Introdução:

O bisfenol A (BPA) é um contaminante químico não persistente que altera o funcionamento normal do sistema endócrino. Se sugere que a exposição pré-natal se associa com a obesidade na descendência.

Objetivo:

Revisar a literatura sobre a exposição ao BPA em mulheres engravidadas e a sua relação com a obesidade em seus filhos.

Metodologia:

Revisão sistemática de acordo com a guia PRISMA. Se realizaram pesquisas nas bases de dados Pubmed, ScienceDirect, Clinical Key, Medline, Ebsco e Scielo e o motor de pesquisa Google Scholar até o 30 de Abril de 2017 por dois investigadores independentes que utilizaram os mesmos termos de busca. Se incluíram estudos prospectivos de coorte realizados que calcularam o BPA na urina materna.

Resultados:

Se incluíram 5 estudos com tamanhos de amostra entre 297 e 757 binômios mãe e filho, se encontrou associação positiva entre a exposição pré-natal a BPA com a circunferência de cintura em meninos de quatro anos β: 0.28 (IC95%:0.01 a 0.57) e o índice de massa de gordura β: 0.31 (IC95%: 0.01 a 0.60) em dois dos estudos. Se enxergaram associações positivas e/ou negativas não significativas com índice de massa corporal e a sua pontuação Z, porcentagem de gordura, sobrepeso/obesidade, peso e dimensão ao nascer, porcentagem de massa de gordura.

Conclusão:

Os resultados de estudos epidemiológicos de coorte, limita as afirmações sobre um vínculo causal entre a exposição pré-natal BPA e a obesidade pós-natal.

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