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Revista Med

versão impressa ISSN 0121-5256

Resumo

WHITE BURGOS, ALFONSO. DESCRIÇÃO DA PERCEPÇÃO DO IMPACTO NA QUALIDADE DA VOZ EM PACIENTES TRATADOS COM CORDECTOMIA POSTERIOR E ARITENOIDECTOMIA PARCIAL POR ESTENOSE GLÓTICA. rev.fac.med [online]. 2012, vol.20, n.2, pp.30-37. ISSN 0121-5256.

A estenose glótica é uma afecção pouco frequente, secundária à imobilidade bilateral das cordas vocais, devida principalmente a paralisia de origem neurogênica ou à fibrose cicatricial na qual se apresenta uma incapacidade, geralmente severa, para a passagem do ar aos pulmões através da glote. Isso faz com que com frequência se deva recorrer à realização de uma traqueostomia como medida transitória para garantir a via aérea. Para corrigir a estenose e recuperar a permeabilidade glótica, estes pacientes devem ser submetidos a uma cirurgia cujo objetivo é separar as cordas vocais, para permitir de novo a passagem do ar à aérea inferior. Porém, o fato de abrir o espaço glótico separando as cordas vocais, vai levar inevitavelmente a graus variáveis de alteração na qualidade da voz, isso deve ser sempre informado ao paciente antes de sua intervenção. No presente estudo realiza-se uma revisão descritiva, retrospectiva dos casos tratados pelo autor mediante cordectomia posterior e aritenoidectomia parcial entre fevereiro de 2008 e março de 2011. Reporta-se neles a percepção subjetiva da afetação na sua voz utilizando uma versão espanhola do índice de incapacidade vocal adaptada da versão em inglês do "Voice Handicap Index"-10 (VHI-10). De um total de 32 pacientes submentidos à cirurgia por estenose glótica obstrutiva, 28 (17 mulheres e 11 homens) com idades compreendidas entre 24 e 79 anos cumpriram os critérios de inclusão. A todos os pacientes foi possível corrigir a estenose e retirar a traqueostomia recuperando a capacidade de respirar pela via natural. Como resultado encontrou-se que o índice médio de incapacidade vocal posterior à cirurgia foi de 10.4 em 18 pacientes, cuja causa era uma paralisia bilateral e de 14.2 em 6 pacientes com fibrose cicatricial como fator desencadeante da estenose. Em outros 4 pacientes com causas diferentes, o índice médio foi similar aos anteriores. Estes valores refletem uma percepção de incapacidade vocal leve. Em conclusão, a percepção de incapacidade vocal posterior à cirurgia para recuperar a permeabilidade glótica é leve, gerando-se dessa forma um valor agregado ao sucesso terapêutico, ao conseguir recuperar a via aérea natural nos pacientes sem alterar substancialmente sua qualidade vocal.

Palavras-chave : Estenose glótica; traqueostomia; aritenoidectomia parcial; cordectomia posterior; Índice de incapacidade vocal.

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