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Antipoda. Revista de Antropología y Arqueología

versão impressa ISSN 1900-5407

Resumo

CHACALTANA-CORTEZ, Sofía; MOGROVEJO, Diana  e  MORALEJO, Reinaldo A.. Um império em movimento: gênero, mobilidade feminina e acllas no Tahuantinsuyo (1400-1532 d. C.). Antipod. Rev. Antropol. Arqueol. [online]. 2024, n.55, pp.3-33.  Epub 16-Abr-2024. ISSN 1900-5407.  https://doi.org/10.7440/antipoda55.2024.01.

As pesquisas a respeito da mobilidade sobre a Qhapaq Ñan têm sido variadas. A maioria delas identifica as diferentes maneiras pelas quais a estrada determinou a dinâmica local, regional e imperial, construindo relações de troca, articulando sociedades, pessoas e territórios. Essas investigações pressupõem, explicita ou implicitamente, que foram os indivíduos masculinos que se mobilizaram para construir o Tahuantinsuyo, enquanto as mulheres teriam ficado dentro da unidade doméstica ou confinadas aos edifícios imperiais. Neste trabalho, propomos, por meio de uma perspectiva de gênero, reconhecer possíveis padrões de mobilidade das mulheres que faziam parte de coletivos femininos, algumas das quais foram identificadas como acllas (escolhidas) ou mamaconas (matronas) no território de Tahuantinsuyo. Para isso, usamos cinco casos com informações biogenéticas e análises têxteis publicadas, bem como dados etno-históricos de cemitérios em llactas incas e de eventos rituais de capacocha (ritual de obrigação para com o estado inca, no qual os bebês eram oferecidos). Foram identificadas formas de locomoção que consideram a distância a ser percorrida, a idade dos indivíduos femininos e os motivos políticos que caracterizam cada atividade e que, por sua vez, constroem identidade. Por fim, é indicado que a visualização e a análise da experiência de mobilidade dos indivíduos estão associadas a tipos de movimento relacionados a interesses políticos locais, regionais ou imperiais que revelam certas lógicas de movimento que foram ocultadas, nesse caso, as experiências femininas dentro do Tahuantinsuyo.

Palavras-chave : acllas; gênero; mamaconas; mobilidade feminina; Qhapaq Ñan.

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