Objetivo/contexto:

A vitalidade organizacional dos partidos políticos é entendida como a capacidade que estes têm para aderir ativistas, mantê-los aliados à organização e unidos entre eles. Partidos mais vitais reproduzem maior participação de seus ativistas e aumentam sua capacidade para resistir circunstâncias oscilantes e choques exógenos. Quatro condições explicam a reprodução da vitalidade dos partidos políticos, a saber: o trauma, o propósito programático, os canais de ambição e as barreiras de saída. O objetivo deste trabalho é analisar os níveis de vitalidade do partido Centro Democrático (CD), Colômbia, desde o ano de sua criação (2013) até 2020.

Metodologia:

Neste trabalho, é analisado o caso do CD. A justificativa empírica provém, fundamentalmente, de entrevistas a profundidade com (ex)líderes, (ex)ativistas do CD e especialistas no partido. Além disso, fazemos uso de fontes secundárias.

Conclusões:

Um dos principais achados deste trabalho é que a vitalidade do CD é moderada. O trauma tem uma relação positiva e forte com a vitalidade, enquanto o propósito, as barreiras de saída e os canais de ambição têm efeitos também positivos, mas menores em relação aos produzidos pelo trauma. Uma variável que modera o comportamento dos fatores explicativos da vitalidade é a forte liderança personalista do fundador do partido, o ex-presidente Álvaro Uribe.

Originalidade:

Este trabalho contribui para a compreensão das estruturas organizacionais dos partidos políticos e para seu impacto sobre o desempenho destes.