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Revista Interamericana de Bibliotecología

Print version ISSN 0120-0976

Rev. Interam. Bibliot vol.40 no.2 Medellín May/Aug. 2017

https://doi.org/10.17533/udea.rib.v40n2a04 

Artículos de Investigación

Utilização do recurso hipermidiático vídeo em periódicos científicos: estudo do Journal of Visualized Experiments (JOVE)

The Use of Hypermedia Videos in Scientific Journals: A Study of the Journal of Visualized Experiments (JOVE)

Utilización del recurso hipermediático video en revistas científicas: estudio de la Journal of Visualized Experiments (JOVE)

Charles Rodrigues1 

Angel Freddy Godoy-Viera2 

1 Doutorando em Ciência da Informação e Mestre em Ciência da Informação pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Bibliotecário da Prefeitura de Itajaí/SC - Brasil. falecomcharles@yahoo.com.br orcid.org/0000-0002-9344-1651

22 Doutor em Engenharia de Produção e Mestre em Ciência da Computação pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Professor do Programa de PósGraduação em Ciência da Informação da UFSC, Brasil. a.godoy@ufsc.br orcid.org/0000-0001-6657-4734


Resumo:

Neste artigo, discute-se a utilização do recurso hipermidiático vídeo em periódicos científicos. Para isso, realizou-se uma análise doJournal of Visualized Experiments(JOVE). A fundamentação conceitual se divide em duas partes: na primeira, expõem-se as possibilidades de utilização dos recursos hipermidiáticos nos periódicos científicos; e, na segunda, evidenciam-se os benefícios da utilização de vídeo e as experiências de alguns periódicos e editoras. A seção resultados e discussões divide-se em três subseções. Na primeira, descrevem-se as características editoriais do periódico, identificando: as formas de assinatura e de acesso, o processo de publicação, as bases em que está indexado, o fator de impacto e a composição do corpo editorial. Na segunda, abordam-se o número de artigos publicados por ano e a distribuição por área temática. Na terceira, identificam-se os padrões e as tecnologias utilizados. Considera-se que a utilização de vídeo em periódicos científicos pode contribuir para o aprimoramento da comunicação científica. Como benefícios, destacam-se: melhoria da descrição de fenômenos e procedimentos dinâmicos e complexos; aumento da visibilidade dos trabalhos de pesquisa; diminuição de tempo e dinheiro gastos em experimentos; e aumento da capacidade de reprodutibilidade das pesquisas. No entanto, algumas questões importantes ainda necessitam de maiores aprofundamentos.

Palavras-chave: periódico científico; comunicação científica; recurso hipermidiático vídeo

Abstract

In this article, it`s discuss the use of the hypermedia video resource in scientific journals. For this, an analysis of the Journal of Visualized Experiments (JOVE) was carried out. The conceptual basis is divided into two parts: in the first, are exposed the possibilities of using hypermedia resources in scientific journals; and the second shows the benefits of using video and the experiences of some periodicals and publishers. The Results and Discussions section is divided into three subsections. In the first one, the editorial features of the journal are described, identifying: the subscription and access forms, the publication process, the bases which it is indexed, the impact factor and the composition of the editorial body. In the second, it is approached the number of articles published per year and the distribution by topic area. The third one identifies the standards and technologies used. It is considered that the use of video in scientific journals can contribute to the enhancement of scientific communication. As benefits, stand out: improvement of the description of phenomena and dynamic and complex procedures; increase the visibility of research projects; decrease in time and money spent on experiments; and increased research reproducibility. However, some important issues need further deepening.

Keywords: scientific journal; scientific communication; hypermedia resource video

