Objetivo:

A Nova Esquerda foi um fenômeno político cultural de caráter internacional configurado desde meados da década de 1950 e desenvolvido nas duas décadas seguintes. No caso colombiano, estudos sobre este fenômeno priorizaram seu lado político organizacional, tornando menos evidentes as dinâmicas intelectuais e os processos de recepção que, embora associados ao político, responderam a suas próprias lógicas.

Metodologia:

Através de uma revisão bibliográfica que cruza os estudos da esquerda e estudos da vida intelectual do período, aqui estabelecemos uma estrutura analítica para observar as revistas de debate intelectual e político como uma materialização da Nova Esquerda, o que nos permite expandi-la ao intelectual e inscrevê-la no contexto latino-americano.

Originalidade:

Algumas dessas revistas foram mencionadas em estudos anteriores, mas há uma falta de progresso em suas análises e na reconstrução do campo de revistas em que estão inscritas. Este texto contribui para preencher esta lacuna e, embora se concentre na década de 1960, as descrições são avançadas para a década seguinte.

Conclusões:

Conclui-se que a modernização de revistas como a Mito (1955-1962) funcionou como condição de possibilidade para o surgimento de revistas da Nova Esquerda, a ação pioneira da Tierra Firme (1958-1959) e o papel fundador da revista Estrategia (1962-1964). Também são propostas coordenadas para construir um mapa com o qual estas e outras revistas mencionadas, possam ser analisadas de forma articulada.