interseccional (isto é, que reconhece as relações entre múltiplas identidades) e as contribuições da perspectiva de gênero são usadas para ler as hierarquias e os papéis que estavam sendo construídos entre as e os indígenas no contexto do trabalho missioneiro.

Originalidade:

é interpretado um corpus de imagens pouco estudado, o qual é analisado sob uma perspectiva de gênero e entendido como o espaço onde conflui uma estrutura de interesses e submissões nunca neutral.

Conclusões:

as fotografias analisadas comprovam que as performatividades instauradas nos corpos de crianças, de homens e mulheres, por meio do trabalho e da educação, como tecnologias leves, reforçaram a pretendida civilização das e dos indígenas, junto com a conversão às normas dos gêneros, o que conduziu a reforçar as representações próprias da modernidade europeia.

        · | | |     · |     · ( pdf )