Objetivo/Contexto:

Neste artigo, são identificados as práticas e espaços político-culturais que beneficiaram a difusão cinematográfica associada à Unidade Popular, que foi determinada tanto pela diplomacia promovida pelo governo de Salvador Allende quanto pelas dinâmicas transnacionais, no contexto geral da Guerra Fria. O objetivo é reconstruir essas instâncias de cooperação e intercâmbio de uma forma interligada, reconhecendo também os agentes que as promoveram.

Metodologia:

Sendo um estudo transnacional, o artigo está estruturado com base numa referência cruzada de fontes escritas e visuais de diferentes lugares do mundo (especialmente Chile, Cuba, França e Alemanha), e de diferentes tipos de fontes de arquivo (diplomáticas, cinematográficas e jornalísticas).

Originalidade:

Neste artigo, procura-se situar o estudo sobre o cinema relacionado com a Unidade Popular num duplo sentido: primeiro, deslocar a perspectiva nacional para uma abordagem que reconhece dinâmicas e ligações a diferentes escalas, e depois vincular o estudo do audiovisual a práticas como a diplomacia cultural.

Conclusões:

As redes de cooperação, difusão e intercâmbio cinematográfico geradas durante a Unidade Popular foram possibilitadas por iniciativas nacionais e internacionais. Estas últimas beneficiaram a coleta progressiva de material cinematográfico em instituições fora do Chile, cujo papel foi fundamental nas campanhas de solidariedade e na difusão de imagens vivas sobre o Chile depois do golpe de 1973.

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