Objetivo/Contexto:

Este artigo apresenta uma análise histórica da proibição das drogas no México considerando as interconexões entre os aspectos sociais, morais, econômicos, políticos e de segurança que compõem a luta contra algumas substâncias psicoativas, seus produtores, vendedores e consumidores.

Metodologia:

A análise segue uma proposta teórica e metodológica original chamada narcoanálise,(3) influenciada pelos conceitos “genealogia” e “biopolítica”, desenvolvidos por Michel Foucault. Essa perspectiva entende que a produção de um mercado ilegal de drogas ocorre pela justaposição de cinco níveis analíticos: o moral, o sanitário, o de segurança pública, o de segurança nacional e o de segurança internacional.

Conclusões:

A aplicação da narcoanálise ao caso mexicano nos ajuda a compreender as transformações do narcotráfico local, sua simbiose com a economia legal e com o poder político; além disso, as presentes propostas de reformas legais para o controle das drogas como a cânabis e o peiote.

Originalidade:

Esta nova proposta teórico-metodológica se dedica a entender a produção e a transformação das políticas de drogas, suas origens sociais, seus efeitos políticos e sociais, tendo em vista o dinamismo e a interconexão entre as esferas sociais, econômicas e políticas, dentro e fora das fronteiras mexicanas.