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Revista Colombiana de Sociología

versão impressa ISSN 0120-159X

Resumo

GARCIA GOSSIO, Maria Ileana. O controle do crescimento da população e as mulheres no México: organismos internacionais, sociedade civil e políticas públicas. Rev. colomb. soc. [online]. 2015, vol.38, n.2, pp.93-111. ISSN 0120-159X.  https://doi.org/10.15446/rcs.v38n2.54886.

Nas sociedades modernas, a regulação populacional se desenvolve em cada Estadonação por meio de políticas de controle de natalidade. Na ânsia por regular a população, as instâncias governamentais vêm posicionando as mulheres mais como objetos a controlar para atingir certos indicadores do que como sujeitos com necessidades específicas, no que se refere à saúde sexual e reprodutiva. Elas têm sido concebidas basicamente como seres domésticos, que devem cumprir com as funções de dona de casa, esposa e mãe, antes que aceder o trabalho remunerado e o público em seu conjunto. Neste trabalho, aborda-se a posição de vários atores, tanto institucionais quanto da sociedade civil, assim como sua inter-relação com os movimentos feministas, os organismos internacionais envolvidos e as propostas governamentais, no período de 1970 a 2012, no México. A análise do controle de natalidade se aborda a partir da saúde reprodutiva, vinculada à saúde sexual, à luz da perspectiva de gênero, sem perder de vista o vínculo dos atores envolvidos. A política governamental do século XX e início do XXI parte do pressuposto, sem obviar suas nuances, das "mulheres objeto". A primeira parte do século XX até 1970 foi caracterizada por uma política governamental pró-natalidade com lemas como o do governo Lázaro Cárdenas "Governar é popular". A partir dessas mudanças da década de 1960, a política governamental foi orientada à redução da natalidade: "poucos filhos para lhes dar muito" e "a família pequena vive melhor". Tanto a postura pró-natalidade quanto a de controle da natalidade partiram do pressuposto de que as mulheres são somente "seres para outros", objetos e não sujeitos das políticas públicas demográficas. Por sua vez, os organismos internacionais as consideraram, num primeiro momento, como o fator-chave para o controle da natalidade, mas também como um princípio de desenvolvimento. Num segundo momento, as mulheres foram identificadas no discurso político de acordo com as demandas feministas: como sujeitos com direitos, com base nos princípios com perspectiva de gênero.

Palavras-chave : controle de natalidade; decisões públicas; domesticidade; movimentos feministas; mulheres; organismos internacionais.

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