Resumen

En este artículo, se discute la utilización del recurso hipermediático video en revistas científicas. Para ello se realizó un análisis del Journal of Visualized Experiments (JOVE). La fundamentación conceptual se divide en dos partes. En la primera son expuestas las posibilidades de utilización de los recursos hipermediáticos en las revistas científicas y en la segunda se muestran los beneficios de la utilización de video y las experiencias de algunas revistas y casas editoras. La sección de resultados y discusiones fueron repartidas en tres subsecciones. En la primera subsección, son descritas las características editoriales de las revistas, identificando las formas de firma, acceso, proceso de publicación, bases donde están indexadas, el factor de impacto y la composición del cuerpo editorial. En la segunda subsección fue abordado el número de artículos publicados por año y la distribución por área temática. En la tercera subsección fueron identificados los patrones y tecnologías utilizadas. Se considera que la utilización de video en revistas científicas puede contribuir al mejoramiento de la comunicación científica. Como ventajas, destacamos la mejora de la descripción de los fenómenos y procedimientos dinámicos y complejos; una mayor visibilidad de los trabajos de investigación; reducción de tiempo y dinero gastado en experimentos; y el aumento de la reproducibilidad de la capacidad de investigación. Sin embargo, algunas cuestiones importantes necesitan más investigaciones.

Palabras Clave: revistas científicas; comunicación científica; recurso hipermediático video.

1. Introdução

As origens da comunicação científica datam da segunda metade do século XVII com as publicações dos primeiros periódicos científicos, o Journal des Sçavans, de Paris, e o Philosophical Transactions of the Royal Society, de Londres, os quais visavam contribuir para o avanço social da ciência e, desse modo, preservar e divulgar a autoria desses progressos científicos. Após a Segunda Guerra Mundial, a produção e a comunicação científicas cresceram notavelmente (Abadal, 2012). Até então, o formato impresso era predominante. A partir da década de 1980, introduziu-se o formato eletrônico e, em razão da expansão da cadeia produtiva do setor de Tecnologia da Informação (TI), os periódicos científicos passaram a adotar diferentes recursos hipermidiáticos.

Importante destacar, conforme afirma Hoffman (2016), que a maioria das estruturas estudadas pela ciência existe em três dimensões: as moléculas, os organismos e os ecossistemas e galáxias. Os atuais formatos dos periódicos limitam o entendimento e as experiências dos objetos e interações.

Neste contexto de oportunidades provenientes do desenvolvimento do setor de TI, com as restrições impostas pelo formato impresso, as revistas científicas necessitam avançar em seus processos de comunicação, combinando os tradicionais métodos de divulgação com as possibilidades dos recursos hipermidiáticos e permitindo, assim, maior interatividade, ubiquidade, portabilidade, dinamicidade e fluidez na concepção dos meios de comunicação científicos (Silva & Triska, 2013; Vázquez-Cano, 2013).

Neste estudo, então, propõe-se discutir a utilização do recurso hipermidiático vídeo em periódicos científicos. Para isso, realizou-se uma análise do Journal of Visualized Experiments (JOVE), periódico científico que utiliza o recurso hipermidiático vídeo.

Este artigo está organizado em cinco partes: esta introdução, em que o estudo é contextualizado e o objetivo, apresentado; a fundamentação conceitual, em que são expostos os conceitos relacionados aos recursos hipermidiáticos utilizáveis em periódicos científicos e os benefícios do uso de vídeo nesse caso; a metodologia, em que são explicadas as etapas de desenvolvimento do estudo; os resultados e as discussões, em que são descritos e analisados os desdobramentos da pesquisa; e as considerações finais, em que são feitas as últimas assertivas sobre o estudo.

2. Fundamentação Conceitual

Esta fundamentação conceitual divide-se em duas partes: Recursos Hipermidiáticos Utilizáveis em Periódicos Científicos e Uso de Vídeos em Periódicos Científicos.

2.1 Recursos Hipermidiáticos Utilizáveis em Periódicos Científicos

Para este estudo, considera-se como recursos hipermidiáticos: os hipertextos para artigos complementares e referências, as imagens estáticas e tridimensionais (3D), os áudios, os vídeos, os gráficos, as tabelas e as animações, representados na Figura 1.

Figura 1 Recursos hipermidiáticos que podem ser utilizados em periódicos científicos. 

O surgimento dos computadores e da Internet provocou modificações na comunicação científica, dentre elas: (a) o idioma, que passou do latim para o inglês; (b) a necessidade do ineditismo dos artigos; (c) a internacionalização da ciência; (d) a rapidez do sistema de editoração; (e) a rapidez em que as publicações ocorrem; (f) a busca de informação via rede de computadores; (g) a necessidade de seleção dos artigos publicados; (h) a maior plasticidade, já que, num periódico eletrônico, o texto pode ser corrigido diretamente no original; (i) e a possibilidade de busca por citações. Como resultado, hoje, os cientistas recuperam a maioria dos artigos de periódicos peer reviewed com recursos da Web, embora muitos ainda prefiram imprimir os textos completos dos artigos para ler e anotar em papel (Volpato, 2008; Solomon & Björk, 2012).

