Objetivo/Contexto:

Neste artigo, é analisado um período histórico -o dos primeiros anos após o final da Primeira Guerra Mundial- que foi profundamente marcado pela maneira na qual diferentes atores da sociedade estadunidense reagiram às atividades de propaganda dos movimentos radicais. Em particular, é focado na forma em que a batalha contra o radicalismo foi combatida em Washington DC e Nova York.

Metodologia:

Segue-se o tradicional método historiográfico de análise e contextualização de fontes primárias. A documentação de arquivo foi coletada nos Arquivos do Estado de Nova York e nos Arquivos Nacionais e Administração de Documentos. O material hemerográfico foi consultado na Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos.

Originalidade:

Quando, na literatura acadêmica, é abordado o tema da propaganda radical durante os primeiros anos do período de entreguerras, o principal objetivo de estudo costuma ser as campanhas de repressão que foram organizadas por legisladores e pelo Departamento de Justiça. Esta pesquisa enfoca a interação que houve entre os líderes políticos e outros atores da sociedade estadunidense da época: funcionários, jornalistas, cidadãos, entre outros.

Conclusões:

A ansiedade gerada em determinados setores da população devido à difusão de propaganda radical foi constantemente estimulada por políticos em busca de visibilidade. As dúvidas dos cidadãos se tornaram assim num sentimento de ira cega pelos que difundiam as doutrinas dos movimentos radicais. Também foi gerado um clima de forte entusiasmo ao redor das campanhas de repressão. A extinção repentina desse fenômeno se deu a que as campanhas inquisitoriais ao final foram percebidas, por muitos cidadãos, como iniciativas “antiamericanas”.

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