Objetivo/contexto:

Neste artigo, questiona-se a presença de alunos da Universidad Nacional entre os leitores da Biblioteca Nacional durante a primeira metade da década de 1870. Embora alguns observadores da época considerassem a biblioteca inoperante, a instituição foi um agente ativo na circulação de livros em Bogotá: um espaço de sociabilidade estudantil e um lugar de saber universitário.

Metodologia:

Primeiramente, é apresentada a relação institucional entre a biblioteca e a universidade. A seguir, são caracterizados os alunos e sua leitura na biblioteca. Por fim, as leituras registradas são analisadas com relação aos programas dos cursos da Universidad Nacional, o desempenho acadêmico dos alunos, a apresentação de discursos públicos e a frequência da presença de alunos que são de outras regiões, que não seja Bogotá e adjacências.

Originalidade:

Em um cenário reformista de educação, defendido pelos governos liberais durante a década de 1870, a Biblioteca Nacional foi qualificada como “anacrônica” e “inútil” por alguns atores do século xix. Esses julgamentos críticos tornaram-se um clichê na historiografia. A análise de novos documentos, em particular do leitor da biblioteca -fonte inédita- enriquece o universo da apropriação da leitura e oferece elementos empíricos que reivindicam a centralidade da instituição em um momento de lutas políticas e ideológicas.

Conclusões:

Fica evidente que os jovens alunos da Universidad Nacional utilizaram os livros do acervo público em espaços acadêmicos de formação profissional, o que põe em xeque a ideia de sua ineficácia e questiona os motivos que originaram as críticas liberais.

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