Objetivo/contexto:

Neste artigo, são analisadas as eleições primárias presidenciais no Chile de 2013 a 2021. A lei estabelece que essas eleições, diferentemente de outros países da América Latina, são voluntárias, simultâneas e obrigatórias.

Metodologia:

As eleições primárias presidenciais são estudadas em três dimensões. Na primeira, as instituições que as regulam; na segunda, a participação eleitoral; na terceira, os resultados. Para a análise das instituições, é explicada a Lei 20640. Para a participação eleitoral e para os resultados das eleições primárias, é usado o método estatístico, que inclui uma análise descritiva e inferencial dos dados. Esta última, principalmente com modelos de regressão linear múltipla e gráficos de valores previstos.

Conclusões:

A participação eleitoral nas primárias prevê significativamente a participação nas eleições gerais e é fortemente determinada pelos níveis de pobreza e ruralidade das comunidades. Em termos de resultados, a experiência chilena mostra que os candidatos ideologicamente extremos nem sempre vencem e que, em algumas ocasiões - como nas eleições de 2021 -, a relação entre o resultado das primárias e o desempenho eleitoral dos candidatos no primeiro turno está longe de ser robusta.

Originalidade:

Neste estudo, são analisados três ciclos eleitorais de primárias presidenciais no Chile, combinando uma análise das instituições que regulam o processo com a aplicação de modelos estatísticos para explicar a participação e os resultados eleitorais.