Objetivo/contexto:

São descritos três projetos políticos feministas da América Latina que podemos caracterizar como críticos, uma vez que esses projetos apoiam posições que historicamente foram atribuídas à esquerda política.

Metodologia:

Como são abordadas experiências feministas específicas que não são eminentemente teóricas, recorre-se tanto às poucas teorizações produzidas pelos movimentos mencionados anteriormente, quanto a entrevistas e descrições do ativismo desses projetos políticos feministas. São empregados aspectos de uma perspectiva de estudos culturais com uma metodologia não hegemônica, desdobrando a criatividade que caracteriza os sujeitos do artigo e alguns aspectos da metodologia de Pesquisa-Ação Participativa (PAP).

Conclusões:

Mostra-se que as três propostas políticas, embora tenham diferenças entre si, têm terreno comum e pontos de convergência que são importantes para pensar de forma diferente sobre os feminismos críticos da América Latina. Especificamente, mostra-se que alguns deles compartilham três características, que são: primeiro, não nascem nem se fazem na academia; segundo, estão/vivem na comunidade; e terceiro, buscam desvendar o gênero.

Originalidade:

Este artigo apresenta uma visão geral desses feminismos que têm interessado às feministas, ao mesmo tempo em que fornece aos leitores acadêmicos uma visão dos movimentos sociais e sua linguagem. Poderia servir como ferramenta para discutir a relevância desses feminismos e expandir a discussão em curso na América Latina.