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Historia Crítica

versão impressa ISSN 0121-1617

Resumo

BARRERA-OSORIO, Antonio  e  NIETO OLARTE, Mauricio. Ciência, tecnologia, saberes locais e império no mundo atlântico, do século XV ao XIX. hist.crit. [online]. 2019, n.73, pp.3-20. ISSN 0121-1617.  https://doi.org/10.7440/histcrit73.2019.01.

Objetivo/contexto:

Com esta apresentação (e este dossiê) buscamos propiciar a reflexão e o debate de novas perspectivas diante das problematizadas, mas, de algum modo, ainda predominantes narrações de uma história da ciência baseada na Europa do norte e ocidental. Em particular, buscamos propiciar a reflexão e o debate sobre o papel do mundo híbrido ibero-americano e o papel dos saberes indígenas nos processos de emergência da ciência moderna.

Metodologia:

No mundo do Atlântico dos séculos XVI ao XIX foram resolvidos problemas de comércio de longa distância, de controle de populações, recursos e territórios, e de comunicação por meio de práticas e instituições que enfatizaram o empírico e a experiência pessoal. Em consequência dessas práticas e instituições, surgiram saberes científicos definitivos na história da ciência moderna. Nesse contexto, os autores dos artigos incluídos no dossiê, a partir de múltiplas perspectivas, métodos e evidência empírica, analisam intercâmbios culturais que nos permitem entender melhor como os cristãos expandiram e corrigiram seus conhecimentos de medicina, geografia e história natural (para mencionar apenas algumas áreas do saber) mais além dos conhecimentos dominantes da Antiguidade clássica e do cristianismo. Assim, é evidente que novas práticas epistemológicas emergiram dos saberes indígenas e suas releituras. Também, que o Atlântico dos séculos XVI e XIX foi um mundo onde os encontros entre nativos americanos, africanos e europeus criaram, entre outras coisas, ciências e tecnologias novas.

Originalidade:

Há uns 15 anos, pesquisadores nos Estados Unidos, na América Latina e na Espanha vêm propondo importantes argumentos para explicar as conexões entre o mundo ibero-americano, os saberes indígenas e as novas práticas de conhecimento que chamamos de ciência moderna. Com este dossiê damos uma amostra do estado dessas pesquisas, que questionam as noções de modernidade e globalidade europeias que ainda definem o trabalho acadêmico sobre a ciência no mundo atlântico.

Conclusões:

Ainda que não pretenda oferecer um estado da arte exaustivo, o texto evidencia a importância de novas perguntas sobre a produção de conhecimento no contexto da exploração e da conquista europeias do Novo Mundo. Destaca-se a necessidade de uma melhor compreensão dos encontros de saberes europeus e americanos e evidencia-se a importância dessas dinâmicas de produção de conhecimento na história da modernidade europeia. O texto apresenta brevemente cada uma das contribuições para este volume.

Palavras-chave : Ciência; império; modernidade; mundo atlântico; saberes locais; tecnologia..

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