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Revista Colombiana de Sociología

versão impressa ISSN 0120-159X

Resumo

CADAVID VALENCIA, Laura Milena  e  LE ROUX, Elisabet. "As igrejas não podem ficar caladas". Debates e ações perante a violência sexual em comunidades evangélicas na Colômbia. Rev. colomb. soc. [online]. 2022, vol.45, n.1, pp.243-265.  Epub 28-Dez-2023. ISSN 0120-159X.  https://doi.org/10.15446/rcs.v45n1.90275.

Neste artigo exploram-se etnograficamente as práticas, discursos e experiências de lideranças de comunidades evangélicas na Colômbia voltadas à identificação e atenção da violência sexual em suas comunidades de influência, principalmente em populações em situação de deslocamento forçado e afetadas pelo conflito armado.

A violência sexual tem sido utilizada como arma de guerra por todos os atores do conflito armado colombiano, impactando principalmente mulheres em diversos territórios do país, e diante da qual prevalecem a impunidade e o silêncio. Nesse contexto, o artigo parte do reconhecimento da influência das comunidades e discursos religiosos como organizações com ampla presença nos territórios do país, tanto urbanos quanto rurais, assim como do seu papel na promoção ou obstaculização dos direitos das mulheres e da atenção das violências baseadas em gênero, que incluem as violências sexuais. A análise proposta aborda aspectos individuais e coletivos das organizações evangélicas e aspectos do contexto que podem influenciar na compreensão e atenção da violência sexual, ou na sua exclusão e invisibilização dentro das práticas religiosas.

A partir de entrevistas semiestruturadas de lideranças religiosas de iniciativas sociais de seis comunidades evangélicas em diferentes territórios do país, propõem-se três níveis de classificação para diferenciar as experiências e conhecimentos diante do fenômeno da violência sexual nas comunidades religiosas. Estes níveis apresentam debates e tensões ligados a cinco aspectos: primeiro, o tabu em torno desse fenômeno; segundo, o acesso à educação formal das lideranças das comunidades evangélicas; terceiro, as possibilidades de articulação com as instituições estatais competentes na atenção da violência sexual; quarto, os riscos nos territórios onde prevalece a violência armada; e finalmente, os obstáculos em comunidades que reproduzem discursos que podem invisibilizar a violência sexual e estimular sua naturalização.

Descritores:

abuso sexual, igreja, mulher, pessoa deslocada.

Palavras-chave : deslocamento forçado; gênero; Igreja Evangélica; líderes religiosos; violência sexual.

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