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Antipoda. Revista de Antropología y Arqueología
versión impresa ISSN 1900-5407
Resumen
CAMINOS BERTON, María Fernanda y VILLARREAL, Agustín. Uma etnografia das representações e das construções midiáticas dos protestos e das resistências nas prisões de Córdoba. Antipod. Rev. Antropol. Arqueol. [online]. 2022, n.46, pp.3-22. Epub 17-Feb-2022. ISSN 1900-5407. https://doi.org/10.7440/antipoda46.2022.01.
O objetivo deste artigo é analisar as práticas de resistência e protestos nos estabelecimentos penitenciários de Córdoba, na Argentina, e refletir sobre as representações midiáticas dessas práticas. Neste artigo, centraliza-se nas construções sociais e históricas que vêm sendo reificadas no tempo nos meios de comunicação sobre uma determinada narrativa a respeito das prisões, dos presos e dos motins. Neste trabalho, pretende-se propor perspectivas locais e discutir com a exclusividade do motim como única prática de resistência instalada no imaginário social. Por isso, são abordados os sentidos nativos em seu próprio contexto de uso, por meio da análise de situações nas quais os atores atualizam suas representações sobre seu mundo social. Para cumprir com esse objetivo, parte-se de uma etnografia com pessoas privadas de sua liberdade e seus familiares. Conclui-se que as percepções locais dos protestos carcerários não necessariamente coincidem com as significações que são feitas destes a partir dos meios de comunicação. É de interesse demonstrar, nesta análise, como as subjetividades construídas historicamente mediante imagens que circulam na mídia sobre as prisões influenciam na constituição do imaginário punitivista na atual conjuntura do Isolamento Social Preventivo e Obrigatório (ASPO) para enfrentar a pandemia ocasionada pela covid-19. Este trabalho, realizado entre julho e outubro de 2020, contribui para aprofundar e tornar complexo os estudos sobre as práticas de protesto e resistências nas prisões e faz isso por meio da análise das designações de sentido que os protagonistas dão a elas. Trata-se de uma aposta para questionar, a partir da academia, a forma como as representações midiáticas classificam socialmente as pessoas privadas de liberdade.
Palabras clave : prisão; protesto; representações midiáticas; resistências; violências..