Antecedentes:

O aumento do uso de reservas corporais durante o periparto requer alta disponibilidade de L-carnitina, que pode ser limitante nas condições de produção no trópico alto colombiano.

Objetivo:

Avaliar o potencial lipotrópico da L-carnitina em vacas leiteiras Holstein durante o período de transição para a lactação.

Métodos:

Quantidades de 0, 100 e 200 g/d de fumarato de L-carnitina foram administradas a 21 vacas holandesas durante o d 260 da gestação e até ao d 20 pós-parto. Foram determinadas as concentrações hepáticas de triacilglicerídeos, carnitina total, carnitina livre e acil carnitina e as concentrações plasmáticas de ácidos graxos não esterificados (NEFA), β-hidroxibutirato (β-HB) e ureia. Uma análise das medidas repetidas foi usada para determinar os efeitos da dose, período de medição e suas interações.

Resultados:

As concentrações hepáticas de triglicerídeos e as diferentes formas de carnitina não diferiram significativamente entre os períodos de amostragem (p>0,05). A concentração hepática de triglicerídeos foi baixa e mostrou diminuição significativa (p<0,05) em resposta à suplementação com 200 g/d de fumarato de L-carnitina. A diminuição dos triglicerídeos hepáticos pode ser devido a um aumento na oxidação de ácidos graxos. A suplementação com L-carnitina aumentou significativamente (p<0,05) a concentração de ureia no sangue, possivelmente através de um mecanismo de estimulação do ciclo da ureia previamente descrito em outras espécies.

Conclusão:

A suplementação com L-carnitina diminuiu a concentração hepática de triglicerídeos, possivelmente devido ao aumento da oxidação de ácidos graxos no fígado.

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