Objetivo:

Identificar os tipos de estudos realizados sobre o conflito armado colombiano, seus campos interdisciplinares, métodos e técnicas, assim como as concepções sobre o conflito armado e a ruralidade neles utilizados e sua pertinência para a saúde pública.

Metodologia:

Nesta pesquisa, qualitativa e metateórica, foi realizada uma revisão narrativa, em que se empregou um protocolo de busca de artigos, com critérios de inclusão e exclusão. Incluíram-se artigos e trabalhos de pesquisa existentes em bases de dados e repositorios institucionais, que foram submetidos a análise de conteúdo.

Resultados:

Em sua maioria, os estudos analisados provêm de repositórios institucionais universitários e, em termos disciplinares, surge das ciências sociais, humanas e políticas. Por conseguinte, os métodos de pesquisa usados são mormente os próprios dessas disciplinas, como o etnográfico e as historias de vida, mesmo que apresentem métodos correlacionais e experimentais. Poucos trabalhos usam referentes conceptuais ou teóricos explícitos sobre o conflito e a ruralidade, o que gera inquietudes acadêmicas, éticas e políticas ao redor das formas em que se compreendem e abordam as realidades nesses temas. De 101 trabalhos analisados apenas 7 pertencem ao campo da saúde, e desses, unicamente 1 ao campo da saúde pública. Esse achado resulta notável, por causa dos efeitos que o conflito tem gerado na saúde e na vida de diferentes grupos da população colombiana.

Conclusão:

Os efeitos da violência, as guerras, os conflitos e seus efeitos na saúde populacional tem sido objeto de interesse de organismos internacionais e nacionais, e de alguns acadêmicos do campo da saúde pública. É necessário um maior protagonismo da saúde pública perante os efeitos do conflito colombiano na população.

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