Objetivo/Contexto:

Este artigo identifica os perfis dos candidatos que são mais propensos a relatar atos de violência eleitoral durante as eleições legislativas de 2022. Para isso, definimos o conceito de violência eleitoral, revisamos a literatura nacional e internacional sobre o fenômeno e identificamos dois aspectos relevantes como fatores de risco. Primeiro, analisamos as características relacionadas à identidade, como idade, sexo e origem étnica dos candidatos. Segundo, exploramos características relacionadas à posição política, por exemplo, identificar-se como um candidato de esquerda.

Metodologia:

Para realizar a análise, utilizamos uma pesquisa com 512 candidatos às eleições legislativas projetada pelos autores e implementada em colaboração com a Missão de Observação Eleitoral (MOE). Com esses dados, realizamos modelos de regressão linear para identificar as características dos candidatos mais associados a diferentes formas de violência eleitoral relatadas durante a campanha.

Conclusões:

Descobrimos que fatores de identidade, particularmente ser um candidato jovem, mulher e de uma área de conflito armado, estão mais associados ao relato de atos de violência eleitoral. Surpreendentemente, não encontramos uma associação estatisticamente significativa com candidatos que se identificaram como sendo de esquerda, como afirmado pela literatura nacional e internacional sobre o assunto. Esse achado é preliminar porque a amostra tem uma sub-representação de candidatos dos extremos ideológicos; portanto, esse resultado deve ser explorado mais profundamente em pesquisas futuras.

Originalidade:

Embora os estudos sobre violência eleitoral sejam abundantes, poucos se concentram nos competidores. Esta é a primeira vez na Colômbia que uma pesquisa foi conduzida com candidaturas que investiga formas de violência eleitoral que vão além da violência física, como a violência psicológica, econômica e sexual.