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Anuario Colombiano de Historia Social y de la Cultura
versão impressa ISSN 0120-2456
Resumo
GUGLIELMUCCI, ANA. A política da violência: sangue e poder na década de 1970, na Argentina. Anu. colomb. hist. soc. cult. [online]. 2020, vol.47, n.2, pp.219-249. Epub 20-Mar-2021. ISSN 0120-2456. https://doi.org/10.15446/achsc.v47n2.86160.
No final da década de 1960 e meados da década de 1970, na Argentina, ocorreram várias ações de violência coletiva, caracterizadas por justiçamentos públicos e confrontos armados entre organizações revolucionárias, sindicais ou partidárias, grupos paraestatais e forças públicas. Esses eventos sangrentos fazem parte de uma perspectiva de política como confronto, onde retaliação e vingança foram admitidas como parte integrante da construção de poder. Diante dessa ideia de política como confronto armado, durante a última ditadura cívico-militar (1976-1983), foi instaurado um discurso apologético sobre a violência disciplinadora e reorganizadora da sociedade, monopolizada pelo Estado. Essa forma de violência, diferente da anterior, foi implementada por meio de um plano sistemático de detenção, tortura e extermínio clandestino de dissidentes políticos, visando aniquilar a "subversão". Com base em depoimentos, material de imprensa e documentos oficiais, analisa-se o papel diferencial que o sangue e os corpos (mortos, torturados ou desaparecidos) ocuparam na configuração de maneiras diferentes de fazer política e construir estatalidade e soberania em um dos períodos mais conflituosos da história nacional da Argentina.
Palavras-chave : Argentina; década de 1970; Estado nação; retaliação; vingança; violência política.