Antecedentes:

A reidratação de grãos, como milho e sorgo, tem sido usada para aumentar a utilização de seus nutrientes. Contudo, o efeito dessa prática na qualidade da carne é pouco compreendido.

Objetivo:

Avaliar os efeitos do tipo de grão de cereais e seu processamento sobre a qualidade da carne de bovinos confinados.

Métodos:

Vinte e quatro bovinos Nelore não castrados, com peso corporal médio inicial de 270 ± 53 kg foram distribuídos em delineamento inteiramente casualizado, fatorial 2×2, com seis repetições. O primeiro fator foi o tipo de grão de cereal no concentrado (milho ou sorgo), e o segundo foi o processamento destes grãos (seco ou reidratado e ensilado). As dietas foram compostas por 28,44% de silagem de milho e 71,56% de concentrado. Sessenta dias antes do início do experimento, os grãos de milho e sorgo foram reidratados e ensilados. Os animais foram abatidos após 140 dias de confinamento. As análises de qualidade da carne foram determinadas em amostras não maturadas e maturadas (7 dias) obtidas do músculo Longissimus lumborum.

Resultados:

Não houve diferenças significativas (p>0,05) entre os tratamentos para pH da carcaça e L* (luminosidade), a* (intensidade de vermelho), b* (intensidade de amarelo), força de cisalhamento, perdas por descongelamento, perdas por cocção, perdas totais e composição química da carne. O valor de b* da gordura subcutânea foi maior (p=0,03) em bovinos alimentados com dietas contendo grãos de milho, independentemente do tipo de processamento. O comprimento de sarcômero foi maior na carne maturada de novilhos alimentados com sorgo, independente do método de processamento (p=0,01).

Conclusões:

O método de processamento dos grãos não afetou a qualidade da carne bovina, no entanto, a cor da gordura subcutânea e o comprimento de sarcômero da carne maturada foram afetados pelo tipo de grão.

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