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Praxis & Saber
Print version ISSN 2216-0159
Abstract
CAICEDO TERAN, Sandra Liliana and ESPINEL, Oscar. Educação indígena kamëntzá. Criação, pensamento, escuta. Prax. Saber [online]. 2018, vol.9, n.20, pp.15-40. ISSN 2216-0159. https://doi.org/10.19053/22160159.v9.n20.2018.8294.
O presente artigo de investigação parte da ideia que a escola, como aparelho ocidental, foi imposta como estratégia homogeneizadora no marco do projeto civilizador no território colombiano durante o século XIX e constituiu-se em ferramenta fundamental da colonialidade dentro da perseguição e erradicação das manifestações culturais dos povos indígenas. Ao não existir em língua kamëntzá a palavra educação, para sua tradução, o povo tem construído equivalências onde se destacam, entre outros, a educação como criação, pensamento, experiência e saber ancestral; processos onde a língua materna, a preponderância da oralidade, o carácter que assume o coletivo dentro da vida da comunidade, nos espaços diversos e o valor dos maiores dentro da tradição e sua conservação como povo são pedra angular. No entanto, muitos destes elementos debilitaram-se, pondo em risco o que hoje se conhece como educação indígena própria e a sobrevivência cultural do povo. Paradoxalmente, a investigação desenvolvida encontra que a escola -de carácter ocidental- converteu-se, progressivamente, num espaço para transmitir a língua e o direito próprio às novas gerações kamëntzá e com isso, cimentar espaços de encontro e resguardo das tradições como povo.
Keywords : escola; educação intercultural; resistência; colonialidade; expressão oral.