Essas transformações tornaram o ato de fazer ciência ainda mais complexo, uma vez que as opções de diferentes fontes de informações aumentaram. Com isso, a necessidade de acesso a bases de dados tanto nacionais como internacionais também cresceu. Além disso, intensificou-se o uso de diferentes tipos de recursos midiáticos que podem contribuir para o processo de ensino e aprendizagem da ciência.

São inúmeras as possibilidades e vantagens de utilização das tecnologias de informação e comunicação e dos recursos hipermidiáticos em publicações científicas: (a) facilitam a divulgação e o acesso a informações da pesquisa científica pelo grande público; (b) possibilitam aos leitores o teste de softwares em forma de simulação; (c) permitem, de forma ágil, a recuperação da informação e oferecem acesso ilimitado aos artigos referenciados online; (d) facilitam a troca de informações, comentários e críticas em tempo real; (e) estimulam a multiplicação das fontes de informação; (f) diminuem as restrições de espaço; (g) podem incentivar a formação de grupos de discussão a distância; e (h) minimizam os custos com impressão e envio, facilitando e modificando o fluxo contínuo da informação científica.

Essas possibilidades, associadas aos recursos tecnológicos ubíquos, permitem aprimorar o processo de publicação de pesquisa. Dessa forma, facilitam o registro de diferentes formas de dados associados aos processos de produção do conhecimento científico e diminuem os custos com a Tecnologia da Informação (TI) (Souza, Cabrera & Braile, 2010; Schweitzer, Rodrigues & Rados, 2011; Brito, Shintaku & Pereira, 2013; Silva & Triska, 2013). Além disso, artigos com recursos multimídia e interativos são mais atrativos e permitem maior retenção de informação por parte de seus leitores (Brito et al., 2013).

No entanto, o usuário deve estar apto a visualizar os objetos multimídia do documento sem perder a referência ao texto, a seguir ligações entre os objetos, a interagir e controlar os objetos e a reusar o conteúdo multimídia para análise e representação. Somente assim, o documento pode preservar as características originais de um trabalho científico (Silva & Triska, 2013).

Diferentes tipos de recursos hipermidiáticos podem ser utilizados em publicações científicas. No Quadro 1, são destacadas as funcionalidades do hipertexto, do podcast, dos recursos tridimensionais e da Web.

Quadro 1 Funcionalidades dos recursos hipermidiáticos. 

Mais recentemente, outra preocupação para os editores de periódicos é a necessidade de desenvolvimento de plataformas mobile. Isto em decorrência do crescimento do número de conexões de Internet e dos dispositivos eletrônicos móveis. Vázquez-Cano (2013) expõe que é necessário que as revistas possam ser visualizadas em formato de paginação para dispositivos eletrônicos móveis. Assim, a revista e sua produção, totalmente visíveis, cuja qualidade estaria disponibilizada em qualquer suporte digital, contribuem com a promoção da portabilidade e da ubiquidade. Outra possibilidade, que também contribui para a maior divulgação da atividade científica, é a visualização desses artigos em redes sociais científicas ou gerais. Em síntese, essas plataformas representariam um salto qualitativo de importância para as revistas científicas.

Conforme exposto, o potencial de utilização dos recursos hipermidiáticos tem sido apontado como uma poderosa ferramenta para o desenvolvimento de novos modelos de divulgação científica para periódicos eletrônicos. Porém, esses recursos esbarram nas exigências de legibilidade dessas tecnologias, ou seja, desafios emergem diante da adoção de técnicas mais complicadas de escrita e estruturação dos documentos. A cultura do modelo impresso, ainda muito presente, dificulta a utilização das potencialidades ofertadas pelos modelos orientados pela hipermídia. Além disso, a mera transcrição do modelo impresso para o eletrônico é ocasionada por certo conservadorismo acadêmico, desconhecimento técnico e deficiência das tecnologias para construção de periódicos científicos que contenham recursos hipertextuais sem perda de otimização da leitura e de sistemas de busca eficientes (Silva & Triska, 2013; Brito et al., 2013).

