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Revista Latinoamericana de Bioética

versão impressa ISSN 1657-4702versão On-line ISSN 2462-859X

Resumo

MARCOS, Alfredo. EM UMA FILOSOFIA PRÁTICA DA CIÊNCIA: ESPÉCIES BIOLÓGICAS E DEBATE ÉTICO. rev.latinoam.bioet. [online]. 2010, vol.10, n.2, pp.108-123. ISSN 1657-4702.

A filosofia da ciência abriu-se nas últimas décadas para questões de caráter prático. Assim, felizmente, tem-se retomado o diálogo com o pensamento social, moral e político. Temos uma mostra significativa deste fenômeno no debate que está sendo produzido em torno do conceito de espécie. Recordemos que este conceito chave em biologia, que aparece no título do livro mais determinante da biologia contemporânea, A Origem das Espécies, de Charles Darwin, constitui-se um tópico de investigação habitual, portanto, para os fílósofos da ciência. Além disso, este conceito tem se feito presente recentemente no centro da deliberação ética. Por exemplo: com frequência se aborda a preservação da biodiversidade como questão política e moral. Aqui a noção de espécie, obviamente, é peça principal. Também o é no que se refere às nossas relações com o resto dos seres vivos, problema este que se materializa em debates muito mais concretos e até cotidianos como o dos pressupostos direitos dos animais, o do vegetarianismo, o das touradas e o da experimentação em animais. Quando se alega que o trato com outros viventes ou com os demais seres sencientes não deve estar condicionado à espécie a qual pertencem - o especismo é injustiço, diz-se - está se colocando em questão, ao mesmo tempo, a dignidade e a natureza do próprio ser humano. Aprecia-se, pois, a atualidade e a profundidade destes debates, a importância que hoje se cobra da deliberação prática da noção de espécie, assim como pode ser pertinente, neste ponto, a colaboração entre filósofos morais e da ciência. Para contribuir com este diálogo, proponho-me, em primeiro lugar, a ampliar um pouco a caracterização da filosofia da ciência como filosofia prática e como interlocutora necessária na deliberação ética (parte 1). Em segundo lugar, apresentarei a questão no que concerne ao debate atual sobre o conceito de espécie (parte 2). Em terceiro lugar, veremos a importância que este conceito tem adquirido em contextos práticos através de um caso concreto, paradigmático em muitos sentidos, o chamado dilema do anti-especista (parte 3). Terminarei minha contribuição com um resumo conclusivo do qual adianto a tese principal, a saber, que a noção de espécie humana (Homo sapiens) deveria ser evitada em contextos morais e substituída por outras como, quiçá, família humana. Apontarei também algumas linhas para seguirmos refletindo, inspiradas em ideias de Aristóteles, Jonas e MacIntyre (parte 4).

Palavras-chave : Filosofia da ciência; ética; biodiversidade; espécies; moral.

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