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Revista Colombiana de Sociología

versão impressa ISSN 0120-159X

Resumo

GOMEZ, Mauricio Lenis. Oposição, associação e reformismo: a ação coletiva dos médicos na Colombia (1990-2015). Rev. colomb. soc. [online]. 2017, vol.40, n.2, pp.257-283. ISSN 0120-159X.  https://doi.org/10.15446/rcs.v40n2.66399.

Neste trabalho, foram analisadas as mudanças apresentadas no exercício da profissão médica e em suas condições trabalhistas como resultado de um conjunto de transformações sociais (no trabalho), científicas (na profissão) e legais (reformas estruturais no sistema de saúde e na regulamentação trabalhista), assim como as principais ações coletivas que um considerável setor do grêmio médico na Colômbia desenvolveu para enfrentar essas mudanças entre 1990 e 2015. Utilizam-se duas perspectivas teóricas: 1) a abordagem da cultura organizacional que considera a relação entre trabalho e cultura como um processo no qual os agentes atualizam sua cultura em contextos e realidades de poder específicos, e em meio de processos de conflitos e negociações que ocorrem nas interações dos sujeitos; 2) a teoria da ação coletiva e sua abordagem de disputa política, entendida como interação pública e coletiva entre diferentes atores, numa relação de conflito, na qual o governo é uma das partes. Os resultados da disputa afetam os interesses de uma das partes, segundo as reivindicações que consigam ser impostas. Três momentos caracterizaram as ações coletivas dos médicos: os protestos sociais em oposição às reformas na saúde e para reivindicar seus direitos trabalhistas; a associação para buscar a unidade do grêmio médico e ter um interlocutor só ante o Governo, e a utilização do direito como um recurso para promover as mudanças na regulamentação do sistema de saúde e da prática médica. Por meio de suas ações coletivas, um setor do grêmio médico se posicionou como ator político emergente que, ao mesmo tempo que lutou por seus interesses, também participou como protagonista fundamental na configuração do campo da saúde na Colômbia no contexto das reformas no sistema de saúde. Além disso, por meio daquelas, os médicos conseguiram resistir aos efeitos das mudanças na sua cultura organizacional, moldá-los ou filtrá-los.

Palavras-chave : cultura organizacional; profissão médica; protestos sociais; reformas na saúde.

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