Dessa forma, há a necessidade de investimento financeiro em infraestrutura de tecnologia de informação dos periódicos científicos para dar suporte a esses novos recursos.

2.2 Uso de Vídeos em Periódicos Científicos

“Uma das verdadeiras revoluções na comunicação da ciência tem sido o YouTube”, afirmou o químico da Universidade de Harvard George Whitesides, em um vídeoonline sobre o novo papel do vídeo na comunicação científica (Berkowitz, 2013). Com vídeos, por meio de uma escrita multimídia e hipertextual, é possível descrever fenômenos e processos dinâmicos e complexos muito detalhados, cuja explicitação em trabalhos científicos, por intermédio da verbalização escrita, é mais difícil.

Em suma, a utilização do vídeo em periódicos científicos permite uma flexibilidade muito maior para o autor ao descrever seus estudos e ao explicar, de forma mais eficaz, o significado de suas descobertas. Ao postar um vídeo na Internet, um autor pode aumentar a visibilidade de suas pesquisas, o que pode implicar o aumento de seus índices de citações.

O uso do vídeo em publicações científicas visa complementar os periódicos científicos online com a agregação de conteúdo autoexplicativo e visualmente mais compreensivo. Assim, em um mesmo documento, é possível ler, ouvir e enxergar os detalhes de seu conteúdo.

Um aspecto importante enfrentado pelos pesquisadores é a questão da reprodutibilidade do experimento. Pritsker (2013) cita dois estudos das empresas farmacêuticas Amgen e Bayer, as quais solicitaram a grupos de cientistas a repetição dos experimentos publicados por pesquisadores acadêmicos em conhecidos periódicos científicos. Nos resultados, constataram que apenas 10% a 30% desses estudos foram facilmente reproduzíveis. Se a reprodutibilidade é a base da ciência, é o padrão por meio do qual as afirmações científicas são avaliadas, quando as descobertas científicas publicadas não podem ser validadas por outras, elas não podem ser consideradas como válidas. Hipoteticamente, essa taxa de reprodutibilidade significa que 70% a 90% do valor investido em pesquisa é desperdiçado. Porém, uma forma encontrada para lidar com o problema da reprodutibilidade é a utilização de vídeo para publicar ciência.

Além dos benefícios mencionados, os vídeos podem ser utilizados para a aprendizagem de técnicas experimentais estabelecidas há muitos anos, ao reduzir o tempo que se levaria para aprender uma técnica de semanas para dias e ao economizar custos e tempo de funcionários. Outro benefício é o de que os vídeos contribuem para melhorar a formação de novos alunos em laboratórios, já que os materiais baseados em texto e a instrução conduzida pelo professor nem sempre são suficientes (Pritsker, 2013).

Como desvantagem na utilização de vídeos em periódicos científicos, pode-se apontar a necessidade tanto de conhecimento de novas técnicas na construção de artigos e de Internet com banda-larga eficiente, quanto a capacidade do pesquisador em lidar com câmeras de vídeos, iluminação, enquadramento, softwares de edição de imagens, entre outras. Requerem-se, portanto, novas competências do pesquisador para produzir conteúdos para periódicos que utilizam vídeos.

Para o desenvolvimento de periódicos científicos que usem vídeos, Del Casar Tenorio e Herradón-Díez (2011) e Vázquez-Cano (2013) propõem cinco critérios básicos, a saber: (a) duração de 10 a 15 minutos, tempo suficiente para desenvolver os elementos fundamentais de um artigo científico; (b) nível intermediário de conteúdo técnico, pois o artigo em vídeo é um complemento ao documento escrito que contém todas as informações técnicas, especialmente a metodologia de pesquisa, devendo-se buscar um equilíbrio entre a amenidade de exposição e o rigor científico em cada ideia exposta; (c) melhoria dos aspectos visuais em vez de formais, visto que as ideias a serem transmitidas serão apresentadas e apoiadas em imagens (tanto reais como em forma animada), cuja formulação técnica será introduzida apenas quando necessário; (d) utilização de locução mediante síntese digital de voz, havendo duas razões básicas para isso: a primeira, de natureza prática e técnica, é a facilidade de adaptar a duração do texto à evolução das imagens e de refazer e modificar um fragmento de texto e incorporá-lo de volta ao vídeo; a segunda é a possibilidade de uma conversão em idiomas muito funcional e econômica para potencializar a divulgação internacional dos artigos; e (e) divulgação por meio da plataforma YouTube, ainda que existam outras alternativas (Moodle, página Web da própria revista, redes sociais, etc), quando o local possui capacidade de armazenamento, qualidade de imagem (1920 X 1080 pixels no máximo) e de áudio (Advanced Audio Coding - AAC com dois canais 44,1 KHz), nível mundial de divulgação e capacidade de edição online (para gerar ligações dinâmicas entre vídeos relacionados).

