Introdução e objetivo:

Ainda são escassos os estudos que avaliam com exatidão o sucesso do tratamento e retratamento endodônticos e quais as falhas que realmente impactam no desfecho dos mesmos. Determinar o índice e os fatores preditivos para o sucesso de tratamentos e retratamentos endodônticos, realizados por alunos de graduação com o mesmo nível de aprendizado.

Materiais e métodos:

Foram verificados os registros de proservação, com pelo menos 12 meses, dos tratamentos endodônticos realizados na Faculdade de Odontologia de Pelotas, analisando o sucesso ou o fracasso endodôntico, de acordo com critérios clínicos e radiográficos. As variáveis preditivas no resultado do sucesso do tratamento foram: dente, número de canais, coroa dentária, sintomas, diagnóstico da polpa e índice periapical radiográfico. As variáveis relacionadas ao tratamento foram: técnica de instrumentação, número de sessões e limite de instrumentação apical.

Resultados:

136 tratamentos endodônticos foram realizados com um acompanhamento de, pelo menos, 12 meses. A avaliação mostrou que o sucesso endodôntico foi influenciado pelo número de sessões (P = 0,015), diagnóstico inicial e grupo dentário (P= 0.014). Também foi possível observar que, quanto maior o índice periapical radiográfico inicial, pior o prognóstico endodôntico (P < 0.001).

Conclusão:

O índice de sucesso do tratamento endodôntico foi de 96.7% para casos de polpa vital, 87.5% para os casos de necrose pulpar e 92.9% em retratamentos. Estes índices foram influenciados pelo dente tratado, diagnóstico inicial, índice periapical radiográfico inicial e pelo número de sessões utilizadas no tratamento.

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