Resumo

ALVAREZ GALLEGO, Alejandro. A autogestão educacional e a governamentalidade liberal como superficie de emergência da educação popular. Rev. colomb. educ. [online]. 2013, n.65, pp.141-164. ISSN 0120-3916.

O artigo se propõe desenvolver uma tese trabalhada no projeto de pesquisa ''Educação popular. Trajetórias políticas e confluências teóricas'' que fez parte do macro projeto "Paradigmas e conceitos da educação na Colômbia". Em primeiro lugar, se mostra o problema: a educação popular, além da vigência ou permanência das suas postulações, fez parte de uma mudança histórica no modo de governarmos, modo que nos está levando para a autogestão educativa. Seguidamente se identificam quatro elementos que agiram como superfície de emergência da chamada governamentalidade liberal: 1) a irrupção de um mundo novo; 2) os discursos oficiais; 3) os discursos alternativos; 4) o discurso religioso. O resultado desses quatro elementos foi a legitimação da ideia da autogestão educativa que é descrita no que se chama os efeitos pósrevolucionários, materializados no movimento pelos direitos humanos, a perspectiva culturalista e o chamado capitalismo cognitivo. A conclusão derivada deste trabalho é que a escola e a educação formal estão sendo hoje pressionadas para flexibilizarem as suas estruturas e ampliarem as suas fronteiras tradicionais, gerando uma desadaptação que afeta os jovens, os professores e os protagonistas tradicionais da instituição educativa. Assim, se busca problematizar o nosso presente e deixar perguntas abertas sobre a proveniência das verdades pedagógicas que hoje se apresentam como obvias.

Palavras-chave : Educação popular; governamentalidade liberal; autogestão.

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