Mesmo em estágios iniciais, o emprego de vídeos em publicações científicas já é bastante presente no mercado editorial. No Quadro 2, descrevem-se alguns exemplos de publicações que utilizam recurso hipermidiático vídeo.

Quadro 2 Exemplos de publicações que utilizam recurso hipermidiático vídeo. 

No Brasil, em 2004, a revista científica Online Brazilian Journal of Nursing (OBJN) adotou vídeo pela primeira vez. Além dela, a Revista Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (RBCCV) publicou seu primeiro artigo com inserção de um vídeo explicativo (Souza et al., 2010).

3. Metodologia

Neste estudo, o objetivo geral é discutir a utilização do recurso hipermidiático vídeo em periódicos científicos. Para isso, estabeleceram-se os seguintes objetivos específicos: (a) descrever as características editoriais do JOVE sobre assinaturas, acessos, processo de publicação, indexação, fator de impacto e corpo editorial; (b) expor o número de artigos publicados por ano e distribuição por área temática; e (c) identificar padrões e tecnologias utilizadas no recurso hipermidiático vídeo.

Para alcançar esses objetivos, dividiu-se a seção Resultados e Discussões em três subseções.

Na primeira subseção, descrevem-se as características editoriais do periódico a fim de identificar as formas de assinatura e de acesso, o processo de publicação, as bases em que está indexado, o fator de impacto e a composição do corpo editorial. Para essa subseção, coletaram-se os dados de pesquisa diretamente nos links Subscribe <http://www.jove.com/subscribe>, Manuscript Instructions for Authors <http://www.jove.com/files/Instructions_for_Authors.pdf> e Publish (http://www.jove.com/subscribe/questions), e no site do JOVE <www.jove.com>, em 08 de dezembro de 2016 (JOVE, 2014, 2016a,b,c).

Na segunda subseção, aborda-se o número de artigos publicados por ano e distribuição por área temática. Os dados foram coletados conforme classificação da área de conhecimento apresentada no filtro do mecanismo de busca do site do periódico. Também foi utilizado o filtro data de publicação para que se mostrassem o número de artigos publicados por área de conhecimento e o total por ano. O Link utilizado foi Search <http://www.jove.com/search>, consultado em 08 de janeiro de 2017 (JOVE, 2017).

Na terceira subseção, identificam-se os padrões e as tecnologias utilizados no recurso hipermidiático vídeo. Todas as informações discorridas foram coletadas do guia de submissão para autores do JOVE, disponível no endereço <http://www.jove.com/files/Instructions_for_Authors.pdf> e no Video Produced by Author Quality Criteria <http://www.jove.com/files/media/asAuthorProducedCriteria.pdf>, acessados em 08 de dezembro de 2016 (JOVE, 2013, 2014).

4. Resultados e Discussões

O JOVE, desenvolvido em formato vídeo, é um periódico destinado à publicação de pesquisa científica a fim de auxiliar os pesquisadores em duas questões centrais: na dificuldade de reprodutibilidade do experimento e no tempo necessário para o aprendizado de novas técnicas experimentais. Para isso, tem como missão promover a pesquisa científica e a educação, aumentando a produtividade, a reprodutibilidade e a eficiência da transferência de conhecimento para os cientistas, educadores e estudantes em todo o mundo por meio de soluções de aprendizagem visual (Stern, 2013; Pritsker, 2013; JOVE, 2016a).

