Resumo

ACOSTA FRANCO, YIRLA MARISOL. Cidades e vilarejos. Construção e representações da comunidade no Novo Reino de Granada, séculos XVI e XVII. Anu. colomb. hist. soc. cult. [online]. 2020, vol.47, n.1, pp.31-56.  Epub 15-Mar-2020. ISSN 0120-2456.  https://doi.org/10.15446/achsc.v47n1.83144.

A ideia de cidade no contexto do povoamento hispano-americano pode ser encontrada em tratados políticos e urbanísticos do século XVI. Contudo, este não é um discurso que deve ser analisado unilateralmente, como algo imposto de cima pela Coroa ou por seus oficiais reais. Ou melhor, pode ser questionado o fato de que os tratados refletiam o pensamento estendido na população ou como circulavam as ideias e o conhecimento em torno da cidade em diferentes esferas da sociedade. Este artigo não pretende definir o que era a cidade, mas sim chamar a atenção sobre um dos aspectos que não é atendido pela historiografia: a apropriação social e política do conceito de cidade a partir de sua definição como civitas, como comunidade política. Para isso, tomam-se como referência centros urbanos que atravessaram momentos de crise ou conjunturas em que se destacam o enraizamento e o aproveitamento da ideia de cidade por seus habitantes hispanos. Assim, busca-se analisar a ideia de cidade de baixo, a partir dos povoadores dos núcleos urbanos, soldados, oficiais de cabido e governação que estavam construindo cidades ou vilarejos em território americano para notar como foi configurada a realidade política. Estes tinham uma visão particular da essência da cidade e colocavamna em prática em suas diversas manifestações e negociações com a Coroa.

Palavras-chave : cidade; civitas; Colónia; comunidade política; cultura política; Império hispânico; Novo Reino de Granada; povoamento.

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