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Anagramas -Rumbos y sentidos de la comunicación-

versão impressa ISSN 1692-2522versão On-line ISSN 2248-4086

Resumo

IVONETE. Mídia Negra e Desigualdade na Estrutura Midiática: Apontamentos sobre Brasil e Estados Unidos. anagramas rumbos sentidos comun. [online]. 2021, vol.20, n.39, pp.223-242.  Epub 28-Maio-2021. ISSN 1692-2522.  https://doi.org/10.22395/angr.v20n39a10.

O objetivo deste artigo é analisar a articulação entre racismo e políticas de comunicação (para promover ou restringir a diversidade racial) e o seu reflexo na organização dos sistemas midiáticos. A investigação se concentra no Brasil e Estados Unidos, países que possuem trajetórias bastante distintas na regulação e promoção da diversidade racial na comunicação. No contexto norte-americano, houve leis explícitas que limitavam o acesso dos afro-americanos às concessões, contudo ações afirmativas foram implementadas para introduzir maior pluralidade no setor. No Brasil, por outro lado, não houve limitações formais, o que, no entanto, não implicou a redução da desigualdade na estrutura midiática. Nessa investigação adota-se como metodologia a análise documental (leis e relatórios) para mapear as políticas de comunicação e a participação da mídia negra nos sistemas midiáticos, e entrevistas com proprietários da mídia negra. Como principal resultado, a pesquisa revela que as políticas de ação afirmativa para empregar profissionais negros e promover maior diversidade racial nesse campo refletem-se, ainda hoje, em um cenário mais plural nos EUA se comparado ao brasileiro. O Brasil, com 56 % da população negra, possui 10 portais de notícias e uma revista, enquanto os Estados Unidos, com 14 % de afro-americanos na sua população, somam pouco mais de 500 mídias negras. Entretanto, nos dois países estudados evidencia-se a dificuldade de promoção da diversidade racial na comunicação, seja pelo obstáculo de avançar no debate e na criação dessas políticas, como o caso brasileiro, ou pelo retrocesso e descontinuidade da política de ação afirmativa verificado nos Estados Unidos.

Palavras-chave : controle da mídia; política de comunicação; relações raciais; grupos raciais; negros; afro-americanos; racismo; ações afirmativas.

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