4.1. Descrições das características editoriais

Formas de Assinatura e Acesso - Para a visualização da maioria dos vídeos (90%), é necessária a assinatura do periódico. No entanto, são possíveis apenas assinaturas institucionais ou por bibliotecas, e não individuais (por pessoas). A justificativa da cobrança de assinatura é o alto custo da produção dos artigos em vídeos, pois a maioria deles é filmada e editada por profissionais qualificados na área de videografia. Nas assinaturas, o contrato de licença prevê o acesso online ilimitado para todos os usuários da instituição, utilizando os endereços dos IP autorizados.

A assinatura ou o acesso aberto são as formas de acesso disponíveis. Para publicações via assinatura, cobra-se em torno de 2.400 dólares do pesquisador cujo artigo é aceito e, para publicações via acesso aberto, cobra-se em torno de 4.200 dólares. Tais valores, referentes a dezembro de 2016, foram publicados no portal do JOVE.

Processo de publicação - São aceitos manuscritos originais que estejam de acordo com as diretrizes do periódico. Para isso, é realizada uma revisão editorial interna que visa verificar se o estudo é condizente com o escopo e se atende às diretrizes. Em seguida, o manuscrito é enviado a uma revisão externa para ser aceito para publicação. Todos os artigos em vídeos publicados pelo JOVE são submetidos à revisão por pares, às cegas, que é feita por especialistas em cada campo de pesquisa, com a intenção de melhorar a qualidade geral e o rigor científico do artigo. Aos pesquisadores interessados em publicar, é apresentado um modelo de manuscrito a ser seguido.

Cada artigo de vídeo é composto por duas partes: uma escrita e outra gravada em vídeo do protocolo, filmado no laboratório pelo próprio autor ou pela equipe do JOVE. Submissões produzidas pelo autor devem conter o manuscrito e o vídeo completo. Os vídeos devem possuir formato e estilo do JOVE, bem como devem satisfazer as condições técnicas especificadas nas diretrizes para produção de vídeos pelo autor.

A fim de manter a ética e o rigor científico, o JOVE adota: o anonimato dos revisores, pois não permite a comunicação entre os autores e os revisores; a confidencialidade, já que o processo de revisão é tratado estritamente de forma confidencial; e a seleção de revisor e pontualidade, visto que são selecionados revisores especialistas que tenham contribuições relevantes no campo de pesquisa. Aos revisores, é solicitada a brevidade no processo de revisão a fim de evitar atrasos na publicação.

Indexação e fator de impacto - Todos os artigos em vídeo estão indexados no PubMed/MEDLINE, ChemAbstracts, Scopus e SciFinder. Muitos artigos do JOVE são citados em importantes periódicos, inclusive em publicações líderes como Nature, Cell, PNAS, PLoS, dentre outras.

Composição do corpo editorial - Os membros do Conselho Editorial do JOVE são professores, cientistas, médicos e formadores de opinião de renome mundial provenientes de todos os continentes. Esses membros são selecionados em virtude da comprovada experiência e do conhecimento nas práticas científicas mais recentes ou nos experimentos de procedimentos médicos. Também são escolhidos em razão tanto da compartilhada visão sobre a necessidade de acelerar o progresso das pesquisas biológicas, médicas, químicas e físicas, quanto da transparência e excelência técnica no julgamento clínico mediante disseminação de técnicas por meio de vídeo e texto acadêmico.

4.2. Artigos publicados: número de artigos publicados por ano e distribuição por área temática

Analisando os dados que serão demonstrados, é necessário considerar que o ano de 2006 cobre apenas os meses de outubro, novembro e dezembro, pois, nesse ano, o JOVE foi fundado. De 2006 a 2016, foram publicados um total de 5.602 artigos, com 13 áreas do conhecimento cobertos.

