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Historia Crítica

versão impressa ISSN 0121-1617

Resumo

STRAEHLE, Edgar. Franco e a revolução. Uma abordagem histórica da retórica do franquismo. hist.crit. [online]. 2024, n.91, pp.111-138.  Epub 02-Fev-2024. ISSN 0121-1617.  https://doi.org/10.7440/histcrit91.2024.05.

Objetivo/Contexto:

O objetivo deste artigo é analisar a presença ampla, variada e duradoura da pouco conhecida retórica revolucionária usada pelo general Francisco Franco durante a ditadura na Espanha. Para isso, essa retórica é relacionada aos diferentes contextos em que foi usada e à terminologia empregada naqueles mesmos anos por pensadores e políticos ligados principalmente à Falange.

Metodologia:

Com foco no discurso público de Franco, este artigo examinou em detalhes e de forma qualitativa o conteúdo dos discursos públicos de Franco. Para isso, recorremos às compilações oficiais produzidas durante o regime franquista e, devido à sua natureza seletiva e incompleta, também a fontes hemerográficas. Assim, mais do que uma história de ideias intelectuais ou políticas, este trabalho está ligado à sua dimensão pública e pragmática e investiga o complexo funcionamento prático das ideologias.

Originalidade:

Com poucas exceções, a retórica de Franco não havia sido estudada em detalhes, e muito menos a retórica revolucionária. A originalidade deste estudo está no fato de ser a primeira abordagem específica e analítica, embora não quantitativa, da retórica revolucionária de Franco. Por exemplo, ele explica sua sobrevivência desconhecida ao longo da década de 1960, e até mesmo da década de 1970, de modo que ela sobreviveu à chamada desfalangização do franquismo.

Conclusões:

A retórica revolucionária de Franco era caracterizada por uma grande flexibilidade e imprecisão, passou por muitas mudanças ao longo dos anos e coexistiu com outras estruturas discursivas centrais, como a da Cruzada. Foi um fator muito importante na legitimação discursiva do franquismo, especialmente em seus primeiros anos. Em comparação com a Cruzada, com a qual se complementava, ela se destacava por sua elasticidade e suposta transversalidade. Além disso, estava ligada a uma legitimidade de exercício, e não de origem, que era de fato mais facilmente conectada com o presente e o futuro.

Palavras-chave : Cruzada; fascismo; Francisco Franco; franquismo; ideologia franquista; retórica; revolução.

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