Objetivo:

Descrever a prevalência de infecção por Treponema pallidum em indivíduos atendidos num centro especializado de Medellín, Colômbia, 2019.

Metodologia:

Estudo de coorte, com 776 pessoas da população em geral (aparentemente saudáveis-assintomáticos e sem fatores de risco para sífilis), 126 homens que fazem sexo com outros homens (HSH) e 190 jovens vulneráveis (classe socioeconômica baixa, desempregados e sem finalizar o ensino fundamental I e II), captados intramural e extramuralmente em espaços de concentração de HSH e organizações não governamentais. Foi usada uma fonte de informação primária baseada numa pesquisa e teste de detecção de anticorpos IgG, IgM e IgA específicos para T. pallidum.

Resultados:

A prevalência de infecção por T. pallidum foi de 0,53% em jovens vulneráveis, 2,19% na população geral e 16,67% em HSH. A razão de odds ratio de infecção nos indivíduos na faixa etária de 51-60 anos foi 13,8 (IC95% = 3,5-51,5) em relação a que foi encontrada nos jovens entre 21-30 anos; 12,0 (IC95% = 1,8-79,2) em quem não tem escolaridade comparada com os universitários; 3,3 (IC95% = 1,1-9,9) nas pessoas sem acesso aos serviços de saúde comparadas com as do regime contributivo, e 8,1 (IC95% = 2,8-23,0) em quem tem relações sexuais com grupos-chave vs. quem não tem estas preferências.

Conclusão:

Foi encontrada uma menor prevalência de infecção por T. pallidum nos jovens seguida dos indivíduos da população geral e foi maior em HSH. Foram identificados os grupos de maior risco (entre os três subgrupos estudados), que incluem sujeitos excluídos dos programas de prevenção, com confluência de fatores de risco sexual e privação socioeconômica.

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