Conforme apresentado no Gráfico 1, de um modo geral, desde a fundação até 2016, o JOVE tem crescido continuamente, alcançando, em 2016, 1.102 artigos em vídeos publicados, maior número em toda a sua história. Os momentos de maior crescimento ocorreram nos anos de 2009, 2010 e 2011, quando obtiveram crescimento médio anual em torno de 76%. No ano de 2012, houve uma pequena queda (-0,9%), retomando o crescimento em 2013, com um aumento de 13% sobre 2012. Em 2014, decorreu um incremento de 33% sobre 2013. Em 2015, verificou-se uma queda do número de artigos publicados na ordem de (-13%) em relação a 2014. Já em 2016, houve um crescimento de 35%. Os períodos de crescimento mais significativo ocorreram nos anos em que se somaram novas áreas do conhecimento: Neurociência, Medicina e Imunologia e Infecção em 2010, Bioengenharia em 2011, Química, Comportamento e Ambiente em 2013 e 2014 (repercutindo o crescimento especialmente em 2014) e Genética, Bioquímica e Pesquisa sobre Câncer em 2016.

Gráfico 1 Número de artigos publicados por anos. 

Na Tabela 2, expõe-se o número de artigos publicados por ano e a distribuição por área temática. Vale ressaltar que a classificação temática apresentada nesta tabela foi estabelecida pelo próprio site.

Tabela 1 Número de artigos publicados por ano e distribuição por área temática. 

Em 2006, a área temática pioneira a publicar foi a Biologia. Em 2009, foram publicados os dois primeiros artigos da área de Imunologia e Infecção. A partir de 2010, a Neurociência, a Medicina e a Bioengenharia começaram a publicar trabalhos também. Em 2012 e 2013, as áreas de Engenharia, Química, Comportamento e Meio Ambiente se somaram a esse grupo. No ano de 2015, a área de Biologia foi dividida em: Biologia e Biologia do Desenvolvimento. Em 2016, foram acrescentadas as áreas: Genética, Bioquímica e Pesquisa sobre Câncer.

Na Tabela 2, revela-se um ponto interessante. Na soma dos anos, a área Biologia foi a que teve mais artigos publicados (1.755). Desde que foi adotada, de 2010 até 2015, a Medicina foi a área que sempre apresentou crescimento anual, com média de 85% no ano de 2016, sendo parte dela dividida em Pesquisa sobre Câncer.

Tabela 2 Número de artigos publicados por ano e distribuição por área temática. 

O Gráfico 2 representa a distribuição dos artigos publicados por área temática do período 2006 a 2016.

Gráfico 2 Distribuição por área temática. 

No Gráfico 2, pode-se observar que a área temática Biologia ocupa 31% de todos os artigos publicados, mantendo uma quantidade estável de artigos publicados a cada ano, de 2006 a 2016. A Neurociência, com 16%, é outra área bastante representativa, seguida da Medicina. É evidente que a quantidade de artigos publicados por área temática está ligada diretamente ao período de tempo em que a ela começaram a submeter artigos. As áreas cujas publicações são mais recentes, como Biologia do Desenvolvimento, Genética, Bioquímica e Pesquisa sobre Câncer, ainda apresentam quantidade de publicação anual pouco representativa, quando comparadas às outras áreas.

4.3. Identificações de padrões e tecnologias utilizadas no recurso hipermidiático vídeo

O JOVE dispõe de uma série de critérios de avaliação e controle de qualidade dos vídeos produzidos por eles ou pelos autores, que visa contribuir para a manutenção do rigor científico dos procedimentos experimentais apresentados nos artigos em texto.

Os vídeos submetidos são avaliados e revisados com o mesmo rigor científico e metodológico do utilizado no artigo em texto, pois têm que atender às especificações técnicas e metodológicas dos protocolos apresentados, devendo: (a) ser apresentados em um único arquivo, em vez de um grupo de arquivos que precisam ser editados juntos; (b) incluir áudio; (c) ter a resolução de pelo menos 512x384 para vídeos 4:3 e 512x288 para vídeos 16:9 (os vídeos podem ser maiores do que os tamanhos especificados, mas não menores); (d) somar um tempo total que não exceda 20 minutos; e (e) ser formatados em MOV, MP4, MPG, AVI ou WMV, já que a maioria dos codecs suportados por esses formatos é aceitável.

Quanto à qualidade do vídeo, os pré-requisitos são os seguintes: (a) o vídeo deve ser livre de distração e de movimento de câmera instável; para tanto, um tripé deve ser usado para filmar o projeto; (b) a imagem deve ser suficientemente clara para o público para que o conteúdo seja compreendido; e (c) o vídeo deve ser livre de artefatos digitais ou outras falhas.

