Antecedentes:

A ensilagem de cana-de-açúcar sem aditivos apresenta elevada perda de matéria seca (MS) devido ao alto teor de carboidratos solúveis, favorecendo o crescimento de leveduras e produção de etanol, reduzindo assim o valor nutricional da forragem conservada.

Objetivo:

Determinar o efeito do tipo de ureia (comun ou protegida) e diferentes concentrações nas características fermentativas e valor nutritivo das silagens de cana-de-açúcar.

Métodos:

Utilizou-se um delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial 2 x 2 + 1, sendo dois tipos de ureia (comun ou protegida), e duas concentrações (0,5 e 1,0% com base na matéria natural) mais o controle (silagem exclusiva de cana-de-açúcar); com seis repetições. O material foi ensilado em silos de PVC e abertos após 60 dias.

Resultados:

Não houve diferença no teor de MS e nas perdas por efluentes com adição da ureia. Em relação à fibra em detergente neutro, fibra em detergente ácido e lignina observou-se diminuição destes em relação ao controle, independente do tipo de ureia. Observou-se efeito das concentrações e do tipo de ureia para o teor de nitrogênio amoniacal, com maiores valores para a ureia comum, porém sem efeito no pH. A adição de ureia na ensilagem de cana reduziram as perdas por gases e elevaram os teores de proteína bruta, extrato etéreo e degradabilidade efetiva.

Conclusão:

O uso de 1% de ureia, independente do tipo, promove um incremento no valor nutricional da silagem de cana-de-açúcar e reduz as perdas por gases.

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