Objetivo:

este artigo estuda a representação do sujeito político na ideologia do Partido Comunista da Colômbia (PCC) antes e depois da viragem antifascista da Frente Popular (1935), através da análise de dois conceitos de identidade, classe e nação.

Metodologia:

a investigação baseia-se em fontes primárias não publicadas de arquivos nacionais e regionais, imprensa e documentos comunistas publicados, analisados com base na história conceptual e na análise morfológica das ideologias.

Originalidade:

longe de descrever o PCC como inadequado à realidade nacional e o seu apoio ao governo de Alfonso López como uma atitude de autosserviço, o estudo, baseado num novo corpus de documentos, está interessado no andaime ideológico do PCC e entende a mudança na representação do sujeito político como uma alteração da ordem conceptual interna.

Conclusões:

a deslocação do conceito de nação de uma posição marginal para uma posição central na ideologia comunista com a política da Frente Popular, o que a torna o lugar legítimo de enunciação do sujeito político em detrimento da ideia de classe, explica-se pela reformulação do princípio das maiorias no conceito de democracia, pela reafirmação do anti-imperialismo e do mundo do trabalho como atributos do povo, bem como pelo reconhecimento da história nacional em consonância com a ideologia liberal.