Objetivo:

Analisar os propósitos e os programas educacionais do modelo conservador de educação da mulher, em oposição à projeção econômica, política e social da Revolução Liberal Nicaraguense (1893-1909).

Originalidade/contribuição:

Contribui para o estudo historiográfico da mulher a partir do Programa de Estudos, em oposição à projeção econômica, política e social da Revolução Liberal.

Método:

Trata-se de uma pesquisa qualitativa, pois examina os programas de estudo e os espaços culturais onde se desenvolve esse novo processo de educação conservadora, em uma época que proclama a liberdade, por meio de uma revisão bibliográfica e de jornais.

Estratégias/coleta de datos:

As informações documentais foram compiladas e organizadas na Biblioteca do Banco Central da Nicarágua, no Instituto de História da Nicarágua e Centroamérica (IHNCA-UCA) e na Biblioteca Nacional da Nicarágua.

Conclusões:

1) O objetivo da educação feminina durante a Revolução Liberal era preparar as mulheres para a vida de casadas e para a criação dos filhos; no entanto, as mulheres puderam aproveitar as oportunidades oferecidas pelo Estado como educadoras no jardim de infância, no ensino fundamental e no ensino médio para transmitir suas ideias a favor das mulheres. Anos mais tarde, elas ou seus alunos liderariam o nascimento da luta das mulheres na Nicarágua. 2) Os programas educacionais usados para educar as mulheres eram uma zombaria da modernidade, pois eliminaram os currículos do Colegio de Señoritas de Granada, que haviam sido adaptados pelos professores norte-americanos, e estabeleceram seus planos com o objetivo de treinar as mulheres para a vida doméstica. 3) Deve-se observar que, durante os dezesseis anos da Revolução Liberal, a burguesia introduziu modelos de vida europeizados no país. Essas diferenças foram atenuadas na sociedade e expressas na educação das mulheres. O modelo de educação das mulheres deveria ser funcional para a família e o dos homens deveria ser funcional para a sociedade e para a tomada de decisões na política, na economia, na sociedade e na própria família. O liberalismo foi transformador, mas limitou as mulheres à expressão mínima, tornando-se a antítese mais fiel de uma revolução.

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