Resumo

GIL GARCIA, Julio  e  OLIVARES PEREZ-MONTT, Ricardo. A displasia de cotovelo em cães. Rev. Med. Vet. [online]. 2019, n.39, pp.55-62. ISSN 0122-9354.  https://doi.org/10.19052/mv.vol1.iss39.6.

A displasia de cotovelo (DC) é um termo geral, usado para designar uma doença hereditária poligênica do cotovelo de cães. Os ossos das articulações envolvidas são três: úmero, ulna e rádio, que dão lugar a três articulações: humerorradial, humeroulnar e radioulnar. Quatro processos configuram esta doença, independentemente ou em combinação: I) Fratura do processo coronóide medial, II) Osteocondrite dissecante do côndilo do úmero, III) Não união do processo anconeal e IV) Incongruência entre o radio e a ulna. Para contribuir para o melhor conhecimento desta doença, pesquisou-se si havia associação entre a mecânica do funcionamento das articulações do cotovelo e a DC. Para isso, e empregando os programas informáticos I-DEAS 9.0 e ABAQUS 6.3 usados na engenharia para o cálculo de reparto e distribuição de esforços em estruturas de malha, construiu-se um modelo tridimensional da articulação a partir da sua tomografia computadorizada. Assim, conseguiu-se informação exata da distribuição das forcas que atuam na superfície articular do cotovelo, tanto quando suporta as cargas do peso do animal quanto após a ação muscular seletiva. Mediante esse modelo biomecânico varias associações foram encontradas entre as zonas lesionadas na DC e as regiões articulares que fazem mais esforços mecânicos, além de permitir focar a exploração radiológica de animais com possível DC e desenhar hábitos terapêuticos no seu tratamento do trauma. Todo isso poderia constituir o começo de outros possíveis estudos epidemiológicos e biomecânicos mais complexos.

Palavras-chave : Displasia de cotovelo; articulação de cotovelo; biomecânica; modelagem.

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