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Bitácora Urbano Territorial

 ISSN 0124-7913

CAPILLE, Cauê    REISS, Camille. Formas de mobilidade, visibilidade e poder em Medellín: Metrocable e Parques-Biblioteca. []. , 29, 3, pp.79-90. ISSN 0124-7913.  https://doi.org/10.15446/bitacora.v29n3.67844.

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As renovações urbanas de Medellín tornaram-se modelo para a América Latina. O projeto integrado de transporte complementar ao metrô (em especial, os teleféricos) e de novos equipamentos culturais (em especial, bibliotecas públicas) abriu espaço para permitiu a atuação do Estado na melhoria da qualidade de vida nas áreas informais da cidade. No entanto, ao centralizar a gestão da mobilidade por intermédio de grandes infraestruturas de escala urbana, observa-se que os sistemas auto-organizacionais existentes são gradativamente substituídos ou sobrepostos pelo projeto estatal de renovação. É, portanto, importante compreender que esta nova "presença" (espacial e institucional) do Estado implica na modificação de sistemas de poder locais, para além da possibilidade de mobilidade urbana e acesso a serviços públicos. Este artigo analisa as culturas espaciais e territoriais dos Metrocables e dos Parques-Biblioteca. Discute, por fim, como essas culturas espaciais de acesso e domínio visual ao/do território urbano implicam em diferentes formas de poder na cidade.

^lpt^a

Urban renovations in Medellín have become a model for Latin America. The integrated project of complementary transport to the metro (especially, cable cars) and new cultural facilities (especially, public libraries) allowed the State to improve the quality of life in the informal areas of the city. However, by centralizing the management of mobility through large urban scale infrastructures, it is observed that existing self-organizing systems are gradually replaced or overlaid by the State renovation project. It is therefore important to understand that this new "presence" (spatial and institutional) of the State implies the modification of local power systems, in addition to the possibility of urban mobility and access to public services. This article analyzes the spatial and territorial cultures of the Metrocables and Library Parks. It discusses, finally, how these space cultures of access and visual domain to/from the urban territory imply in different forms of power in the city.

^len^a

Las renovaciones urbanas de Medellín se convirtieron en un modelo para América Latina. El proyecto integrado de transporte complementario al metro (en especial, los teleféricos) y los nuevos equipamientos culturales (en particular, las bibliotecas públicas) permitieron la actuación del Estado en la mejora de la calidad de vida en las áreas informales de la ciudad. Sin embargo, al centralizar la gestión de la movilidad a través de grandes infraestructuras de escala urbana, se observa que los sistemas de autoorganización existentes son reemplazados gradualmente o superpuestos por el proyecto estatal de renovación. Por lo tanto, es importante comprender que esta nueva "presencia" (espacial e institucional) del Estado implica la modificación de sistemas locales de poder, además de la posibilidad de movilidad urbana y acceso a servicios públicos. Este artículo analiza las culturas espaciales y territoriales de los Metrocables y de los Parques-Biblioteca, y discute cómo esas culturas espaciales de acceso y dominio visual al/del territorio urbano implican diferentes formas de poder en la ciudad.

^les^a

Les projets de rénovation urbaine de Medellín sont devenus un modèle d'intervention pour les gouver-nements des pays sud-americains. L'implantation de transports complémentaires au métro (de type té-léphérique) et de nouveaux équipements culturels (les bibliothèques-parcs) a permis d'améliorer la qualité de vie des habitants des quartiers informels. Cependant, en centralisant la mobilité et l'accés à la culture par de grandes infrastructures, on observe que les systèmes auto-organisationnels existants sont progressivement remplacés par ces nouveaux projets. Il est donc important de comprendre ce que cette nouvelle "présence" étatique (spatiale ou institutionnelle) implique en termes de modification des systèmes de pouvoir locaux, de mobilité urbaine, ou encore, d'accès aux services publics. Cet article analyse les cultures spatiales et territoriales des bibliothèques-parcs et des métrocables. Il développe enfin une réflexion sur la façon dont ces cultures spatiales participent à la création de nouvelles formes d'appropriation du territoire et d'organisation des différentes formes de pouvoir dans la ville.

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