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Antipoda. Revista de Antropología y Arqueología

versión impresa ISSN 1900-5407

Resumen

GALARZA, Bárbara. O “quilombo da televisão” e a sua limpeza: um olhar antropológico sobre o barraco como tecnologia do self no oikos. Antipod. Rev. Antropol. Arqueol. [online]. 2020, n.38, pp.71-92. ISSN 1900-5407.  https://doi.org/10.7440/antipoda38.2020.04.

Objetivo/contexto:

Analiso uma prática doméstica diária realizada por donas de casa de uma cidade industrial na região dos Pampas, Argentina. As pessoas chamam essa hora do dia, informalmente, de “levantar a mesa com o quilombo da televisão de fundo”. Com vistas a entender esse âmbito da subjetivação contemporânea, inscrita no oikos da classe trabalhadora como uma tecnologia do eu, descrevo as metáforas e símbolos naturais que um programa televisivo de fofocas e escândalos de celebridades ativa.

Metodologia:

Este material é resultado de uma abordagem etnográfica às práticas realizadas, entre 2015 e 2017, por um grupo de mulheres de 25 a 55 anos. Com um enfoque dialético, a simultaneidade das tarefas domésticas é descrita e objetivada, especialmente as opacas para os atores, prestando atenção tanto no que dizem quanto no que fazem.

Conclusões:

Ao assistirem brigas em programas de fofoca na televisão, enquanto limpam a casa, as mulheres exibem uma tecnologia do eu constituída por um texto cultural, através do qual experimentam o pior de si. Essa tecnologia ativa sua limpeza e produz a animalização do sujeito e, depois, sua objetificação. Assim, o eu é transformado na ferramenta de trabalho que o corpo manipula diariamente.

Originalidade:

A visão antropológica desenvolvida para abordar o “quilombo da televisão” e sua limpeza é baseada em uma interpretação geertziana da educação sentimental das mulheres por meio de barracos. A análise cultural de seus símbolos naturais e metáforas é complementada pela explicação foucaultiana do exercício de poder que a descoberta do eu constitui para o sujeito moderno. Essa combinação torna compreensível o processo sociocultural em que as donas de casa do capitalismo tardio são identificadas com animais, esponjas e pano de chão.

Palabras clave : Argentina; etnografia; oikos; tecnologias do eu; vida doméstica..

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