Objetivo/contexto:

O trabalho oferece uma aproximação às complexas formas de inter-relação social que estabelecem, a partir de uma lógica própria, os nahuas da Serra Norte de Puebla com seu entorno e toma como exemplo quatro manifestações distintas da água: chuva, manancial, mar e rio.

Metodologia:

a informação etnográfica que sustenta este trabalho foi obtida de uma pesquisa iniciada em 1993, e que continua sendo realizada, com o objetivo de conhecer como vivem os nahuas da Serra Norte de Puebla. A informação foi recolhida diretamente no trabalho de campo mediante as técnicas de observação participante, registro etnográfico e entrevistas antropológicas a moradores nahuas que habitam os municípios de Naupan, Xicotepec, Huauchinango e Tlaola.

Conclusões:

a partir da informação etnográfica coletada, queremos demonstrar que as diferentes manifestações da água são significadas como pessoas ou agentes intencionados que atuam com base em normativas sociais regidas por uma lógica de cooperação e interdependência, que não apenas oferece fundamento para práticas de gestão responsável, mas também para modelos jurídicos que poderiam ser aplicados no México.

Originalidade:

o trabalho é relevante ao mesmo tempo que colabora com elementos para a discussão sobre a dicotomia cultura-natureza e mostra como os nahuas se vinculam -através de um modelo de interdependência- à realidade social em que vivem.

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