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Revista Colombiana de Sociología

versión impresa ISSN 0120-159X

Resumen

FIGUEIRO, Pablo  y  PUGLIA, María de las Nieves. Prostitutas e jogadores: economias abjetas na Argentina no início do século XX. Rev. colomb. soc. [online]. 2021, vol.44, n.1, pp.195-215.  Epub 27-Nov-2021. ISSN 0120-159X.  https://doi.org/10.15446/rcs.v44n1.87937.

As maneiras pelas quais o estado enfrentou com as práticas e corpos abjetos têm sido complexas. Na Argentina, as leis desenhadas a partir do século XIX têm uma configuração única, inspirada na moral higienista e religiosa associada a um imaginário da Nação, que deixou uma marca particular na forma como a sociedade definia certas práticas como criminosas. Em particular, enfoca-se a ligação entre legalidade, práticas econômicas e moral a partir da análise de dois casos: mulheres que praticavam a prostituição e jogadores no final do século XIX e início do século XX. Ambas práticas foram colocadas no lugar da marginalidade, suscetíveis de disputa entre as políticas punitivas e os discursos do "mal necessário", e foram objeto de políticas públicas que as tornaram inteligíveis, produzindo como subjetividade as categorias de "doente", "vicioso" e "criminoso".

Desse modo, este trabalho visa refletir sobre a articulação entre o direito e os imaginários moral, político e social em torno da ideia de Nação e de crescimento econômico após 1880. Para tanto, procura-se fazer um exercício comparativo das formas pelas quais na Argentina, foram tratadas as práticas consideradas abjetas por sua exterioridade em relação ao imaginário da sociedade hegemônica.

Com base em uma perspectiva genealógica, a partir dos debates parlamentares e da legislação da época, traça-se os esquemas cognitivos sob os quais certas práticas econômicas foram classificadas como imorais e nocivas à Nação. Para isso destacamos a relação entre dinheiro e setores populares.

No jogo, o dinheiro é moralmente "lavado" e institucionalmente marcado como dinheiro de bem público, tornando-se uma atividade "imoral" e antieconômica que promovia o desperdício em caridade, promovendo poupança e lucratividade econômica. Já no caso da prostituição, embora também seja considerada imoral, o Estado interveio na direção oposta. A conversão do mercado do sexo no tráfico europeu de escravas brancas foi a forma de tornar mais inteligíveis as migrações femininas e de quebrar certos cânones familiares e sexuais tradicionais.

Descritores: dinheiro, jogo, prostituição, sociologia econômica.

Palabras clave : apostas; economias abjetas; imaginário social; prostituição.

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