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Revista Colombiana de Sociología

versión impresa ISSN 0120-159X

Resumen

MARTINEZ MEDINA, Santiago. Fazer artéria carótida no laboratório de anatomia. Prática e materialidade numa disciplina de medicina. Rev. colomb. soc. [online]. 2016, vol.39, n.2, pp.31-47. ISSN 0120-159X.  https://doi.org/10.15446/rcs.v39n2.58964.

Este artigo parte da pergunta: como se faz um corpo na disciplina de anatomia? Interessa-me o corpo como materialidade e experiência, como produto de uma prática bastante específica, da qual surge como um ente natural e transcendente. Para me referir à prática de fazer um corpo, faço uma análise etnográfica da disciplina em conjunto: observo os estudantes, os professores, os livros, os instrumentos, as mãos e os cadáveres usados. Essa análise é produto de minha participação durante mais de um ano nas aulas e nos laboratórios da disciplina de anatomia, em duas faculdades de medicina, na cidade de Bogotá (Colômbia). Trata-se de uma etnografia de uma série de movimentos corporais específicos, com os quais se aprende a fazer anatomia humana com uma ampla faixa de materialidades (cadáveres, livros, dispositivos virtuais, modelos tridimensionais etc.). A partir de minha participação nesse espaço de ensino, elaborei um diário de campo que logo transcrevi para submetê-lo a uma análise. Neste, interessa-me mostrar aqueles momentos nos quais que uma estrutura anatômica é produto das práticas da disciplina.

Assim, este artigo explora, em específico, a maneira em que se fazem artérias no anfiteatro da anatomia. Minha pergunta não é como se identificam determinados vasos sanguíneos no corpo humano, mas sim como se configuram suas diferentes propriedades e particularidades no laboratório, incluído um nome que os identifica. A questão não é, portanto, epistemológica, mas sim ontológica. Dessa maneira, neste artigo, mostro que, no laboratório, surgem sensações e trajetórias materiais como se fossem artérias específicas. Para isso, requer-se de um espaço orientado e da participação de múltiplas entidades, heterogêneas e parcialmente conectadas, que enriquecem a experiência de fazer uma artéria no laboratório. Portanto, uma artéria é materialidade e experiência múltipla, como o corpo é sempre matéria e sociabilidade, pois constitui uma relação entre um amplo número de entidades na aula e no laboratório.

Palabras clave : Corpo; etnografia; laboratório de anatomia; materialidade; ontologia; prática.

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