O áudio deve atender às seguintes condições: (a) qualquer voz deve ser audível e compreensível, acima de tudo; (b) o ruído de fundo deve ser reduzido ao mínimo e não pode afetar a compreensão da narrativa; (c) os níveis de qualidade e volume da voz devem permanecer relativamente consistentes; (d) as gravações de voz devem ser livres de distorções; (e) o ritmo de voz da narrativa deve manter um padrão, de tal modo que uma pessoa não familiarizada com o protocolo consiga acompanhar o que está sendo dito; (f) as legendas podem ser adicionadas, no entanto não eximirão o áudio de cumprir os padrões necessários de qualidade; (g) a música, caso seja utilizada, deve ser adequada e não pode competir nem interferir com a compreensão da narrativa; e (h) três segundos de silêncio são recomendados para o final do vídeo, a fim de garantir que todo o áudio seja ouvido.

O player de vídeo do JOVE é compatível com o HTML5 e Adobe Flash. Para navegadores mais antigos que não suportam HTML5 e o codec de vídeo H.264, há a necessidade de usar um player de vídeo baseado em Flash.

O JOVE utiliza os feed RSS, um blog e as redes sociais como o Facebook, Twitter e o Linkedin para disseminar e compartilhar notícias e conteúdos. Ademais, oferece aplicativos para dispositivos móveis, tanto para sistemas operacionais iOs quanto para o Android.

5. Considerações finais

A utilização de vídeo em periódicos científicos juntamente com outros recursos hipermidiáticos pode contribuir para o aprimoramento da comunicação científica. A pesquisa aponta alguns benefícios, dentre os quais: a melhoria da capacidade de descrição de detalhes de fenômenos e procedimentos dinâmicos e complexos, tornando-os mais compreensíveis; o aumento da visibilidade dos trabalhos de pesquisa; a contribuição para a diminuição de tempo e dinheiro gastos em experimentos e formação de novos alunos; e o possível aumento da capacidade de reprodutibilidade das pesquisas.

No entanto, algumas questões importantes necessitam de maior aprofundamento, já que são reflexões necessárias para o desenvolvimento desse recurso, a saber: a verificação de sua utilização, se é mais significativo para determinadas áreas do conhecimento do que para outras e/ou para propósitos específicos; a investigação do processo de transição para esse formato e das resistências naturais das pessoas às mudanças; a identificação da necessidade de novos recursos tecnológicos e de novas habilidades e competências técnicas, mediante discussão sobre o impacto dos custos financeiros mais altos para publicação, sobre a questão da preservação dos conteúdos em vídeo e sobre a construção de novas plataformas tecnológicas e aplicativos que possam se integrar aos dispositivos móveis dos usuários; e a avaliação da necessidade de desenvolvimento de novas metodologias no processo de editoração de periódicos.

Como constatado neste estudo, o vídeo é utilizado em poucas áreas da ciência. Esse recurso prevalece, sobretudo, nas áreas de Biologia, Medicina, Química e algumas disciplinas das Ciências Exatas. Nas Ciências Sociais e Humanas, não houve ocorrências de periódicos que utilizassem vídeo. Entretanto, observando o aumento contínuo do número de artigos e áreas cobertas pelo JOVE, adicionado à crescente adoção por periódicos e editoras importantes como Nature, Science e a Elsivier, pode-se deduzir que os artigos publicados em vídeo são uma tendência para um futuro próximo.

Apesar das evoluções tecnológicas e da mudança no suporte das publicações, os periódicos eletrônicos devem continuar cumprindo o papel do periódico impresso: o estabelecimento da “paternidade científica” - a propriedade intelectual, o registro do conhecimento científico e a aceitação da comunidade científica por meio da revisão por pares (Guedón, 2001; Weitzel, 2006; Neubert, 2013).

Por fim, o JOVE demonstra que um periódico em vídeo, ao manter o rigor metodológico e científico, mediante aceitação seletiva, revisão por pares, corpo editorial de renome, estabelecimento de diretrizes de submissão para autores e clareza nos critérios de revisão, pode contribuir para o aumento do número de pesquisadores e pessoas em busca de conhecimento confiável via comunicação científica

6. Referências

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Recebido: 03 de Junho de 2015; Aceito: 20 de Junho de 2016

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