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Revista Colombiana de Sociología

versão impressa ISSN 0120-159X

Resumo

PINO ALBORNOZ, Anyela Paola  e  CARRASCO HENRIQUEZ, Noelia Gabriela. Extrativismo florestal na comunidade de Arauco (Chile): internalização e formas de resistência. Rev. colomb. soc. [online]. 2019, vol.42, n.1, pp.207-226. ISSN 0120-159X.  https://doi.org/10.15446/rcs.v42n1.73233.

Este documento caracteriza e apresenta uma análise crítica do extrativismo florestal vigente na comunidade de Arauco, localizada na região do Biobío, Chile, cujo processo foi iniciado há mais de quarenta anos, como política pública, com a intenção de combater a erosão da terra, abastecer as empresas de carvão, construir linhas ferroviárias e diminuir os índices de pobreza. Contudo, essa atividade afeta hoje as paisagens, a economia e a vida cotidiana no território, o que leva a que o extrativismo florestal se converta num conteúdo sociocultural ao qual são designados diferentes sentidos, que circulam simultaneamente na vida social local e geram diversas formas de resistência diante dos impactos do modelo extrativista florestal. Os dados analisados mostram que a presença desse modelo é instalada não somente nos espaços naturais e produtivos do território, mas também nas construções socioculturais cotidianas de seus habitantes, especialmente em compreensões internalizadas e compartilhadas. A partir dessas compreensões, têm se levantado diferentes formas de resistência, pelas quais os habitantes controlam os limites do extrativismo florestal. Metodologicamente, esta análise se baseia num trabalho etnográfico realizado durante 2016, focado na observação participante, em entrevistas semiestruturadas e na revisão documental, em que são valorizados os discursos e práticas de diversos atores do território sobre a forma em que o modelo extrativista florestal é internalizado. Entre os principais resultados, são identificados avaliações positivas, críticas e modos de convivência, também formas de resistência, discursos críticos e situações de conflito. Dessa maneira, é apresentada uma forma de compreensão do extrativismo que, para além dos impactos ambientais ou sociais dessa atividade, considera a incidência que esse modelo tem nas relações que os habitantes constroem com seu território.

Palavras-chave : compreensões socioculturais; ecologia política; etnografia; expressões de resistência; extrativismo florestal; internalização do extrativismo.

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