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Revista de Relaciones Internacionales, Estrategia y Seguridad

versão impressa ISSN 1909-3063

rev.relac.int.estrateg.segur. vol.7 no.2 Bogotá jul./dez. 2012

 

EDITORIAL

Cada número representa um desafio especial na medida em que as metas estabelecidas vão se expandindo e aprofundando. Uma delas é coletivizar o progresso ou resultados das diferentes pesquisas, a outra é respeitar o processo de indexação que fortalece, sustenta e torna visíveis as revistas tanto no país como internacionalmente. Um terceiro objetivo é o de abordar os mais recentes acontecimentos na política nacional e internacional como o processo de paz negociado com as Farc, proposto pelo governo do presidente Santos, e também a decisão desfavorável da Haia, na qual se ampliou o espaço marítimo da Nicarágua em detrimento do colombiano. Ainda que nesta edição não haja nenhuma referência a tais acontecimentos, o que se pretende é realizar um convite para que estas questões sejam abordadas de maneira séria e objetiva desde uma perspectiva acadêmica, que leve a uma reflexão e transcenda às agências governamentais e na ausência de uma real sinergia entre governo e academia permita tomar decisões em casos transcendentais com o aval de especialistas em vários temas.

A política pública, como o próprio nome indica, é a resposta para as demandas da população em geral, porque exige a participação de todos para que as diretrizes e tomadas de decisões beneficiem a todos. Certamente, se houvesse uma cultura mais ativa entre academia e governo, os assuntos governamentais funcionariam melhor.

Por outro lado, neste editorial pretende-se comentar alguns aspectos da reforma propostas pelo Publindex. Não há dúvida de que a boa qualidade das revistas indexadas depende das pessoas que se unem para alcançar um bom produto. São elas: os autores dos artigos, os revisores ou os pares que são especialistas internos e externos, os comitês editoriais e científicos, o editor e a instituição ou as instituições que as apoiam e aprovam. Nesse sentido, todas as revistas devem respeitar os requisitos Publindex, o que representa um desafio, não só para os editores, mas também para os escritores que procuram divulgar seus produtos de pesquisa.

Atualmente, a classificação está baseada na política de avaliar os processos de pesquisa nas instituições, nos grupos de pesquisa e pesquisadores, cuja função é essencial para a publicação dos resultados das pesquisas por meio de artigos que são classificados em três tipos: de pesquisa, de reflexão e de revisão, que devem ser avaliados por pares anônimos externos ou em alguns casos internos, para garantir a qualidade científica.

Desde Colciencias - Publindex propõe criar um Novo Modelo de Medida (NMM), que preocupa os editores e autores. Neste editorial, grosso modo, se fará um pequeno comentário sobre a questão levantada. Tanto os editores como a comunidade acadêmica em geral partilham a opinião de que deve haver um rigoroso controle de qualidade científica e que para atingir esta meta devem ser cumpridos todos os requisitos para conseguir o reconhecimento da Publindex. No entanto, o NMM torna-se um obstáculo para as publicações seriadas, dado que algumas novas exigências são muito grandes e no final acabará com a extinção de muitas delas, porque será impossível cumprir com os novos parâmetros.

Apesar de existirem alguns pontos que certamente apoiarão e endossarão boas publicações, outros não sugerem alterações substanciais, mas que podem confundir à medida que estão encaminhadas a eliminar a tipologia de artigos para deixar somente um tipo de pesquisa e inovação, baseado no que seja original e que nunca tenha sido publicado.

Ao se analisar com cuidado, nota-se que não há mudança, levando em consideração que a tipologia atual que se pretendia mudar responde totalmente à investigação. No caso dos artigos do tipo 2 e 3 -reflexão e revisão- eram aplicados sobre os produtos de pesquisa, o que resultava em algo novo e sem precedentes.

Outra mudança é o número de artigos da categoria C e B, que passariam de 9 a12 e de 11 a15, respectivamente. Embora, à primeira vista, a diferença seja pequena, corresponde a 33,4% e 36,3%, o que exerce pressão sobre muitos editores e, algumas vezes, pode levá-los a preencher as revistas com artigos de má qualidade.

Sobre a restrição de que os artigos publicados por autores pertencentes à instituição editora correspondam a 25%, é positiva e muito importante, porque exige romper com a endogamia e acabar com práticas que não deixam dúvida sobre a seleção objetiva de artigos dentro das instituições.

Apesar de que as mudanças foram anunciadas com antecedência, devem ser progressivas para que não existam traumatismos e assim garantir que muitas publicações sejam de vanguarda. Para isso, deve-se examinar cuidadosamente o entorno e não passar de 0 a 100. Um período de transição é o ideal, mudando os requisitos um por um.

Além do mencionado, sobre a publicação de revistas indexadas como veículos de transmissão de conhecimento científico, sem dúvida existem outras variáveis que devem ser levadas em conta para o avanço da pesquisa no país, como o investimento em vários centros de pensamentos, sejam universidades, institutos especializados e outros. A Colômbia tem posposto um progresso na pesquisa como prioridade e isso se deve ao baixo orçamento, além de que os currículos e os projetos educativos institucionais das diferentes entidades não estão em direta concordância com isto.

No entanto, o problema mais grave é que não se desenvolve sob a perspectiva de uma política de Estado, como deveria ser, mas sim de acordo com os parâmetros do governo, que por sua vez são ditados por interesses políticos mais lucrativos. O resultado: inconsistência e improvisação, que detém qualquer tentativa de continuidade e produz atraso. Sendo assim, a avaliação do progresso em pesquisa no país torna-se inviável porque cada governo cria, estabelece e executa seus projetos quase a partir de zero.

Não obstante, desde a academia, continuaremos a fazer esforços que sejam possíveis para fortalecer a pesquisa e realizar progressos significativos. Isso compromete as universidades e institutos de pesquisa a melhorar os padrões de qualidade de suas publicações e se manter entre as melhores a fim de se ajustar e responder as novas diretrizes Publindex-Colciencias, que ajudam e apoiam a aceder às bases de dados internacionais.

Alejandra Ripoll
Editora