Objetivo/contexto:

este artigo é parte de uma edição especial da Colombia Internacional: “Transformações de sistemas partidários na América Latina” (transformações do sistema partidário na América Latina). Explica a transição de sistemas partidos fechados e não competitivos para sistemas partidários competitivos em municípios de esmeraldas colombianos do final dos anos 90 até 2015.

Metodologia:

Utilizamos uma abordagem subnacional dentro de um sistema unitário para testar um corpo de literatura que se concentrou quase exclusivamente em países federais. Além disso, mostramos a importância de construir pontes entre a literatura sobre autoritarismo subnacional e a das economias rentistas para analisar o caso colombiano. Nossa análise é baseada em informações quantitativas e qualitativas: dados eleitorais, entrevistas com informantes-chave, observação e análise de jornais locais e regionais.

Conclusões:

A competição eleitoral nos municípios colombianos é heterogênea, levando a diferentes tipos de trajetórias. Focando nosso estudo de caso na província ocidental do departamento de Boyacá, Colômbia, argumentamos que sistemas competitivos surgiram quando as elites hegemônicas locais perderam poder econômico e político como resultado do declínio do negócio de esmeraldas. A configuração de sistemas competitivos foi, portanto, um esforço dos partidos da oposição para ganhar poder político em contextos em que os patrões locais (chefes políticos) eram desafiados por condições estruturais inesperadas e pelos líderes da oposição que se aproveitavam dessa situação.

Originalidade:

Embora a literatura recente mostre que o sistema partidário colombiano mudou para eleições mais competitivas, esses processos não seguem os mesmos caminhos nem compartilham as mesmas características em todo o país. Nós nos concentramos em uma região pouco estudada como um veículo para entender como a estrutura e a estratégia interagem em contextos eleitorais específicos: economias locais dependentes de mineração.